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Experimento com cádmio em ratos provoca câncer de próstata

Metal tóxico capaz de causar problemas de saúde pode ser ingerido em alimentos e inalado do cigarro


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Foto: João Paulo Barbosa Experimento com cádmio em ratos provoca câncer de próstata
Gisele Maria ao acompanhar as arguições
Foto: João Paulo Barbosa Experimento com cádmio em ratos provoca câncer de próstata
Banca examinadora durante as arguições
Foto: João Paulo Barbosa Experimento com cádmio em ratos provoca câncer de próstata
Gisele Maria, com os doutores Gisele Nai, Camargo Filho e Rosa Maria


Muito utilizado na indústria, o cádmio é um metal pesado que pode ser absorvido por alimentos e está inserido na composição química do cigarro. Se ingerido ou inalado com frequência e em determinada quantidade é capaz de causar sérios problemas de saúde. Em experimento desenvolvido na Unoeste, ratos de laboratório expostos ao cádmio apresentaram câncer de próstata.

A pesquisa realizada pela enfermeira Gisele Maria Soria Golchetto resultou na produção da dissertação “Influência do pH da água na gênese do câncer por intoxicação por cádmio: um estudo experimental em ratos”, levada à defesa pública no mestrado em Ciência Animal na tarde de terça-feira (17), com orientação da Dra. Gisele Alborghetti Nai e avaliação pelos doutores Rosa Maria Barilli Nogueira e José Carlos Silva Camargo Filho, convidado junto à Unesp em Prudente.

No experimento foram utilizados ratos Wistar, divididos em sete grupos, sendo seis com 15 animais e um com oito. No A, os ratos receberam solução de cloreto de cádmio 400 mg por litro com pH neutro 7,0. No B, a mesma quantidade e pH ácido 5,0. No C, a diferença foi o pH 8,0. Os dos grupos D, E e F receberam, respectivamente, água com pH ácido 5,0, pH básico 8,0 e pH neutro 7,0. No G, os ratos, em menor número, receberam ciclofosfamida em dose única de 50 mg por kg no primeiro dia, como controle positivo do teste do micronúcleo.

Conforme a autora da pesquisa, os ratos dos grupos de A a F foram eutanasiados após seis meses e os do grupo G 24 horas após o início do experimento. Foram retirados fígado, rim, pâncreas, próstata, vesícula seminal, testículos e medula óssea. “Não foram observadas lesões pré-neoplásticas e nem neoplásticas no fígado, rim, pâncreas, vesícula seminal e testículos em todos os grupos”, pontuou.

Outro resultado obtido foi de que os animais expostos ao cádmio apresentaram neoplasia intraepitelial prostática de grau 1, sendo mais prevalente no grupo B, porém sem aumento de micronúcleos. Assim, a conclusão apresentada foi de que o pH ácido contribuiu para a formação de lesões pré-neoplásticas na próstata dos animais expostos ao cádmio. Em outras palavras: constatou-se o câncer de próstata de grau 1.

Conforme Gisele Maria, o cádmio pode ser ingerido em alimentos como frutos do mar e sementes ou inalado por fumantes. Em pequenas quantidades não é prejudicial, inclusive por ser eliminado pela via intestinal. O que pode causar mal é a ingestão ou inalação frequente e em maior concentração. Absorvido pela circulação provoca prejuízos à saúde.

Natural de São José do Rio Pardo (SP), graduada pela Unesp em Botucatu, Gisele Maria leciona no curso de Medicina da Unoeste deste 2010 e ingressou no mestrado no começo do ano passado. Sua dissertação foi aprovada e ela está apta para receber o título de mestre em Ciência Animal, a ser outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

Ao desenvolver o experimento, contou além da orientação da Dra. Gisele Nai, com as colaborações dos professores Hermann Bremer Neto e José Luiz Parizi dos Santos. Estiveram envolvidos os estudantes de Medicina, inseridos em iniciação científica, Felipe do Carmo Moura, Larissa Di Santi Teixeira e Mariani Paulini Soriano Estrella.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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