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Estudo sugere reavaliar formação de professor de matemática

Foco está em planejar ações sobre o ensino de números reais para o profissional que irá atuar no ensino básico


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo sugere reavaliar formação de professor de matemática
Cleber Luiz da Cunha ao fazer a defesa de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Estudo sugere reavaliar formação de professor de matemática
Doutores Raimunda, Ruiz e Maria Raquel, na banca examinadora
Foto: João Paulo Barbosa Estudo sugere reavaliar formação de professor de matemática
Cunha com os doutores Ruiz, Maria Raquel e Raimunda


Pesquisa desenvolvida no Programa de Mestrado em Educação da Unoeste analisou como é previsto e como se dá o ensino dos números reais na formação do professor de matemática que irá atuar no ensino básico. “Os resultados indicaram a necessidade de reavaliar o planejamento das ações quanto ao ensino dos números reais, visando a formação profissional”, anuncia Cleber Luiz da Cunha, autor da pesquisa orientada pelo Dr. Adriano Rodrigues Ruiz.

O método científico empregado na pesquisa foi o estudo de caso, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados num curso específico de matemática, em instituição de ensino superior, com os empregos das técnicas de análise documental e entrevistas semiestruturas, feitas com quatro professores, incluindo a coordenação. Os documentos analisados foram o projeto pedagógico e os planos de ensino das disciplinas.

Em defesa pública da dissertação “O ensino dos números reais na formação do professor de matemática”, o estudo de Cunha foi submetido à avaliação das doutoras Raimunda Abou Gebran e Maria Raquel Miotto Morelatti, convidada junto ao Departamento de Educação da Faculdade de Ciência e Tecnologia – campus da Unesp em Presidente Prudente (FCT/Unesp).

Na fundamentação teórica houve o emprego da epistemologia de Gaston Bachelard sobre a superação de obstáculos para a construção do conhecimento científico. Discorreu ainda sobre a formação de professores de matemática e a respeito dos números reais durante a licenciatura plena.

Cunha, nas condições de professor e autor da pesquisa, afirma que números reais são de fundamental importância para o trabalho na matemática, de forma continuada e abrangente desde o ensino 7º ano do ensino fundamental até a conclusão do ensino médio. Porém, pesquisas revelam que mesmo com o uso contínuo nos ensinos fundamental e médio, os números reais não são interiorizados.

“Quem chega ao ensino superior, na graduação em matemática, não tem conhecimento completo sobre o assunto. Ao retornar para dar aulas, volta com a mesma deficiência apresentada ao final do ensino médio e cria-se um ciclo sem que ocorra transformação”, comenta sobre constatações extraídas de outros estudos científicos.

O interesse em pesquisar o assunto na pós stricto senso surgiu na pós lato sensu, quando o professor fez especialização na Universidade Federal Fluminense e teve como tema de estudo os conjuntos em conceito de infinito na teoria de Georg Cantor, considerada por estudiosos uma das mais notáveis inovações matemáticas dos últimos séculos.

Na pesquisa, cujos resultados se tornaram públicos na tarde de quarta-feira (2), para chegar à indicação da necessidade de reavaliar o planejamento das ações quanto ao ensino dos números reais, entre outros fatores, Cunha constatou que no Projeto Pedagógico do Curso não são contemplados projetos de pesquisa e nem de extensão.

É no estágio supervisionado que se busca a relação prática e teoria, porém, no curso em questão a maior parte das atividades está relacionada ao levantamento de dados sobre a escola. Portanto, com baixo percentual prático e não há atividade que indique exploração dos conjuntos números.

Ao formular essa visão, com base nos documentos e nas entrevistas, Cunha anuncia que pretende compartilhar com a instituição, onde desenvolveu o estudo de caso, algumas discussões e sugerir proposta para melhorar a formação do professor com relação ao ensino dos números reais. Cunha foi aprovado para receber o título de mestre em Educação, outorgado pela Pró-reitoria da Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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