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Estudo sugere ação pública no combate de parasitos em cães

Controle parasitário evitaria verminoses que transmitidas para humanos causam sérios problemas de saúde


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo sugere ação pública no combate de parasitos em cães
Lívia durante a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Estudo sugere ação pública no combate de parasitos em cães
Banca avaliadora: doutores Giuffrida, Santarém e Daniela
Foto: João Paulo Barbosa Estudo sugere ação pública no combate de parasitos em cães
Lívia e os doutores Santarém, Daniela e Giuffrida


Pelas fezes, cães e gatos com verminoses provocam contaminações ambientais em áreas públicas de uso comum. Fato constatado pelo Brasil afora e confirmado em Presidente Prudente numa experimentação científica com o objetivo de verificar a eficácia de um medicamento para combater as espécies Toxocara e Ancylostoma, predominantes entre os agentes com potencial zoonótico. Os índices de eficiência superaram a 95%, respondendo ao que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo foi desenvolvido pela médica veterinária Lívia Magosso Ramires que, nesta sexta-feira (28), ao submeter sua dissertação à avaliação em sessão pública do Programa de Mestrado em Ciência Animal da Unoeste, sugeriu ação pública de combate à verminose juntamente com a campanha anual de vacinação contra a raiva.

Para as entrevistas com moradores e coleta de fezes, a escolha recaiu no modelo setorial do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão da Secretaria Municipal de Saúde. Estrategicamente foram escolhidos três bairros isolados de outros da cidade, localizados no extremo da zona sudeste: Jardim Cambuci, Parque José Rotta e Jardim Paraíso. Um dos motivos esteve voltado ao fato de que os animais soltos nas ruas têm circulação restrita aos três bairros. Outra questão levada em conta foi a condição socioeconômica dos moradores. Pessoas de baixa renda (até dois salários mínimos) que normalmente não têm condições de arcar com custos veterinários e muitas criam seus animais soltos, inclusive em razão de que parte das casas não tem cerca.

Numa amostragem significativa, a autora da pesquisa entrevistou 138 moradores em suas casas onde ocorreram coletas de fezes, procedimento que se repetiu em 19 ruas e duas praças. As amostras nos espaços de lazer de uso comum foram 63 e nas das vias públicas 440. As análises foram pelo método de Gordon e Whitlock, modificado pela contagem de ovos dos agentes de Larva migrans, parasitas que vivem nos intestinos de cães e gatos. Em casos de amostras positivas, com pelo menos um ovo por grama, os cães foram submetidos a tratamentos anthihelmíntico, com o Panucur 10%. A presença nas fezes foi verificada em 32,5% em relação aos cães nas casas, 45,25% nas vias públicas e 3,7% nas praças.

Após 30 dias de tratamento, a eficácia do produto foi de 95,8 para ancylostoma e 96,6% para toxocara. A infecção dos cães por verminoses representam risco à saúde pública. A Toxocara produz larvas que invadem os vasos sanguíneos e linfáticos e atingem o fígado e os pulmões, podendo se disseminar para outros órgãos. Quando ingeridos, ovos de Toxacara spp. liberam larvas no intestino que migram pelos vasos sanguíneos e linfáticos e atingem o fígado e os pulmões, provocando a Larva migrans visceral, ou para outros órgãos, como os olhos, provocando a Larva migrans visceral. As larvas de Ancylostoma spp., especialmente Ancylostoma braziliense, penetram na pele e provocam dermatite, conhecida popurlarmente como “bicho geográfico”. Iniciado no final de 2012, os experimentos ocorreram no Laboratório de Medicina Preventiva II, no Hospital Veterinário da Unoeste. Estiveram envolvidos estudantes da graduação, inseridos em iniciação científica: Eduardo Cordeiro, Amanda Abonizio e Bruno Fabrício Teixeira.

A orientação foi do Dr. Vamilton Álvares Santarém. No final do ano passado o estudo resultou no recebimento do 15º Prêmio Pesquisa Clínica MSD Saúde Animal. Nesta sexta-feira (28), Lívia submeteu sua dissertação à avaliação em sessão pública, quando na banca examinadora Santarém esteve acompanhado dos doutores Rogério Giuffrida e Daniela Dib Gonçalves, convidada junto à Universidade Paranaense de Umuarama (Unipar). Houve a aprovação e Lívia passa a ostentar o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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