Pirapozinho poderá ter centro avançado de estudos sobre cana

Há uma mobilização regional centrada em Pirapozinho (SP) para que seja instalado no município um centro avançado de estudos da cana-de-açúcar, amparado pelo Centro de Estudos Avançados em Bioenergia e Tecnologia Sucroalcooleira (Centec) da Unoeste. A finalidade é desenvolver pesquisas para amparar os processos de produção das usinas e promover o desenvolvimento de culturas energéticas. Está programada para terça-feira (24) reunião pública, às 16h, na Câmara Municipal. O encontro recebe a denominação de 1ª Discussão Tecnológica para o Desenvolvimento do Centro de Pesquisa Regional de Bioenergia, quando haverá exposição do diretor do Centec, o professor pesquisador Dr. Tadeu Alcides Marques.

Encontro articulado pelo presidente da Câmara, vereador Claudinei Dinello, com convites expedidos para prefeitos, vereadores, gestores de usinas sulcroalcooleiras e de escolas dos municípios localizados ao longo dos 42 km finais da rodovia Assis Chateaubriand, que são Pirapozinho, Tarabai, Narandiba, Estrela do Norte e Sandovalina. “É visível que Pirapozinho apresentou grandes melhorias com a instalação das usinas, com mais postos de trabalho, aumento no consumo comercial e na prestação serviços. Assim, para que possamos trabalhar com a sustentabilidade desse processo de desenvolvimento municipal e regional, queremos dar um amparo maior a estas unidades produtivas”, comenta Dinello.

Marques conta que essa ideia surgiu há dois anos e prosperou agora, após encontro com o presidente, estimulado por estudantes que moram em Pirapozinho e fazem pós-graduação stricto sensu em Agronomia na Unoeste. A proposta agora será articulada com a prefeitura e espera-se que o prefeito Orlando Padovan se articule com os demais prefeitos para que seja destinada uma área rural ao campo experimental. O projeto pretende uma parceria público-privada; com o envolvimento das unidades produtoras de açúcar e álcool nessa proposta de caráter científico extensionista.

“Propomos abrir as portas do conhecimento com a extensão científica”, diz Marques e explica que essa região é caracterizada como tipicamente agropecuária, mas que ao longo dos anos, devido as condições de ambiente e solo, apresentou diferentes ciclos de produção, sem a fixação de uma cultura. Então, tem-se a preocupação nesse sentido, de que a cana não seja mais um ciclo. Desenvolver pesquisa dentro da área de produção é uma forma de explorar outras possibilidades, como a bioenergia e culturas em sistema de rotação, para que não se tenha o risco de um retrocesso socioeconômico.