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Probiótico melhora imunidade antirraiva em animal vacinado

Experimento feito em bovinos apresenta eficácia de até 100% com ingestão de 8g de probióticos por dia


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Foto: João Paulo Barbosa Probiótico melhora imunidade antirraiva em animal vacinado
Renata: aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal
Foto: João Paulo Barbosa Probiótico melhora imunidade antirraiva em animal vacinado
Banca examinadora: doutores Reis, Bremer Neto e Albas
Foto: João Paulo Barbosa Probiótico melhora imunidade antirraiva em animal vacinado
Renata com os doutores Bremer Neto, Reis e Albas


No Programa de Mestrado em Ciência Animal da Unoeste, a médica ginecologista e obstetra Renata Maria Bottino Vizzotto Martino desenvolveu estudo para avaliar o efeito da concentração da associação de microrganismos probióticos, adicionados à mistura mineral em diferentes concentrações/dia, na imunomodulação da produção de anticorpos séricos contra o vírus da raiva em bovinos vacinados com uma única dose da vacina antirrábica. Foi constatada melhora na imunidade antirraiva em animal vacinado, com eficácia de 100% com ingestão de 8g de probióticos por dia e de 64% com 2 g. Estima-se que o mesmo efeito poderia ser causado em humanos.
 
O estudo levou em conta a raiva como patologia viral de grande importância em saúde pública. Em animais herbívoros a doença é letal e tem o morcego como principal reservatório e transmissor. Menos imunidade é verificada em animais jovens, com até 24 meses, para os quais há necessidade da dose de reforço.  Uma das preocupações observadas em estudos científicos é a busca por alternativas que melhorem a eficácia da vacina. O uso de probiótico tem se apresentado como uma possibilidade, por permitir o controle de bactérias patogênicas e potencializar as vacinas.
 
No experimento a campo, numa fazenda em Pirapozinho (SP), foram utilizadas duas concentrações de probióticos adicionados à suplementação mineral: 2 g e 8 g por dia. O lote de 42 bois machos da raça Nelore com 12 meses de idade foi dividido em três grupos de 14 animais mantidos em piquetes, pelo sistema de pastejo rotacionado. O controle recebeu apenas 70 g de sal por dia. A mesma quantidade dada aos outros dois grupos. Porém, num deles houve a adição de 2 g e probióticos e em outro 8 g. O que ocorreu após 30 dias de adaptação dos bovinos, a partir da primovacinação contra a raiva.
 
As coletas de sangue, de 10 ml por animal, ocorreram nos dias zero, 30 e 60 do experimento. As análises foram feita em laboratórios do Hospital Veterinário da Unoeste, em Presidente Prudente, e do Instituto Butantan, em São Paulo. No dia zero, todos se apresentavam sem anticorpos. Houve diferenças estatísticas significativas nas médias de concentrações séricas entre o grupo controle e o que recebeu 8g de probióticos, após 30 e 60 dias da primovacinação. Porém, após 60 dias somente o grupo que consumiu as 8 g de probióticos/dia aprestava 100% de anticorpos protetores mínimos.
 
Também houve melhora na produção de anticorpos no grupo que recebeu 2 g, em relação ao grupo controle. Todavia, após 30 e 60 dias a diferença não teve significância estatística. “O pico de títulos de anticorpos antirrábicos novos bovinos, em todos os grupos foi após os 30 dias”, disse a autora da pesquisa que utilizou os seguintes probióticos no experimento: Lactobacilus acidophilus, Streptococcus faecium, Bifidobacterium thermophilum e Bifidobacterium longun.
 
As conclusões apresentadas pela autora da pesquisa são as seguintes: a primovacinação contra a raiva em bovinos é capaz de induzir o sistema imunológico a produzir anticorpos antirrábicos e somente a primovacinação não foi capaz de induzir proteção mínima de todos os animais; o pico de anticorpos antirrábicos nos bovinos em todos os grupos foi após 30 dias; há evidências para atribuir efeito benéfico à concentração da associação de microrganismos probióticos na imunomodulação na produção de anticorpos antirrábicos; o aumento da concentração de probióticos incorporados na mistura mineral interferiu beneficamente na resposta imunomoduladora de bovinos primovacinados contra a raiva; e prorrogar o tempo do experimento poderia trazer resultados mais incisivos.
 
Orientada pelo doutor Hermann Bremer Neto e avaliada pelos doutores Luís Souza Lima de Souza Reis e Avelino Albas, do polo Alta Sorocabana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Renata Maria foi aprovada para receber o título de Mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. A nova mestre é professora na Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp). 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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