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Comepp destacou-se por participação de renomados médicos

22ª edição do Congresso Médico, organizado pela Faculdade de Medicina, teve mais de 400 participantes


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Foto: Matheus Teixeira Comepp destacou-se por participação de renomados médicos
Dr. Cassio Amaral é referência em operação de deformidades craniofaciais
Foto: Matheus Teixeira Comepp destacou-se por participação de renomados médicos
Formado há 38 anos, Dr. José Luiz Gomes do Amaral é professor na Unifesp
Foto: Matheus Teixeira Comepp destacou-se por participação de renomados médicos
Dr. Jalma Jurado: cirurgião com maior número de cirurgias de mudança de sexo na América Latina


Em atividades que se estenderam por vários períodos do dia no campus I da Unoeste, o Congresso Médico Estudantil de Presidente Prudente (Comepp) de 2014 recebeu renomados palestrantes. O evento ocorreu de quinta-feira (21) a sábado (23), em realização da Faculdade de Medicina, por meio do diretório acadêmico, e que resultou na presença de 418 alunos. Nesta 22ª edição, o tema apresentado em palestras, minicursos, mesa-redonda e caso clínico foi “Medicina para um Novo Tempo”, e ainda houve exposição de trabalhos científicos acadêmicos.

Doutor em clínica cirúrgica e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência para Reabilitação Craniofacial (Sobrapar) e da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial, o médico Cassio Eduardo Raposo do Amaral abordou as deformidades craniofaciais em crianças. Ele aponta que podem ser congênitas – ou seja, de nascença – ou adquiridas após acidente ou trauma, sendo que além de rosto, muitas síndromes e doenças acometem, por exemplo, mãos, pés, coração e ausência de algum órgão.

Segundo Amaral, a maior parte dos casos atendidos no hospital onde trabalha, o Sobrapar de Campinas (SP), é congênita, acompanhada pelo cirurgião plástico e profissionais como ortodontista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, otorrinolaringologista, neurocirurgião, neurologista e pediatra. “Crianças que nascem com algum tipo de deformidade passam por um tratamento longo, pois envolve múltiplas questões; já quando sofre um acidente ou trauma, cada caso é específico”, declara. Os pacientes têm apresentado resultados satisfatórios, “mas cada síndrome tem sua complexidade e os casos mais complexos demandam uma discussão maior e que eventualmente podem gerar outros problemas”.

O cirurgião plástico Dr. Jalma Jurado, de Jundiaí (SP), falou sobre um assunto muito polêmico: a readequação da anatomia genital, a popular cirurgia de mudança de sexo. Ele é o médico na América Latina com maior número de procedimentos desse tipo já feitos, aproximadamente 1,2 mil, em homens e mulheres. “A humanidade é diversa, respeitemos os desiguais! Não podemos ter preconceito, porque só cria obstáculos”, decreta Jurado, que menciona que em clínicas particulares leva-se dois anos desde a procura até a intervenção (ao custo estimado de R$ 30 mil), e de cinco a dez anos na saúde pública.

Para se submeter à operação é preciso provar em laudos, conforme o cirurgião, que o cérebro é igual ao do sexo pretendido e que no sangue circulam hormônios também deste sexo, além de vestir-se com roupas do gênero oposto há pelo menos três anos. Após os trâmites legais, no hospital o procedimento cirúrgico é realizado em três horas e meia e “é muito necessário que a pessoa seja amparada em todas as etapas que vai passar posteriormente, como adaptação social e econômica, mudança do registro civil e até como se proceder na relação sexual”, expressa Dr. Jurado.

Como é o mercado de trabalho para o recém-formado? Quem respondeu aos universitários foi o médico José Luiz Gomes do Amaral, professor da Unifesp e doutor em cirurgia vascular, cardíaca, torácica e anestesiologia. Entre os pontos que tratou, diz que o médico tem que estar preparado para trabalhar em vários locais, seja onde se formou, na cidade natal ou em qualquer outro lugar, pois precisa viver para o mundo globalizado, uma vez que estima que o Brasil ficará pequeno para o médico e “daqui a 20 anos ele terá a América do Sul como o mercado profissional preferencial”.

E para quem pensa em cursar Medicina, Gomes fala que o principal, para ter certeza da escolha, é analisar se a pessoa tem desejo de ajudar o próximo e saber que deverá estudar sempre, uma vez que a profissão se resume na aplicação clínica do conhecimento científico, que se renova com muita rapidez. “Você precisa ter cautela em abraçar novas ideias, questioná-las e colocá-las à prova o tempo todo, faz parte do modus vivendi [modo de viver] do médico! As doenças prevalentes há 15 anos não são as mesmas de hoje”, declara o docente, formado há 38 anos.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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