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Couro de peixe atende nicho de mercado que pode gerar lucros

Unoeste, em parceria com a Coater, promoveu no fim de semana, oficina sobre o curtimento ecológico da pele de peixe


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Foto: Gabriela Oliveira Couro de peixe atende nicho de mercado que pode gerar lucros
Zootecnista responsável pela Estação de Piscicultura da Unoeste, Rosemeire de Souza Santos abordou o processamento de peixes
Foto: Gabriela Oliveira Couro de peixe atende nicho de mercado que pode gerar lucros
Amanda Lilian Vieira Hoch orientou sobre o uso do fulão de curtimento de pele de peixe
Foto: Gabriela Oliveira Couro de peixe atende nicho de mercado que pode gerar lucros
Peças de artesanato expostas por Lurdes Felix de Augusto


O mercado de pele de peixe é considerado um nicho novo no Estado de São Paulo e pode ser promissor para o oeste paulista, pois existem na região muitos pesqueiros, piscicultores e produtores rurais que investem na piscicultura, principalmente na produção de tilápia (tilapicultura). Esse tipo de pele é até três vezes mais resistente do que a do boi, por exemplo. Sendo que após o processo de curtimento, o couro de peixe pode agregar um valor de até 200% a mais do que o bovino, pois além da fabricação de produtos como bolsas e botas, é possível utilizá-lo em apliques de roupas e na confecção de acessórios.

Por conta desse cenário positivo, a Unoeste, em parceria com a Cooperativa de Assessória Técnica e Extensão Rural (Coater) de Paraguaçu Paulista (SP), promoveu nos dias 25 e 26 de abril, uma oficina de Curtimento Ecológico e Acabamento de Peles de Peixe. A iniciativa contou com a presença de produtores e comerciantes da área, além de acadêmicos dos cursos de agrárias da instituição, sendo realizada no campus II da universidade.

No sábado (25) pela manhã, os participantes receberam informações teóricas sobre o assunto. Além disso, o engenheiro ambiental da Coater, João Gabriel Bertoli falou sobre o tratamento dos efluentes obtidos no processo de curtimento da pele de peixe. No mesmo dia, só que à tarde, a zootecnista responsável pela Estação de Piscicultura da Unoeste, Rosemeire de Souza Santos, abordou o processamento de peixes. “Os integrantes da oficina tiveram a oportunidade de aprender como tirar a pele da tilápia, um procedimento considerado importante, pois essa pele precisa estar em perfeito estado para não perder valor comercial”.

Em prosseguimento ao cronograma, a zootecnista da Coater, Amanda Lilian Vieira Hoch, apresentou os tópicos ligados ao curtimento de pele de peixe. Ela explicou que esse segmento é um ótimo negócio para se investir. “O produto de origem orgânica é capaz de aliar características mais valorizadas como inodorabilidade, raridade e exclusividade, pois não há duas peles de pescado exatamente iguais”. A especialista em curtimento de couros fala que esse subproduto do pescado possui baixo custo de produção, alto valor agregado e pouco impacto ambiental. “Durante a minha abordagem aproveitei para trazer algumas noções dessa prática e falei sobre os materiais e parâmetros utilizados nesse processo”.

De acordo com a profissional, o grande diferencial desse tipo de curtimento é que é ecológico, pois é feito à base de taninos vegetais. “Usamos o extrato de cascas de árvores como a acácia-negra, quebracho e barbatimão, o que torna esse procedimento livre de metais pesados”. Com 15 anos de experiência na área, ela comenta ainda que o mercado externo tem um grande interesse por materiais ecológicos.

Sobre a parceria com a Unoeste para a realização dessa oficina, Amanda destaca que a universidade é a primeira instituição particular do Estado de São Paulo a oferecer uma atividade dessa natureza. “Acredito que a instituição está à frente, pois a sua postura incentiva a realização da prática, que ainda é nova na região, principalmente quando se fala do curtimento vegetal de peles de peixe”, completou.

O piscicultor Rafael de Souza Merchon veio de Bataguassu (MS) para participar da oficina. “Meu interesse pelo evento é que espero agregar mais valor a minha atividade”. Os primos Ferdinando Sanematsu e Rodrigo Suyama contaram que são de Pilar do Sul (SP), onde têm uma peixaria que vende cerca de mil kg de tilápia por semana. “Por conta dessa grande demanda, o volume de pele de peixe descartado é muito alto e, por isso, viemos participar da atividade, com o intuito de dar outra finalidade ao material”.

A acadêmica do 7º termo de Zootecnia, Luciene de Oliveira, contou que a sua participação foi motivada pelo assunto. “O meu principal objetivo foi agregar conhecimento e acrescentar mais uma experiência no currículo, o que pode ser útil na futura atuação profissional”. O encerramento da oficina, no domingo (26), foi marcado pela exposição de artesanato feito com couro de peixe, pela artesã Lurdes Felix Augusto.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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