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Recicladores cooperados receberão equipamentos de proteção

Doação por empresa da construção civil surge em projeto desenvolvido por estudantes de Engenharia Ambiental


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Foto: João Paulo Barbosa Recicladores cooperados receberão equipamentos de proteção
Reunião dos cooperados com estudantes e a professora Leila
Foto: João Paulo Barbosa Recicladores cooperados receberão equipamentos de proteção
Galpão que precisa ser adequado com paredes e baias
Foto: João Paulo Barbosa Recicladores cooperados receberão equipamentos de proteção
Professora e estudantes do 6º termo da Engenharia Ambiental


Em breve recicladores da CooperPrudente serão contemplados com Equipamento de Proteção Individual (EPI). Contribuição obtida junto a Construtora MRV pelas estudantes de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unoeste Pâmela Galon e Letícia Sakamato. A iniciativa faz parte de projeto de extensão desenvolvido na disciplina de Educação Ambiental, cadastrado pela professora Leila Maria Couto Esturaro na Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext).

O anúncio do benefício foi feito nesta quarta-feira (12) pelas estudantes em visita à cooperativa instalada à margem da rodovia Assis Chateaubriand, no trecho entre o trevo da Andorinha e o aeroporto Adhemar de Barros; ao lado da usina de asfalto da Prudenco, empresa de economia mista (capital público e privado) que atua no ramo de pavimentação e que cuida da limpeza pública e coleta do lixo urbano em Presidente Prudente. As autoras do projeto estiveram acompanhadas por colegas do 6º termo do curso e pela professora Leila.

A ajuda não ficará no EPI. Outras ações estão sendo estudadas e algumas já planejadas. É o caso de palestra motivacional, incluindo sorteio de brindes ofertados pela mesma empresa da construção civil, na quarta-feira (19) da próxima semana, durante o café da manhã na cooperativa instalada no galpão da desativada fábrica de tubos da Prudenco. O motivar para o trabalho estará voltado ao apelo à assiduidade, já que as faltas atrapalham consideravelmente o trabalho em equipe.

A palestra será no sentido de promover a autoestima dos recicladores, enquanto trabalhadores de extrema importância no processo de reciclagem do lixo urbano de uma cidade com 207 mil habitantes e que produz 123,66 toneladas de lixo dia, conforme dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb, 2013). Na CooperPrudente a reciclagem média é de 25 toneladas/mês, extraídas das 80 toneladas advindas da preconizada coleta seletiva da Prudenco.

A população em geral ainda não está educada sobre a seleção do lixo e acaba misturando reciclável com lixo orgânico, incluindo até cachorro morto, e entulho de construção, como cerâmica e tijolos. O projeto ambiental das estudantes da Unoeste discute a possibilidade de promover educação ambiental junto aos moradores dos bairros nos quais ocorre a coleta seletiva. Assunto tratado em reunião com os representantes das 27 famílias de recicladores, hoje na CooperPrudente.

A cooperativa existe há dois anos. Surgiu de dissidência da Cooperlix, a primeira da cidade e que tem enfrentado problemas de gestão. A Prudenco tem ajudado a nova cooperativa desde o início, cedendo o galpão e destinando para reciclagem a coleta seletiva diária que é feita por coletores da própria empresa, utilizando seis caminhões. A ajuda obedece aos critérios legais, com o amparo de assessores jurídicos, conforme explicação do estagiário de engenharia ambiental Davi Aquino, estudante da Unesp. 

Tem muito a ser feito, ainda. O projeto da Unoeste acena com várias possibilidades. “Tudo começou em agosto deste ano. Foi quando detectamos que a MRV, empresa onde desenvolvemos nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), estava com dificuldades em destinar resíduos da construção civil para reciclagem, antes coletados pela Cooperlix. São os casos de sacos de cimento, papelão, sacos plásticos e conduites. Viemos à CooperPrudente e o problema foi resolvido”, contou Pâmela.

O presidente da CooperPrudente, Jorge José ‘Tuquinha’, disse que as dificuldades são muitas e que toda ajuda é bem recebida; seja pública ou privada. Agradeceu a professora e aos estudantes da Unoeste, a maioria mulheres. Fato que proporciona maior proximidade do projeto com a cooperativa, onde as mulheres também são maioria. O trabalho duro e mal remunerado, por natureza insalubre, exige uma disposição que muitos homens não têm. Para ajudar a amenizar as carências, Tuquinha tem lutado pela cesta básica. Nesse sentido, contou que entendimentos são feitos com a Secretaria de Assistência Social (SAS) de Presidente Prudente. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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