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Tratamento de efluente apenas com glifosato é mais eficiente

Pesquisa científica estabelece comparativo com o tratamento contendo glifosato e polímero hidroabsorvente


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Foto: João Paulo Barbosa Tratamento de efluente apenas com glifosato é mais eficiente
Murilo Mendes de Ângelo durante a apresentação
Foto: João Paulo Barbosa Tratamento de efluente apenas com glifosato é mais eficiente
Banca examinadora: doutores Renata, Ishiki e Souza
Foto: João Paulo Barbosa Tratamento de efluente apenas com glifosato é mais eficiente
Ângelo com os doutores Ishiki, Renata e Souza


Ao desenvolver estudos científicos sobre impacto ambiental causado em efluentes pelo herbicida glifosato, utilizado para matar ervas daninhas em pelo menos metade das áreas de produção de cana-de-açúcar no Brasil, o engenheiro ambiental Murilo Mendes de Ângelo constatou que o tratamento do efluente contendo apenas o glifosato é mais eficiente que o tratamento contendo o glifosato e polímero hidroabsorvente.

Realizada de janeiro de 2013 a setembro deste ano no laboratório de química da Unoeste, a pesquisa orientada pelo Dr. Hamilton Mitsugu Ishiki resultou na dissertação “Avaliação da Influência de Polímeros Hidroabsorventes na Degradação Biológica do Glifosato por Meio do Processo de lodos Ativados”, para conclusão do mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Avaliado pelos doutores Alexandre Teixeira de Souza e Renata Medice Frayne Cuba, da Universidade Federal de Goiás, o autor da pesquisa, que também é tecnólogo em saneamento ambiental, foi aprovado para receber o título de mestre em Meio Ambiente, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. A defesa pública foi realizada durante a tarde de sexta-feira (28).

Ângelo levou em consideração que a agricultura na região do Pontal do Paranapanema é uma das principais fontes de emprego e renda, tendo como destaque o cultivo da cana-de-açúcar; e que, junto com a expansão sucroalcooleira, tem ocorrido aumento substancial na utilização de herbicidas. “Dentre os vários herbicidas existentes no mercado nacional, o glifosato, Roundup®, aparece com grande relevância no cenário agrícola, pois, além de eficiente, possui amplo espectro de ação”, pontuou.

“Por outro lado, a sua utilização também acaba gerando impactos ambientais indesejados, como a alteração da microbiota do solo e a geração da raiz pivotante. Adicionalmente, através da lixiviação, uma parte do glifosato aplicado nas lavouras pode atingir as águas superficiais, como, por exemplo, a dos rios. Em face desse problema, o trabalho acompanhou o processo de degradação glifosato como fonte de carbono, nitrogênio e fósforo e o lodo de esgoto”, descreveu.

Conforme Ângelo, foram realizados dois experimentos, sendo que o primeiro utilizou um efluente sintético contendo glifosato como fonte de carbono, nitrogênio, fósforo e o lodo de esgoto. O segundo tratamento foi realizado sob as mesmas condições do primeiro, adicionando-se um polímero hidroabsorvente, empregado nas plantações canavieiras para a retenção de água; o qual pode atingir as águas superficiais, através da lixiviação.

O monitoramento do sistema foi realizado através da demanda química de oxigênio, mediante fósforo, nitrogênio, glifosato, nitrito e nitrato, temperatura do reator, potencial hidrogeniônico e oxigênio dissolvido. Ao justificar a importância de sua pesquisa, Ângelo disse que a crescente população mundial, atualmente em 7 bilhões de pessoas no mundo, exige grande produção de alimentos e nas lavouras os herbicidas são muito utilizados.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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