Futuros engenheiros ambientais realizam plantio de árvores

O reflorestamento em cinco hectares (60 mil m²) ao redor de represa no campus II da Unoeste é contemplado com mais um projeto de extensão: ação ambiental da primavera. Iniciado em 2010, o plantio de árvores em Área de Preservação Permanente (APP) tem mobilizado universitários e alunos do Projeto Guri, através da iniciativa Manhã de Reflorestamento. Nesta quarta-feira (1º) ocorreu o plantio de 30 mudas em linha reta, na cabeceira do espelho d’água de aproximadamente meio hectare.

Acompanhados pela professora Leila Maria Couto Esturaro, estudantes do 6º termo do curso de Engenharia Ambiental plantaram mudas de jambolão, caju, manga, araçá, carambola, goiaba e pitanga; auxiliados por trabalhadores do viveiro da Unoeste: Aparecido Menezes dos Santos, Emerson Paulo dos Santos, Sebastião Antunes de França e Sebastião Herculano dos Santos. Na condição de convidado especial, o professor do curso de Agronomia, Pedro Baldotto, ofereceu instruções sobre plantio.

O foco esteve voltado ao paisagismo urbano, historicamente desordenado, por conta da falta do profissional engenheiro ambiental na maioria das prefeituras. O que resulta em problemas em relação ao plantio e aos cuidados, incluindo a poda. Baldotto fez demonstração prática, envolvendo os alunos no preparo da cova, na adubação, no plantio, na coroação e na colocação de cobertura vegetal para reter umidade, incluindo explicação sobre a água.

Plantada, quando da primeira vez a muda precisa de 20 litros de água jogados em cima do capim seco com o qual foi feita a cobertura. Assim, a água não forma uma crosta que impede a entrada de oxigênio, sem o qual os organismos (adubo) não irão agir. As covas devem ser nas formulas 40x40x40 ou 50x50x50 (centímetros), em relação à profundidade, largura e comprimento.

A terra retirada da cova recebe o adubo – que pode ser orgânico ou industrial fosfatado ou ainda misturados. O esterco deve estar curtido, para não matar a planta. Se for de curral, são 20 litros. Se for de galinha: 3 litros. Todavia, podem ser de outros animais, mas com atenção sobre os nutrientes que possuem. Após a mistura do adubo, a terra volta para a cova, na qual será aberto o espaço suficiente ao plantio e a terra que vem com a muda deve ficar ao nível do terreno. Somente a terra fofa ao lado da planta deve ser socada.

A raiz da muda não pode estar enrolada. Isso inibe o crescimento da planta. Então, é necessário manter a raiz pivotante e, com isso, permitir sua penetração verticalmente. A muda deve ter entre seis meses e um ano. Se for para a área urbana, a árvore não pode ser muito alta, por questões da rede elétrica e até de quedas provocadas por vendavais. Jamais plantar numa esquina, para não tirar a visão, especialmente de condutores de veículos motorizados ou de tração animal.

Para os estudantes Geraldo Augusto Maximiano Ferdin e Norton de Biasi Santos, foi ótima a iniciativa da professora Leila, inserida em ações da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), em promover o plantio e convidar o professor Baldotto para dar orientações. São defensores da contratação de engenheiros ambientais pelas prefeituras, não por uma questão de mercado de trabalho, mas pela importância do profissional, o qual não se restringe aos cuidados com o paisagismo urbano, mas tem alcance tão grande que se insere nas políticas de saúde pública.