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Contaminação por cádmio recebe influência do pH da água

Estudo constata que o pH 5 é o que apresenta maior maximização, evidenciada por alterações histomorfológicas


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Foto: João Paulo Barbosa Contaminação por cádmio recebe influência do pH da água
Daniel José Pimentel Bonfim durante as arguições pela banca
Foto: João Paulo Barbosa Contaminação por cádmio recebe influência do pH da água
Banca avaliadora: doutores Gisele, Neto e Maria Raquel
Foto: João Paulo Barbosa Contaminação por cádmio recebe influência do pH da água
Daniel Bonfim com os doutores Neto, Gisele e Maria Raquel
 

O cádmio está entre os metais perigosos à saúde humana e animal. Sua toxidade é causadora de doenças, especialmente como as que comprometem os funcionamentos do fígado e dos rins. Como não é biodegradável, apresenta bioacumulação, o que significa que a substância tóxica se acumula no organismo, aumentando gradativamente os riscos de danos. Em contato com a água, o cádmio pode maximizar a contaminação. O que ocorre de acordo com o potencial Hidrogeniônico (pH). Em estudo científico desenvolvido na Unoeste foi constatado que o pH 5 apresenta maior potencialização para causar infecções, fato evidenciado por alterações histomorfológicas renal e hepática, constatadas por parâmetros bioquímicos.

A pesquisa foi desenvolvida pelo enfermeiro Daniel José Pimentel Bonfim no Programa de Mestrado em Ciência Animal, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. A orientação foi do Dr. Hermann Bremer Neto, com a coorientação da Dra. Gisele Alborghetti Nai. A dissertação “Influência do pH da água na hepato e nefrotoxicidade na intoxicação crônica por cádmio em ratos Wistar” foi levada à defesa pública na manhã desta sexta-feira (21), sendo aprovada pela banca que se completou com a Dra. Maria Raquel Marçal Natali, pesquisadora convidada  junto à Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Conforme o orientador, muitos são os produtos tóxicos que pessoas e animais estão expostos. Porém, regra geral, os problemas de contaminação se agravam em casos de função ocupacional; para aqueles que trabalham com produtos que utilizam substâncias tóxicas, como é o caso do cádmio. Porém, diante da consciência de estarem expostos aos ricos, os trabalhadores utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPI), minimizando os efeitos. Mas em contato com o meio ambiente, contaminado pelo cádmio, as pessoas, em geral, não se protegem. Para elas restariam produtos que podem atenuar os efeitos tóxicos.

Hermann fala em substâncias antioxidantes; em alimentos funcionais para mitigar os problemas causados pelo metal que é utilizado em vários produtos, como no caso da pilha que depois de usada vai parar na natureza, ao menos em boa parte, contaminando água, terra e plantas. “Através da nossa alimentação, portanto por exposição oral, é que temos o aumento da incidência de doenças”, afirma o orientador para explicar que o estudo atual sugere uma segunda etapa, voltada à ingestão de cádmio pelo consumo humano e o que fazer para minorar os efeitos maléficos à saúde.

No experimento conduzido por Bonfim foram utilizados 90 ratos distribuídos em seus grupos, sendo que em cada um houve a ingestão de solução de cloreto de cádmio na água de beber com variações de pH ácido, neutro e básico. Eutanasiados após seis meses, considerando do início do experimento, foram realizadas provas de função hepática e real e histologia real e hepática, com a constatação de que esse metal pesado na dieta hídrica com pH ácido aumenta o efeito hepato e nefrotóxico, sendo que o pH5 se mostrou com maior poder de maximizar a contaminação.

Bonfim foi elogiado pela pesquisa desenvolvida com o objetivo de avaliar o efeito do pH da água de beber na hepato e nefrotoxicidade provocadas pela intoxicação crônicas por cádmio. A Dra. Maria Raquel, ao final de suas arguições, disse ter gostado da proposta do estudo e sugeriu a publicação de artigo em revista científica. Aprovado, o autor da pesquisa agora se empenha em realizar alguns ajustes sugeridos na redação final da dissertação e aguarda o trâmite legal para receber o título de Mestre em Ciência Animal, a ser outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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