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Estudo sobre lesão não acidental tem repercussão

Pesquisa envolveu Unoeste e Unesp de Araçatuba, tendo destaque internacional


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Foto: Divulgação Estudo sobre lesão não acidental tem repercussão
Abuso sexual: ter uma equipe multidisciplinar preparada para lidar com essas situações em hospitais e unidades de saúde é fundamental


Tratar sobre abuso sexual é sempre doloroso e o assunto torna-se ainda mais complicado quando a vítima é uma criança, que não pode ao menos se defender e denunciar o agressor. Ter uma equipe multidisciplinar preparada para lidar com essas situações em hospitais e unidades de saúde é fundamental para oferecer toda a assistência necessária para quem sofre esse crime. Geralmente, médicos e dentistas são os primeiros profissionais a observar e a reconhecer sinais de lesão não acidental ou intencional. Um estudo científico teve a participação de recém-formada em Medicina na Unoeste, com realização de professores e aluna da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA/Unesp), relatando o caso clínico de uma criança de 5 anos. Devido à relevância do assunto, o artigo foi publicado em revista internacional e recebeu menção honrosa em congresso nacional.

Os autores do artigo denominado “Condiloma Acuminado em Língua e Palato de Criança por Abuso Sexual: Relato de Caso” mostram um episódio clínico de uma criança do sexo masculino, de 5 anos, com lesões nas superfícies dorsal da língua e palato posterior, conforme explica o professor da FOA, Dr. Celio Percinoto, que contou com a parceria da filha, então aluna do curso de Medicina da Unoeste e que se formou no último semestre, Ana Clélia Canovas Percinoto. “As lesões foram removidas e encaminhadas para exame histopatológico, resultando como diagnóstico definitivo condiloma acuminado”, pontua o docente. O estudo foi publicado recentemente na Revista BMC Research Notes 2014 e recebeu menção honrosa no 4º Congresso Odontológico de Araçatuba neste ano.

Ana Clélia afirma que participar de pesquisas científicas durante a graduação contribuiu para verificar a relevância da integração entre profissionais de diferentes áreas para tratar o paciente, aprimorando a saúde pública. “Estudando um paciente de 5 anos de idade associamos lesão bucal com abuso sexual, iniciando, assim, um trabalho com o pessoal do Conselho Tutelar para localizar o indivíduo criminoso e dar atendimento necessário à vítima e seus familiares”, diz a egressa da Unoeste.

O condiloma acuminado é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo papilomavírus humano (HPV). É também conhecido como verruga genital, mas as lesões podem aparecer na boca e na garganta. “Dentistas, bem como os pediatras, têm um papel a desempenhar na identificação e no tratamento dessas crianças. O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico), mas também o uso da citologia eventualmente recorre à biópsia de lesões suspeitas para exame histológico. O tratamento de escolha foi a excisão das lesões”, relata o docente.

Estiveram ainda envolvidos Marcelle Danelon, Marcelo Macedo Crivelini e Robson Frederico Cunha.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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