CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Potencialidades adormecidas são geradoras de desigualdades

Conferência de abertura do 12º Enaext promove reflexão sobre equidade e sustentabilidade na construção social


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Potencialidades adormecidas são geradoras de desigualdades
Dra. Eliane Barbosa falou sobre equidade e sustentabilidade
Foto: João Paulo Barbosa Potencialidades adormecidas são geradoras de desigualdades
Conferência da abertura do 12º Enaext, no auditório Azaleia
Foto: João Paulo Barbosa Potencialidades adormecidas são geradoras de desigualdades
Pró-reitores com a equipe da Proext e a Dra. Eliane


No campo educacional, em todos os níveis de ensino, trabalhar equidade e sustentabilidade requer mudanças de abordagem e de conteúdos. Para construir uma sociedade igualitária e comprometida com o meio ambiente, não bastam as leis e seus conceitos formais. É preciso ir mais fundo, alterando normas para atender casos específicos, como nas situações das inclusões sociais. São necessárias oportunidades para permitir emergir potencialidades adormecidas, geradoras de desigualdades. Cada ser humano possui capacidades, mas para desenvolvê-las precisa de chances, sejam públicas ou privadas.

Com essa linha de raciocínio e numa abordagem profundamente alicerçada em dados e também questionadora, a Dra. Eliane Barbosa da Conceição proferiu a conferência de abertura do 12º Encontro Anual de Extensão (Enaext), inserido no Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste. Discorreu sobre o tema “Equidade e Sustentabilidade: Pilares para a Construção de uma Sociedade mais Humana”. Falou para um público de professores e alunos da graduação e pós-graduação, na manhã desta quinta-feira (23), no auditório Azaleia, no campus II da universidade.

Considerou que o conceito de equidade apresenta alguns sentidos, entre os quais o de igualdade. Porém, uma igualdade mais material do que formal. Para ela, não basta o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei, se as oportunidades de desenvolverem potencialidades não forem iguais. Nem a aplicação literal da lei promove equidade, pois cada caso exige uma intepretação. Ao tocar nesse assunto, citou como exemplo estudos de sua tese que envolveu mulheres brancas e negras, num fato judicial em que o Ministério Público tratou como questão racial e o Judiciário foi simplesmente pela letra da lei, sem que se fizesse justiça.

Na sociedade, os grupos sociais mais discriminados, são os com menos oportunidades. Por exemplo: falta educação decente, com escola de qualidade, para esses grupos. Os problemas se multiplicam e vão passando de geração para geração, conforme disse a conferencista, para em seguida falar de sustentabilidade. Para ela, sem desenvolvimento humano, não há como falar de sustentabilidade, temática surgida em 1968 no Clube de Roma, que reunia presidentes de vários países. A partir daí, apresentou uma cronologia de decisões tomadas em nível mundial, como as da Agenda 21, Protocolo de Quioto, Eco-92 e Carta da Terra, cujas discussões desencadearam na meta de se promover desenvolvimento humano sustentável.

A Organização das Nações Unidades (ONU) age em prol do respeito ao meio ambiente, eliminação da pobreza, promoção da igualdade, inclusão social, igualdade de gênero de participação social. O Brasil está inserido neste contexto e cabe à sociedade questionar, especialmente no âmbito universitário, que abriga as cabeças pensantes do país, qual a distância entre o momento vivido e as metas estabelecidas e qual a contribuição de cada cidadão na construção dessa história. Foram reflexões deixadas pela conferencista, que atua dentro e fora do país e desde 2009 é pesquisadora do Centro de Estudo em Administração Pública e Governo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-CEAPG).

Abertura – Em pronunciamento na abertura do 12º Enaext, a pró-reitora da Extensão e Ação Comunitária, Dra. Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira Lima, que também falou em nome da reitora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, disse que a Unoeste, inserida num quadro social complexo, no qual desenvolve programas, projetos, atividades e eventos extensivos e comunitários atrelados ao ensino e à pesquisa em todas as áreas do conhecimento; com os objetivos de esclarecer, informar, educar, orientar, suprir necessidades básicas e de saúde, contribuindo para a inclusão social.

Pontuou como multiprofissional e interdepartamental o trabalho ofertado pela universidade à comunidade de Presidente Prudente e região, por intermédio da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext). As situações remetem ao fortalecimento do tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão. Assim é que as ações conjuntas almejam a melhoria de qualidade de vida das populações atendidas, ao mesmo tempo em que contribuem para a formação universitária do profissional qualificado; respondendo às Diretrizes Curriculares Nacionais, sendo que ao atender necessidades sociais, a Unoeste contribui para a construção da cidadania.

“Sabemos que somos cidadãos, sujeitos à mesma autoridade política, às mesmas leis e normas de conduta, em busca de critérios de justiça e igualdade social valorizando a individualidade, por um planeta economicamente viável, socialmente justo, culturalmente aceito e ecologicamente correto”, disse a pró-reitora, que propôs a cada um pensar o mundo que deseja. Agradeceu a todos os envolvidos na organização e realização do evento e à Dra. Eliane por aceitar o convite da Dra. Édima de Souza Mattos. Angelita e a palestrante estiveram na composição da mesa, juntamente com os pró-reitores Acadêmico e de Pesquisa e Pós-graduação, respectivamente doutores José Eduardo Creste e Adilson Eduardo Guelfi.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem