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Síndrome que apresenta alteração dentária pode causar câncer

Pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Odontologia da Unoeste ganha o 1º lugar em evento da USP


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Foto: Cedida Síndrome que apresenta alteração dentária pode causar câncer
Gustavo de Almeida Logar, professor da graduação na universidade, durante apresentação do trabalho em São Paulo


Anormalidades dentárias, geralmente apresentadas em pacientes entre 15 e 20 anos de idade, podem demonstrar indícios de uma síndrome hereditária: a de Gardner.  Trata-se de doença caracterizada por uma combinação de múltiplos pólipos intestinais (lesões benignas na mucosa) e manifestações extraintestinais, conforme explica o docente da Faculdade de Odontologia (Fopp) da Unoeste, Gustavo de Almeida Logar. Ocorre que a chance de os portadores dessa síndrome, acima dos 40 anos, desenvolverem câncer de colorretal é de 100%. Por isso, o professor frisa a importância do diagnóstico precoce, sendo o dentista um profissional de grande contribuição nesse processo.

Em razão da relevância do assunto, Logar apresentou o trabalho “Síndrome de Gardner: Relato de Caso”, em forma de pôster, na 14ª Jornada Odontológica do Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (Jocape) da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) e recebeu o prêmio de 1º lugar na categoria caso clínico, dentre os 52 trabalhos. O evento ocorreu na terça-feira (25), na capital paulista.

O estudo, desenvolvido pelos acadêmicos Matheus Soriano Gomes e Pedro Maffei Canton, e pelos professores Logar, Arlete Gomes Santos Parizi e Pedro Angelo Cintra, relata o caso de um paciente de 36 anos que compareceu à clínica da Faculdade de Odontologia da Unoeste e apresentou os sintomas. “Durante o atendimento, foi visualizado por exames radiográficos que o paciente tinha alterações no tecido ósseo e no maxilar, além da presença de dentes impactados. Ele ainda relatou ter realizado colonoscopia prévia”. Também foi solicitado exame para o filho do paciente para verificar a presença de lesões orais da síndrome.

Sobre a doença, o docente explica que, geralmente, na faixa etária entre os 15 e 20 anos, o indivíduo pode começar a apresentar algumas alterações ósseas dos maxilares que precedem lesões no intestino. “Essas lesões devem ser avaliadas, pois a possibilidade de desenvolver câncer colorretal é total”, frisa.

Evento científico – A jornada na USP é a mais importante do país, no que diz respeito a pacientes especiais, conforme afirma o docente. “Conseguimos o prêmio de melhor trabalho dentre os 52 painéis expostos, inclusive entre muitas instituições renomadas, como o Hospital das Clínicas, Albert Einstein, Hospital Heliópolis de São Paulo, grupo da Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro, Hospital Mário Covas, dentre outros”.

Logar comenta que o prêmio é um incentivo para os acadêmicos se envolverem cada vez mais com as produções científicas e atesta a qualidade das pesquisas desenvolvidas pelo curso. “Apesar de ainda não termos vínculo com um centro de referência em câncer, atendemos casos muito interessantes e que precisam de estudos aprofundados, como o relatado. Agora, vamos buscar publicações em revistas científicas internacionais para divulgar esse estudo”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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