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Solução para a fome no mundo passa pela pesquisa científica

Já são 1 bilhão de pessoas desnutridas e para suprir demanda alimentar em 2050 será preciso produzir 70% mais


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Foto: João Paulo Barbosa Solução para a fome no mundo passa pela pesquisa científica
Doutores Guelfi, Maia e Habermann durante a abertura do fórum
Foto: João Paulo Barbosa Solução para a fome no mundo passa pela pesquisa científica
Ulisses e Nayana: refeições preparadas na cozinha do curso de Gastronomia
Foto: João Paulo Barbosa Solução para a fome no mundo passa pela pesquisa científica
Participantes do fórum de pós e pesquisa em fisiologia vegetal


Um dos maiores desafios do mundo atualmente é aumentar a produção de alimentos. Da população de 7 bilhões de pessoas, 1 bilhão passa fome. A estimativa sobre o contingente mundial até 2050 supera a 9 bilhões. No mesmo ritmo vertiginoso do crescimento populacional, aumenta a demanda por cereais que são parte essencial da alimentação. A solução para o problema passa pela pesquisa científica que deve apontar como suprir a grande demanda. A Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal (SBFV) assume a bandeira levantada pela Global Plant Council (GPC) e tem no Laboratório de Inteligência em Plantas e Ecofisiologia “Ulrich Lütge” (Lipeul) da Unoeste a parceria para realizar o 1º Fórum Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Fisiologia Vegetal.

Com a participação de pesquisadores do sudeste, sul e nordeste, o evento acontece em Presidente Prudente, no auditório do Hotel Escola Sant´Ana, no campus II da universidade. Aberto na manhã desta quinta-feira (24), o fórum prossegue até 12h da sexta-feira (25), reunindo cientistas e estudantes que em suas atividades de rotina estão empenhados em novas descobertas sobre como as plantas funcionam para propor situações adequadas de uso da biodiversidade vegetal, soluções para problemas sobre as mudanças climáticas globais entre outras questões como as voltadas em conhecer cada vez mais as propriedades alimentícias, tóxicas e medicinais das plantas.

Todavia, o fórum busca adoção de medidas que permitam dar visibilidade e aplicabilidade aos estudos científicos. Prevalece o caráter político, no sentido de se estabelecer condições de amparo e fomento à produção de estudos que respondam as demandas sociais. Num primeiro momento, as ações se voltam à elaboração de cadastro dos programas de pós-graduação stricto sensu em fisiologia vegetal e o quanto essa ciência está inserida em outros programas que não sejam específicos, como são os casos da agronomia e da biologia. Depois, buscar saber qual a produção científica, se estão atreladas a resultados práticos e quais as possíveis novas necessidades.

Conhecer o que é feito e o que pode ser feito, será o ponto de apoio para reivindicar das agências de fomento à pesquisa que deem maior atenção aos estudos científicos em fisiologia vegetal, dentro de uma ordem de prioridades. Nesse sentido, ainda neste ano poderá ocorrer um encontro de diretores da SBFV com os dirigentes dos órgãos oficiais, que são a Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), respectivamente instituições do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Todavia, por 2014 ser um ano eleitoral, é possível que o encontro fique para 2015. É algo que está sendo avaliado.

O presidente da SBFV e diretor do GPC, que tem sede em Londres e ramificações pelo mundo, doutor Gustavo Habermann – pesquisador vinculado à Unesp em Rio Claro – expos em palestra a conjuntura mundial que depende da fisiologia vegetal para vencer vários desafios dentro do desafio maior de combate a fome, como os de solucionar problemas que comprometem em 80% das áreas de cultivo, sendo a metade por causa de solos ácidos e a outra por solos degradados. Adversidades não faltam e são elas que estimulam a mobilização como ocorre no Brasil em prol de uma produção científica em fisiologia vegetal que possa ter aplicação prática.

Ao fazer a abertura do fórum, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, Dr. Adilson Eduardo Guelfi enalteceu a iniciativa e deu as boas vindas em nome da universidade. Na condição de anfitrião, o coordenador do Lipeul Dr. Gustavo Maia Souza fez considerações gerais e agradeceu a todos os envolvidos na organização e realização do evento, assim como ao amplo apoio da Reitoria, com a oferta de hospedagem e alimentação envolvendo o curso de Gastronomia, que no almoço desta quinta-feira serviu filé grelhado, tagine de frango marroquino, legumes no vapor e mix de folhas, preparados pelo coordenador Ulisses Dias e pela nutricionista Nayana Vasconcelos, com a logística do assistente de coordenação Vagner Almeida.

A dinâmica desenvolvida em grupos de trabalhos envolveu, além de Habermann, como pesquisadores visitantes Carmem Sílvia Boaro, da Unesp em Botucatu; Laurício Endres e José Vieira Silva, da Universidade Federal de Alagoas, Maceió; João Paulo Rodrigues Alves Barbosa, da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais; Mauro Guida dos Santos, da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife; e Neusa Steiner, da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. Pela empresa de equipamentos para laboratórios de fisiologia compareceram o diretor técnico engenheiro Marton Spitz e Henrique Tozzi. Além de Maia, pela Unoeste estiveram presentes os pesquisadores em agronomia Edemar Moro e Adriana Lima Moro.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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