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Poesia ainda tem espaço no mundo contemporâneo

De acordo com professora do curso de Letras da Unoeste é uma espécie de alimento da alma, humaniza, enriquece e liberta das limitações e fragilidades


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Foto: Matheus Teixeira Poesia ainda tem espaço no mundo contemporâneo
Júnior Martinez, aluno de Letras e amante de poesia


Respirar versos, sentir estrofes, inundar-se em declamações… Viver poesia! Embora esquecida por alguns, muitos continuam se nutrindo dela, como prova a comunidade da Unoeste, sempre empenhada em promover estímulo à leitura e eventos culturais. A poesia ainda tem espaço, conforme Leodete Gazoni, professora de Teoria da Literatura no curso de Letras, porque é uma espécie de alimento da alma, humaniza, enriquece e liberta das limitações e fragilidades.

O poeta Júnior Martinez, 31, do 3º termo de Letras da Unoeste, filosofa que poesia “não entra nem sai de moda, simplesmente existe enquanto houver sensibilidade e emoção na humanidade”. Para Leodete, a poesia nunca foi tão cultivada nesta era de extremos e, por isso, “está em tudo, nos diferentes estilos de música, nas obras literárias, na internet e na publicidade”.

Se está em tudo, também está além das Letras, como em Marcelo Veimar Brito do Carmo, 21, do 5º termo de Medicina. Amante da arte, recentemente recitou “Glosas”, de Cícero Moraes, durante um sarau na Unoeste. “Lembro-me de uma aula, na infância, na qual tínhamos que recitar. Fiquei encantado e a partir daí busquei outros poemas, achando cada vez mais bonito brincar com as palavras e a musicalidade entre os versos”. Júnior Martinez também começou a se interessar por poesia quando criança, logo que aprendeu a ler. “Foi a primeira forma que descobri para me expressar artisticamente. Adoro criar sentidos, brincar com as palavras e verbalizar sentimentos”.

Basta treinar? - Qualquer um pode ser poeta? Leodete acredita que é preciso ter aptidão, talento e construir um caminho de poesias, sendo que neste trajeto a formação superior faz a diferença. “Não basta treinar, ser poeta é nascer e ser artista, e não basta ao artista ser mediano, é preciso ser autêntico, grande, como são os poetas que só o tempo consagra”.



Co-razão



Quem disse um dia

Que o coração é racional

Não sente, se sente é utopia.

Não vive, sobrevive mal.



O coração da razão distancia

Nada de igual, só rima verbal.

Compare tristeza e alegria

Amor e ódio, divino e infernal.



Assim me explico o meu ser

Firmando-me o meu embasamento

Encorajando-me o meu viver



Dou-me à vida sem ressentimento

Ao coração o meu eterno ter

À razão um não meu momento.



Uma das três poesias de Júnior Martinez publicadas no livro “Poesias Encantadas V – Antologia Poética Nacional”

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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