Estudo avalia efeito residual de adubação em cultivo de cana
Experimento é realizado com aplicação de adubação fosfatada e torta de filtro em canavial de terceiro corte
Avaliar a produtividade, qualidade da cana-de-açúcar e fertilidade do solo no terceiro corte de um canavial submetido à adubação fosfatada com diferentes proporções de superfosfato simples e fosfato natural de Arad, com presença e ausência de torta de filtro por ocasião do plantio. Esse foi o objetivo do experimento desenvolvido pela engenheira agrônoma Karen Karolina Pereira Kuhn, por meio do mestrado em Agronomia da Unoeste, mantido junto a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.
Com o cultivo em quatro alqueires no campo experimental da universidade em Presidente Prudente (SP), o experimento teve início em 2011. Para as análises foram utilizados o Laboratório de Análises de Solo da Unoeste, sendo que as análises de parâmetros tecnológicos foram feitas na usina ETH, em Teodoro Sampaio. Adotou-se o delineamento experimental em blocos completos ao acaso, com quatro blocos e oito tratamentos, em esquema de parcelas subdivididas com adubação e aplicação ou não de torta de filtro no sulco de plantio.
Os parâmetros avaliados foram os seguintes: fertilidade do solo, produtividade de colmos e análises tecnológicas. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Conforme o estudo, a utilização de maiores proporções de uma fonte solúvel de fósforo não interfere na produtividade de colmos. Todavia, a substituição total ou parcial (67%) da fonte solúvel por uma menos solúvel, como no caso do fosfato natural de Arad, aumenta a produtividade de colmos no terceiro corte.
Isso ocorre com a presença da torta de filtro e sem que seja afetada a qualidade tecnológica, mesmo com teores maiores de fósforo disponível no solo quando aplicada maiores proporções de superfosfato simples e o uso de torta de filtro possibilita maior efeito residual do fosfato natural reativo Arad, aumentando a produtividade da cana-de-açúcar no terceiro corte. Orientada pelo doutor Juliano Carlos Calonego, Karen fez a defesa pública de sua dissertação na manhã desta quinta-feira (18).
A avaliação foi feita pelos doutores Carlos Sérgio Tiritan e Fábio Steiner, convidado junto as Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO), para quem todo o trabalho produzido por Karen se apresentou condizente com o nível do mestrado ofertado pela Unoeste. Egressa do curso de Agronomia da Unoeste, Karen leciona no interior de Goiás, desde o segundo semestre desse ano e acaba de ser aprovada para receber o título de Mestre em Agronomia.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste