CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Gabapentina como adjuvante reduz analgésico no pós-cirúrgico

Outro fator importante constatado em pesquisa científica é que o medicamento não teve efeitos colaterais


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Gabapentina como adjuvante reduz analgésico no pós-cirúrgico
Giulianne quando do momento das arguições
Foto: João Paulo Barbosa Gabapentina como adjuvante reduz analgésico no pós-cirúrgico
Banca examinadora: doutoras Rosa, Renata e Carmen
Foto: João Paulo Barbosa Gabapentina como adjuvante reduz analgésico no pós-cirúrgico
Giulianne com as doutoras Renata, Carmen e Rosa


Pesquisa científica para avaliar a ação da gabapentina como adjuvante do controle da dor pós-operatória mostrou a redução do uso de analgésico convencional e não houve efeitos colaterais. O experimento ocorreu com 20 cadelas que passaram por mastectomia. “A administração adjuvante da gabapentina reduziu o requerimento de morfina para controle da dor no período pós-operatório em cadelas pós-mastectomia”, afirmou a autora da pesquisa, a médica veterinária Giulianne Carla Crociolli.

Compreendendo todas as etapas, os estudos ocorrem nos últimos dois anos no Programa de Mestrado em Ciência Animal, ofertado junto à Pró-reitoria da Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. A orientação foi da Dra. Renata Navarro Cassu – também coordenadora do programa – que tem desenvolvido vários trabalhos científicos voltados a minimizar sofrimentos de animais que passam por cirurgias. A dissertação “Gabapentina como adjuvante no controle da dor pós-operatória em cadelas submetidas à masctectomia” teve sua defesa pública nesta segunda-feira (31).

Giulianne contou que dos 20 animais, a metade recebeu gabapentina e a outra ficou como grupo controle. O tratamento com gabapentina, na proporção de 10 mg/kg se deu por via oral 60 minutos antes da cirurgia, seguindo-se a administração da mesma dose a cada 24 horas, durante três subsequentes à cirurgia. No grupo controle foi aplicado placebo, administrado conforme descrito para o tratamento com gabapentina. Todos os animais foram tranquilizados com acepromazina (0,03 mg/kg em associação à morfina 0,5 mg/kg) por via intramuscular.

Vinte minutos após foi iniciada a infusão contínua intravenosa de morfina (0,1 mg/kg h-1), mantida até o término do procedimento cirúrgico. A indução e manutenção anestésicas foram realizadas com propofol (4-5 mg/kg, 4) e isofluorano, respectivamente.  O Meloxicam (0,2 mg/kg, 4) foi administrado cinco minutos antes da incisão cirúrgica. Durante o procedimento anestésico foram avaliados: frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, oxicapnografia, temperatura retal e concentração final inspirada e expirada de isofluorano.

No período pós-operatório o grau de analgesia foi mensurado aos 30 minutos, 1, 2, 4, 8, 12, 18, 24, 32, 40, 48, 56, 64 e 72 horas após a extubação traqueal, utilizando-se a Escala Analógica Visual Interativa e Dinâmica (Eavid) e a Escala Composta de Glasgow Modificada (ECGM). A analgesia de resgate foi feita com morfina (0,5 mg/kg, IM) nos casos de escore de dor superior a 50% da primeira escala ou 33% da segunda. O grau de sedação foi avaliado por sistema de escore. As variáveis cardiorrespiratórias e os escores de dor e de sedação não diferiram entre os tratamentos.

“Porém, no período pós-operatório, a analgesia de resgate foi menos frequente nos grupo tratado com a gabapentina, com seis de dez cães, totalizando nove resgastes; sendo que no grupo controle, foram oito de dez cães, totalizando 15 resgates”, disse a autora da pesquisa, que foi aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal. A Dra. Renata Navarro Cassu recebeu, na banca examinadora, suas colegas pesquisadoras Dra. Rosa Maria Barilli Nogueira, da Unoeste, e Dra. Carmen Esther Santos Grumadas, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem