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Estudante de Engenharia Civil elege a China para intercâmbio

No maior país da Ásia Oriental, aluno fará um ano de mandarim para depois fazer um ano de disciplinas do curso


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Foto: João Paulo Barbosa Estudante de Engenharia Civil elege a China para intercâmbio
Michel de Almeida Lucena: sonhos com grandes obras


Coragem e longa espera marcaram o processo de homologação da candidatura de Michel Almeida de Lucena em intercâmbio estudantil internacional, pelo programa federal Ciência sem Fronteiras (CsF). O arrojado jovem de 21 anos, elegeu a China sabendo das dificuldades que viria pela frente como a língua pátria, cultura muito diferente, frio que pode chegar a 40 graus negativos, distância e de dois anos longe de sua casa. Esperou quase dez meses para receber a confirmação da bolsa, sendo que parte dessa espera deu-se por conta do fuso horário, dificultando o diálogo entre as instituições de fomento do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o Conselho Estudantil Chinês. Em decorrência de dia e noite, quando começa o expediente daqui, o de lá terminou.
 
O estudante de Engenharia Civil da Unoeste se preparou para enfrentar o que talvez seja o maior dos desafios: falar o mandarim. Por quase dois anos aprendeu o básico, num curso de extensão ofertado pela Unesp em Presidente Prudente. Ao chegar na China, agora em agosto, ficará o primeiro ano na Universidade de Tianjin para aprender mandarim. Por coincidência, terá a companhia de outro brasileiro: o estudante de Engenharia de Produção, Thomas Cruz, da cidade de Rancharia (SP). Acaso maior é que ambos são da Unoeste, embora não se conhecem pessoalmente. Ao se descobrirem no mesmo intercâmbio, as aulas do semestre tinham terminado. Então, têm se falado apenas pelas redes sociais e por telefone. Cruz ainda não fez curso da língua do país para onde vai. O curso em Tianjin terá as explicações em inglês.
 
Após um ano na cidade de 12 milhões de habitantes, a 40 minutos de Pequim que tem uma população de 40 milhões de pessoas, os estudantes da Unoeste irão para Harbin, no extremo nordeste da China, na fronteira com a Rússia e Coreia do Norte, próxima da Sibéria, numa região de frio muito rigoroso. Cidade de 5 milhões de habitantes, a 1,5 mil quilômetros de Pequim (seis horas em viagem de trem-bala) e conhecida mundialmente pela construção de cidades de gelo, atrativo de inverno que atrai milhares de turistas. Lá estudarão disciplinas nas respectivas engenharias, no Instituto Tecnológico da Harbin. Será mais um ano, para somente depois retornarem ao Brasil. Os estudos na Unoeste serão retomados no segundo semestre de 2016. Outra coincidência é que ambos retornarão no sexto termo.
 
Natural de Presidente Epitácio (SP), Lucena vive em Presidente Prudente deste os 13 anos de idade. Em sua terra natal fez os dois primeiros anos do ensino fundamental. Os três anos seguintes estudou em Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul. Concluiu o primeiro ciclo do ensino básico em Prudente, na Escola Estadual Florivaldo Leal. Fez o ensino médio na Escola Estadual Monsenhor Sarrion. Morar em diferentes cidades foi decorrência da profissão de seu pai, o desossador Diomar Vieira de Lucena, que atualmente trabalha em açougue, depois de anos de serviços em frigoríficos. A mãe Eloiza de Almeida Lucena é dona de casa. O único irmão é Marcelo Campos, trabalha na Usina Cocal em Narandiba e trancou matrícula no curso de produção sucroalcooleira.
 
Com mais de 700 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Lucena teve a possibilidade de ingressar em duas universidades públicas: a Unesp em Prudente para fazer Engenharia Cartográfica e a Federal do Rio Grande do Sul onde faria Engenharia de Alimentos. Porém, queria Engenharia Civil e foi orientado pelo professor de matemática Moisés Martins, com quem fazia aulas particulares, para estudar na Unoeste. O estudante considera que valeu a pena a orientação, pois faz um curso que corresponde as suas expectativas, pela qualidade do corpo docente, estrutura e amizade entre alunos e professores. O pensamento de Lucena está direcionado para grandes construções: portos, aeroportos, rodovias e pontes.
 
A escolha sobre a Engenharia Civil decorreu do gosto pelas ciências exatas e a opção pelo intercâmbio da China pelo foco em grandes obras. “Os chineses constroem novas cidades para abandonar as antigas. São construídas cidades inteiras de uma só vez; planejadas. No mais, a cultura chinesa é muito interessante. É milenar. A China é a segunda potência mundial, economicamente falando. É o país que mais cresce no mundo. Os meios se transportes são eficientes. Existem problemas como o da poluição, mas são feitos investimentos, como os das construções de novas cidades com a adoção do conceito de sustentabilidade”, comenta.
 
Lucena se mostra ansioso e esperançoso em construir um diferencial na sua formação profissional ao ir para a China. Na Unoeste recebeu o apoio do assessor de relações interinstitucionais, Dr. Antonio Fluminhan Júnior, que se manifesta entusiasmado com o fato de que pela primeira vez dois estudantes da universidade escolheram um país asiático, quando habitualmente os destinos têm sido Europa e América do Norte. Fluminhan fez doutorado e pós-doutorado no Japão. Em família, Lucena conta que a reação foi boa. O pai relutou um pouco, mas concordou. Achou muito distante e a sua preferência é de que o seu filho fosse para a Europa.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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