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Vírus da arrogância interfere na comunicação de professores

Humildade é a chave que abre e flexibiliza a boa relação com alunos e fortalece o processo ensino e aprendizado


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Foto: João Paulo Barbosa Vírus da arrogância interfere na comunicação de professores
Marilani: o aluno é mais importante
Foto: João Paulo Barbosa Vírus da arrogância interfere na comunicação de professores
Banca avaliadora: Creres Rosa, Luciane e Maria Eliza
Foto: João Paulo Barbosa Vírus da arrogância interfere na comunicação de professores
Marilani, Maria Eliza, Luciane e Creres Rosa


Professor contaminado pelo vírus da arrogância, que se coloca no pedestal do saber, encontra sérios problemas de comunicação em sala de aula. O antídoto está na humildade, no sentido do professor ser quem é e não o que gostaria de ser, de ter e exercitar a capacidade de compreensão. Essa é a chave que abre e flexibiliza a boa relação com alunos e fortalece o processo ensino e aprendizado, no qual a avaliação está inserida. É fundamental o permanente diálogo para depurar como o aluno recebe e processa as informações, como vê a qualidade do conteúdo.

Esta foi a síntese da mensagem construída na monografia “Avaliando a comunicação do professor em sala de aula”, produzida para a conclusão da especialização em Avaliação do Ensino e da Aprendizagem e apresentada na tarde desta quarta-feira (5) pela professora Marilani Soares Vanalli, que acumula 28 anos de experiência na rede estadual de ensino fundamental e médio, há dez anos leciona em cursos de graduação da Unoeste, formada em Letras pela Faculdade de Filosofia de Presidente Venceslau (Fafiprev) e mestre pela Unesp em Assis.

A autora da monografia utilizou em citação estudos conhecidos mundialmente sobre comunicação verbal e não verbal, desenvolvidos pelo psicólogo estadunidense de origem armênia Albert Mehabian e que resultaram na fórmula 7-38-55. Uma regra que estabelece o peso de três elementos utilizados na comunicação interpessoal: fala 7%, tom de voz 38% e fisiologia 55%. O corpo fala mais que a voz e o tom juntos. Um olhar, um franzir de testa, um levantar de sobrancelhas podem comunicar muito, conforme exemplificou Marilani durante a apresentação.

Para ela, empregar linguagem mais acessível e retirar a prepotência significa o aluno aprendendo. Outro apontamento feito é que o professor deve atentar para sua velocidade de pensamento e não se expressar com a mesma agilidade, pois nem todos acompanham. “O ritmo é interessante. Falar pausado e com sonoridade permite a quem está ouvindo a condição de melhor aprender. Todavia, como o corpo fala mais que a voz, juntando sonoridade e ritmo, os gestos e as posturas são fundamentais ao professor em sala de aula”, comentou.

Ela escreveu no trabalho que a expressividade da fala constrói-se a partir das intenções que se estabelecem entre elementos segmentais, que são vogais e consoantes; os propósitos – ritmo, entonação, qualidade de voz, taxa de elocução, pausas e padrões de acento; e das relações que se estabelecem entre som e sentido. Uma referência aos estudos da professora Sandra Madureira, da PUC-SP. Utilizou estudos do cientista social e escritor canadense Erving Goffman para dizer que o falante desempenha três papéis: o animador, o autor e o protagonista. O professor deve incorporar todos, para humanizar a relação com o aluno.

Pontuou que o professor passa grande parte de sua vida investindo no verbal, no sentido das palavras e nas leituras. Porém, investe pouco em comunicação não verbal. Daí as dificuldades de em algumas ou muitas ocasiões não fazer se entender. Com este raciocínio, Marilani disse que o professor, dependendo da qualidade da comunicação, pode tornar a avaliação simples ou complexa. Simples, se pensada com ideais da razão e com propósitos verdadeiros. Complexa, porque o avaliar nem sempre traz os resultados esperados, especialmente se não cotejar com as divergências e convergências.

Para Marilani, simplificar ou complicar é uma questão centrada no comportamento humano, determinado pela humildade ou pela vaidade. Em síntese, seu entendimento é de que no processo ensino e aprendizagem, do qual a avaliação é parte inseparável, o professor precisa entender o aluno como sendo o mais importante. A banca de avaliação, formada por Maria Eliza Nigro Jorge (orientadora), Luciane Cachefo Ribeiro e Marcelo Creres Rosa, elogiou a apresentação.

Sobre o trabalho escrito houve o pedido para algumas correções a serem apresentadas no máximo em 60 dias na secretaria do Núcleo de Educação a Distância (Nead), à professora Ana Lúcia Farão de Carneiro Siqueira, para que então Marilani possa receber o título de especialista em Avaliação do Ensino e da Aprendizagem, emitido pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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