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Termografia digital permite selecionar touro para reprodução

Animal capaz de se adaptar ao calor e resistir ao estresse térmico apresenta sêmen de melhor qualidade


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Foto: João Paulo Barbosa Termografia digital permite selecionar touro para reprodução
Felipe Rydygier de Ruediger durante a defesa pública
Foto: João Paulo Barbosa Termografia digital permite selecionar touro para reprodução
Banca examinadora durante a arguição: Neto, Chacur e Reis
Foto: João Paulo Barbosa Termografia digital permite selecionar touro para reprodução
Felipe com os doutores Chacur, Reis e Neto


Em países de clima tropical como é o Brasil, estresse térmico causa subfertilidade e até infertilidade em touros. Fato motivador de experimento científico para detectar animal que se adapta melhor ao calor, de tal forma que a temperatura não interfira na produção de sêmen com qualidade. Desenvolvida no Programa de Mestrado em Ciência Animal da Unoeste, pesquisa emprega termografia digital por infravermelho. A nova tecnologia possibilitou verificar a existência de touros com maior adaptabilidade ao calor, permitindo ao criador a seleção dos que estão aptos em fazer cobertura no campo, com bons resultados.

O emprego da termografia analógica vem ocorrendo nos últimos cinco anos, especialmente na América do Norte e na Europa. A digital faz parte das novas tecnologias, de tal forma que o estudo realizado na Unoeste tem um caráter raro e inovador na área de produção animal.  A melhoria de índices zootécnicos da pecuária de corte é fator determinante para a eficiência reprodutiva e a contribuição do touro é de extrema importância, conforme o autor da pesquisa, o médico veterinário Felipe Rydygier de Ruediger.

“Escolher touros que suportem mais o calor e produzem sêmen de qualidade são condições relacionadas com o produzir mais alimentos e a preços menores, tanto a carne quanto o leite”, diz o orientador da pesquisa Dr. Marcelo George Mungai Chacur.  Os benefícios da ponta são para o produtor e ao consumidor, o que representa o benefício social da pesquisa que resultou na dissertação “Termografia digital por infravermelho do escroto e qualidade de sêmen em touros Nelore (Bos taurus indicus)”, com a defesa pública realizada durante a manhã desta sexta-feira (20).

Compuseram a banca examinadora os doutores Hermann Bremer Neto e Luís Souza Lima de Souza Reis, convidado junto a Universidade de Santo Amaro, para quem a termografia digital por infravermelho se revela grande ferramenta de avaliação dos touros, com a seleção dos que são mais adaptáveis ao clima, mesmo antes da estação de monta. Com a nova tecnologia, a melhoria dos índices reprodutivos pode contribuir na elevação de produção do rebanho brasileiro. O trabalho foi apresentado como inédito, considerando o experimento em touro Nelore, a raça que apresenta maior número de cabeças entre todas as raças criadas no Brasil.

Na pesquisa foram utilizados seis touros Nelore com a realização de termorregulação e colheita de sêmen a cada dez dias, totalizando 36 ejaculados. Os dados climáticos foram coletados por meio de globo termômetro. Os termogramas do escroto foram obtidos por meio de termografia digital de infravermelho e analisados por meio de software para as temperaturas da superfície escrotal, dos lados direito e esquerdo, colo do escroto, terços dorsal, médio e ventral dos testículos e cauda do epidídimo. “Efetuou-se colheitas se sêmen, por meio de eletroejaculação para análise das características quantitativas e qualitativas”, diz o autor da pesquisa.

Ruediger foi aprovado para receber o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Entre os que assistiram a defesa pública da dissertação, estiveram os professores da Escola Técnica (Etec) de Rancharia, Eduardo de Lima Silva e Ricardo Alexandre Borges Teotônio, na condição de estudantes do mestrado em Engenharia e Produção na Uniara, em Araraquara. Ambos já assistiram uma banca de qualificação e assistirão outra defesa pública na quarta-feira (25), para obtenção de créditos. Contam que a autorização da Uniara para cumprimento de créditos decorre do fato de que o mestrado em Ciência Animal possui conceito 4 da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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