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Experimento oftalmológico compara óleos de peixe e linhaça

No tratamento de ceratoconjuntivite seca o uso combinado de ambos não apresentou benefício adicional


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Foto: João Paulo Barbosa Experimento oftalmológico compara óleos de peixe e linhaça
Danielle Andrade ao acompanhar a arguição da banca
Foto: João Paulo Barbosa Experimento oftalmológico compara óleos de peixe e linhaça
Banca examinadora: doutoras Cecília, Silvia e Mirian
Foto: João Paulo Barbosa Experimento oftalmológico compara óleos de peixe e linhaça
Danielle com as doutoras da banca


No Programa de Mestrado em Ciência Animal da Unoeste têm sido desenvolvidos experimentos oftalmológicos com o uso de óleo de linhaça que apresenta poder de cura, por ser rico em ômega 3 e 6.  A mais recente pesquisa concluída promoveu comparação entre os óleos de peixe, que possui ômega 3, e de semente de linhaça. No tratamento de ceratoconjuntivite seca, com aplicação por via oral em coelhos, a combinação de ambos não apresentou benefício adicional, em que pese no mercado existam produtos com tal associação.

Orientada pela Dra. Silvia Maria Caldeira Franco Andrade, a médica veterinária Danielle Alves Silva promoveu os estudos nos últimos dois anos, incluindo a bibliografia sobre o assunto. O experimento em si durou quatro meses com a utilização de 28 coelhas da raça Nova Zelândia, dividas em quatro grupos de sete, nas quais a doença foi induzida, sendo aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (Ceua). Um grupo controle e os demais apenas com óleo de peixe, apenas com óleo de semente de linhaça e o da combinação com os dois óleos.

Foram utilizados durante os estudos os laboratórios biotério, no campus II, e de cipatologia e histologia, no campus I. Os animais foram avaliados pelo Teste Lacrimal de Schirmer (TLS), Teste Rosa de Bengala (TRB), Teste de Fluoresceína (TF), Tempo de Ruptura do Filme Lacrimal (TRFL), citologia ocular e análise histológica. “Os resultados mostraram que houve aumento significativo nos valores de TLS e TRFL em todos os grupos de tratamento; porém, esse aumento foi mais precoce no grupo tratado apenas com óleo de peixe”, pontuou a autora da pesquisa.

Houve similaridade na avaliação do TRB. Com relação ao parâmetro TF, a marcação mais tardia se deu no grupo com a aplicação combinada dos óleos. Esse mesmo grupo apresentou diminuição significativa no número de células caliciformes. Os resultados demonstraram que os dois óleos melhoraram os sinais clínicos da doença. Todavia, a melhoria mais rápida ocorreu com o óleo de peixe. “O uso combinado dos óleos não trouxe benefício adicional”, afirmou Danielle e comentou que os resultados encontrados podem contribuir com novas formulações no tratamento da ceratoconjuntivite seca, por via oral.

Na banca de defesa da dissertação “Comparação entre óleos de peixe e de semente de linhaça por via oral no tratamento de ceratoconjuntivite seca experimentalmente induzida em coelhos”, Danielle tornou público os resultados e foi avaliada pelas pesquisadoras Cecília Braga Laposy e Mirian Siliane Batista de Souza, convidada na condição de membro exterior junto a Universidade de São Paulo (USP), para quem a pesquisa em oftalmologia, na área de medicina veterinária, representa um estudo inovador que irá servir de base de estudos para utilização em humanos.

A Dra. Mirian comentou que, do ponto de vista acadêmico, a existência do mestrado representa o crescimento profissional do egresso da medicina veterinária e da residência, na própria instituição, que também tem a oportunidade de se preparar para lecionar. Danielle se encaixa nesse ponto de visita, já que desenvolveu todas as etapas do ensino superior na Unoeste, sendo agora aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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