Língua portuguesa é o 6º idioma mais popular do planeta

Há divergências no assunto, mas de acordo com a Ethnologue/SIL International – considerada a maior referência mundial sobre línguas – o português é o 6º idioma mais popular do planeta, com 202 milhões de falantes. A sua frente estão: árabe (223 mi), hindi (260 mi), inglês (335 mi), espanhol (406 mi) e chinês (1,19 bilhão). Exposição recente organizada pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua é mais otimista e aponta 254 milhões de pessoas que falam português. Seja como for, fato é que ele cresce a cada dia e, assim, diversos espaços são abertos para profissionais que o concentram em suas atividades.

Flavia Lucia Rubini de Carvalho Lean, 40, egressa de Letras da Unoeste, deu aulas de inglês e de português enquanto esteve em Presidente Prudente (SP) e sempre quis expandir seus horizontes para além das fronteiras tupiniquins… Em 1997, dois anos depois de formada, fez um curso nos EUA. Adorou, embora ainda sentisse que era pouco, então naquele mesmo ano foi à Nova Zelândia, na ocasião para passar dois meses. No entanto, os planos iniciais caíram por terra e está lá até hoje, pois se apaixonou pela profissão e pelo marido, o neozelandês Shane Lean.

Atualmente, passa uma temporada em Prudente, mas oficialmente mora na litorânea Dunedin. E foi lá na Oceania onde Flavia fez mestrado e deu aulas de português por dez anos na Universidade de Otago – saiu no ano passado por razões pessoais e pretende voltar. “Ensinar português para estrangeiros não é fácil, mas eles aprendem! Os neozelandeses são superinteressados no Brasil, o que me deixa muito orgulhosa”, declara a docente, que teve a proeza de fazê-los apresentar duas peças teatrais clássicas totalmente em português: O Mágico de Oz e Cinderela. “Na Unoeste tive toda a base pedagógica e o conhecimento, meus professores me prepararam para o mundo. Essa formação é muito importante, não conseguiria ter chegado onde cheguei sem essa experiência”.
 
Formação ampla – De acordo com a professora Luciane Cachefo Ribeiro, coordenadora do curso de Letras da Unoeste, o egresso desta licenciatura recebe formação vasta, o que permite ter versatilidade e boas perspectivas de mercado, dentro ou fora de salas de aula. “Por refletir sobre linguagem e estudar as línguas portuguesa e inglesa, a atuação torna-se expressiva em todos os campos das ciências humanas, em especial na linguística e na educação. Das peças publicitárias às cartas comerciais, da redação de e-mails à de memorandos, todos os desvios linguísticos irão comprometer a imagem das empresas. Por esse motivo, os processos de seleção buscam mapear a capacidade comunicativa dos candidatos, tanto na produção escrita quanto na oral”.