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Intercâmbio na Europa direciona estudo de futuro veterinário

Aulas teóricas e práticas na Universidade de Murcia deram foco à neurologia aplicada à reabilitação


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Foto: João Paulo Barbosa Intercâmbio na Europa direciona estudo de futuro veterinário
Matheus Rocha Ribeiro retoma os estudos na Unoeste
Foto: Cedida Intercâmbio na Europa direciona estudo de futuro veterinário
Ribeiro com a equipe onde fez estágio na Espanha
Foto: Cedida Intercâmbio na Europa direciona estudo de futuro veterinário
Ribeiro visitou a Universidade de Liverpool


Cada estudante que retorna de intercâmbio se mostra com uma visão ampliada de mundo, mais experiente e com novos sonhos. Matheus Rocha Ribeiro, da Medicina Veterinária na Unoeste, volta da Espanha nas mesmas condições. Porém, com o adicional de ter encontrado foco para seu futuro profissional. No 6º termo do curso, passou a direcionar seus estudos à neurologia aplicada à reabilitação. Direcionamento resultante das aulas teóricas e práticas na Universidade de Murcia e do estágio numa clínica de pequenos animais, onde teve a oportunidade de conhecer tecnologia de ponta e trabalhar com ressonância magnética.

Nos dois últimos meses dos 12 que passou na universidade pública de Murcia, conciliou o período das avaliações com o estágio que conseguiu por iniciativa própria. Procurou o dono da clínica JC 1 Veterinários, Antonio Sanchez, solicitou e ganhou a oportunidade de trabalhar com ressonância, acompanhar cirurgias da parte neurológica e também atuar no atendimento aos clientes. “Uma clínica top, sendo a única com equipamentos de ponta em toda província (estado) de Murcia. Fica perto de onde morei, no centro da cidade, a 20 minutos da universidade. Os atendimentos a pequenos animais, durante o período em que lá estive, compreenderam cães, gatos e coelhos”, contou.

Durante o intercâmbio iniciado no meio do ano passado e concluído no meio de 2014, Ribeiro cursou disciplinas do quarto de cinco anos, o que possibilitou eliminar algumas no curso que faz na Unoeste, também em período integral. “Lá a carga teórica não é de presença obrigatória em sala de aula, mas a prática não se pode perder uma sequer”, disse o estudante intercambista que participou de vários seminários, por conta das atividades práticas. Também esteve no Aviornis, um congresso internacional de aves silvestres. Ainda teve tempo para viajar à Itália, Portugal, Irlanda, Alemanha, Inglaterra, França, Irlanda do Norte, País de Gales, Áustria, República Checa, Holanda e Bélgica.

Com passagens de trem e avião a preços módicos, em dias com tempo disponível foi possível viajar. Para ir e voltar de Londres, o custo ficou em 50 euros, o equivalente a R$ 150. Para Ribeiro, a viagem de maior impacto foi a Cidade do Vaticano, onde teve a oportunidade de assistir a missa do Dia das Mães na Capela Sistina, celebrada pelo Papa Francisco e com duração de três horas. Para entrar, era preciso convite. Ao pedir informações à organização sobre o que fazer para assistir, por acaso que o atendeu foi um brasileiro, que então lhe deu o convite. Teve a oportunidade de ficar a apenas três metros do pontífice; um motivo para sentir emoção.

Aproveitou as viagens para conhecer algumas universidades, como a de Liverpool, na Inglaterra, além das espanholas de Barcelona, Valência, Salamanca e Sevilha. Outra experiência interessante foi passar o Natal e o Ano Novo em Portugal, onde pela primeira vez em seus 23 anos pôde ver o espetáculo que a neve proporciona.  Esteve em todos os estádios de futebol possíveis e assistiu a final da segunda divisão, na qual Córdoba venceu o Real Murcia. Durante a Copa do Mundo, acompanhou jogos do Brasil num bar para estrangeiros. “Os espanhóis são contra o Brasil que historicamente joga o melhor futebol do mundo. Para nós brasileiros foi difícil engolir os 7x1 dos alemães, embora eles não darem a mesma importância que damos ao futebol no Brasil”, pontuou.

Durante sua estadia na Espanha, o que mais impactou foram os horários das refeições: almoço por volta das 15h e jantar às 23h. “O horário de se alimentar foi a minha mais difícil adaptação”, comentou. É que o comércio e prestadores de serviços abrem suas portas entre 9h e 10h, fecham às 14h para a siesta (comer e dormir), reabrem às 17h ou às 17h30 e trabalham até 21h. Com a língua espanhola não teve dificuldades e pôde praticar bastante o inglês, por conta de ser prática comum dos estudantes de lá e de grande parte dos estrangeiros. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é produzido nas duas línguas, mas na defesa pública é utilizado o inglês.

Na universidade teve a oportunidade de conviver com chineses, turcos, holandeses, alemães, italianos e franceses. Na república morou com o brasileiro Tainã Souza, que estuda medicina veterinária em Porto Alegre, com uma italiana do mesmo curso e duas francesas, alunas de direito e de letras. Durante a estadia em Murcia recebeu por três meses sua esposa Josiane, a filha com menos de dois anos e a irmã Melaini; e o estudante do primeiro ano na veterinária da Unoeste, Maurílio Fratini, que ficou quatro meses e puderam viajar juntos. O skype permitiu frequente contato com a família no Brasil, incluindo pai e mãe. Com os amigos, foi pelas redes sociais.

Para Ribeiro, o programa federal Ciência sem Fronteiras – pelo qual fez o intercâmbio – foi a melhor coisa que inventaram, por dar oportunidade para alguém que não teria condições de conhecer outras culturas, outros idiomas e o que existe em tecnologia de ponta “que deve demorar algum tempo para chegar ao Brasil”. Entre os professores que o impactou esteve o argentino Jose Mario Juan Zilberschtein Juffe que leciona nas universidades de Murcia e da Califórnia. Conviveu com a professora Cristina Coelho e equipe, que trabalham com reabilitação e cirurgia animal. “Convivi com pessoas de uma universidade que clonou o primeiro porco da Espanha. O clone recebeu o nome de Kaká, em referência ao jogador brasileiro que na época estava no Real Madrid”.

De volta à Unoeste, instituição à qual agradece pelo apoio na pessoa do assessor de relações interinstitucionais Antonio Fluminhan Júnior, Ribeiro mantém entendimentos com a pesquisadora Renata Navarro Cassu, doutora em medicina, para desenvolver um projeto de reabilitação animal. Contou ainda que no curso da Unoeste está tendo a oportunidade de compartilhar com os colegas as experiências vividas na Espanha e nos outros países para onde viajou. Ao terminar a graduação no meio do ano de 2016, se empenhará em mestrado e em seguida doutorado. Tentará estudar na Alemanha, país referência em medicina veterinária. Pretende mais uma vez receber o aporte financeiro no governo federal.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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