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Produto extraído da uva ajuda melhorar a reprodução

Classificado como alimento funcional, o resveratrol apresenta resultados promissores sobre órgãos reprodutivos


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Foto: João Paulo Barbosa Produto extraído da uva ajuda melhorar a reprodução
Francielle ao fazer a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Produto extraído da uva ajuda melhorar a reprodução
Membros da banca examinadora durante as arguições
Foto: João Paulo Barbosa Produto extraído da uva ajuda melhorar a reprodução
Francielle com os doutores Caliê, Raquel e Sanches


Em sintonia com a atualidade, no segmento de alimentos funcionais que são cada vez mais consumidos no mundo, no mestrado em Ciência Animal da Unoeste acaba de ser concluída uma pesquisa para avaliar o efeito do resveratrol – polifenol encontrado na casca da uva vermelha, presente em altas quantidades no vinho – em órgãos reprodutivos. Experimento feito em ratas de laboratório obesas, por conta de que o sobrepeso dificulta a fecundação, apresenta resultados promissores.

A pesquisa resultou na dissertação “Efeitos do resveratrol nos órgãos reprodutivos de ratas Wistar obesas”, produzida pela médica veterinária Francielle Alves Caldato e defendida publicamente na tarde desta quinta-feira (31), quando os resultados foram anunciados. A orientadora Dra. Caliê Castilho disse que melhorou a população folicular ovariana, sobretudo em relação à obesidade induzida. Condição que indica a superação da dificuldade de fecundação de obesas.

Contou ainda que também aumenta a quantidade de corpos lúteos, o que apresenta mais ovulação em ratas magras suplementadas com resveratrol. São resultados que indicam benefícios aos humanos. A pesquisa foi motivada em razão do uso desse suplemento por um grande número de pessoas, uma vez que é vendido em capsulas e os preços são acessíveis. Alimentos funcionais estão associados à busca de uma vida com saúde e, entre outros objetivos estão os de diminuir o colesterol e auxiliar no emagrecimento.

Francielle explicou que foram estudadas 64 ratas, divididas em quatro grupos. O grupo controle foi alimentado com ração comercial Labina e suplementação de placebo. O grupo controle resposta com a ração e suplementação com 30mg de resveratrol kg/dia diluídos em água deionizada, por meio de gavagem. O grupo obeso recebeu dieta palatável hiperlipídica e suplementação de placebo. Ao grupo obeso foi aplicada a dieta palatável hiperlipídica e suplementação com 30mg de resveratrol kg/dia.

Durante 12 semanas, o que representa 84 dias, os animais receberam as dietas e suplementos, para que depois fossem estudados úteros e ovários. “Pelos resultados obtidos, concluímos que a suplementação com resveratrol aumenta a atividade ovariana evidenciada pelo aumento de Corpos Lúteos Suplementares (CLS), bem como os folículos ovarianos. No útero dos animais que receberam o resveratrol houve maior capacidade proliferativa demonstrada pela característica das Regiões Organizadoras de Nucléolo (NORs) pequenas e em maior quantidade”, pontuou.

Na banca examinadora, juntamente com a orientadora, estiveram os doutores Osimar de Carvalho Sanches e Raquel Zanetti Puelker, convidada junto à Progest Biotecnologia, de Botucatu (SP). Francielle foi aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Conforme a Dra. Caliê, a pesquisa proporcionou outros experimentos reprodutivo, sanguíneo e respiratório, que devem render outras dissertações. A preocupação do grupo de pesquisa foi de otimizar o uso dos animais.

O grupo iniciado pela Dra. Alessandra Melchert, atualmente na Unesp de Botucatu, envolve suas colegas Silvia Maria Caldeira Franco Andrade, Rosa Maria Barilli Nogueira e Cecília Braga Laposy, além de Caliê. São professoras que lecionam na graduação em Medicina Veterinária e na pós-graduação stricto sensu em Ciência Animal da Unoeste. A pesquisa nessa área e os diferentes experimentos envolvem também grupos de alunos da pós e os da graduação em processo de iniciação científica.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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