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Óleo de linhaça apresenta boa resposta na cura de olho seco

Maior eficácia é constatada em pesquisa que fez comparativo com o óleo de oliva, adicionados à ciclosporina


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Foto: João Paulo Barbosa Óleo de linhaça apresenta boa resposta na cura de olho seco
Letícia Rodrigues Parrilha durante a arguição
Foto: João Paulo Barbosa Óleo de linhaça apresenta boa resposta na cura de olho seco
Banca de avaliação de defesa pública da dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Óleo de linhaça apresenta boa resposta na cura de olho seco
Letícia com as doutoras Silvia, Mirian e Rosa Maria


O estudo de protocolos terapêuticos no tratamento da ceratoconjuntivite seca – popularmente conhecida como doença do olho seco – fecha mais um capítulo com a divulgação do resultado de pesquisa que comparou as eficácias de óleos de linhaça e de oliva como agentes condutores adicionados ao medicamento ciclosporina. Inserida em grupo de pesquisa mantido no mestrado em Ciência Animal da Unoeste, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a médica veterinária Letícia Rodrigues Parrilha fez na manhã desta quinta-feira (28) a defesa pública da dissertação que apresenta dados comprobatórios de maior eficiência do óleo de linhaça.

Foram aplicados quatro testes em coelhos: os de ciclosporina com linhaça, ciclosporina com oliva, só oliva e só linhaça. Com a devida aprovação do Comitê de Ética do Uso de Animais (Ceua), a doença foi desenvolvida em coelhos saudáveis, para dias depois iniciar o tratamento de 12 semanas, sendo que em cada uma delas foram feitos testes de diagnóstico sobre a recuperação. Os melhores resultados foram os da ciclosporina com linhaça, apresentado já a partir da terceira e quarta semanas, enquanto que ficou mais próximo o da ciclosporina com oliva, que começou a manifestar cura a partir da sétima semana.

“A linhaça como veículo teve a reposta mais rápida”, disse Letícia que credita o resultado ao fato de que a composição da linhaça é mais rica em ácidos graxos, numa variação de 16% a 57%, enquanto que a oliva vai de 5% a 10%. Ambos apresentam efeitos benéficos para o organismo, contribuindo na cura do olho seco (ceratoconjuntivite), doença causada por deficiência aquosa ou por evaporação acelerada da lágrima, cujo tratamento convencionalmente ocorre com a ministração de medicamentos, entre os quais a ciclosporina. Porém, existem casos que necessitam de cirurgia.

A pesquisa recebeu a orientação da doutora Silvia Maria Caldeira Franco Andrade, com a coorientação da doutora Gisele Alborghetti Nai. Na banca de avaliação, juntamente com Silvia, estiveram as doutoras Rosa Maria Barilli Nogueira e Mirian Siliane Batista de Souza, convidada junto a Universidade Estadual de Londrina (UEL). Letícia, que é de Maringá (PR) onde mantém uma clínica para tratamento de pequenos animais, foi aprovada para receber da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação o título de mestre em Ciência Animal.

O grupo de estudos em que a pesquisa está inserida é mantido desde 2009, voltado a novos protocolos de tratamento da ceratoconjuntivite seca em animais domésticos. Já foram produzidas outras pesquisas, entre as quais uma com a utilização de óleo de amêndoa. Conforme registro no CNPq, encontra-se em andamento a comparação entre os óleos de peixe e de linhaça. O grupo reúne professores pesquisadores, estudantes e médicos veterinários.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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