7º Farmoeste debate novos desafios dos farmacêuticos

O coordenador da graduação em Farmácia da Unoeste, Luis do Nascimento Ortega, evidencia que “a proposta de atualizar e discutir realidades sociais e mecanismos de elevação da qualidade de vida da população vem ao encontro dos novos desafios da profissão farmacêutica”. Por isso, a frase “Antigas práticas, novos desafios da profissão farmacêutica” conceitua a 7ª edição do Congresso Farmacêutico da Região de Presidente Prudente (Farmoeste) e a 20ª Jornada Farmacêutica, eventos científicos promovidos pela Unoeste.
 
Apesar de o Brasil concentrar 1/3 das faculdades de Farmácia do planeta, a quantidade não deve sobressair-se em detrimento da qualidade, raciocina o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), Pedro Eduardo Menegasso. O conselheiro participou da abertura do Farmoeste – na noite de ontem (3), no teatro César Cava, campus I da Unoeste – e foi enfático ao declarar que “para preparar alguém para uma profissão não basta só dar aula e apresentar os aspectos técnicos; precisa-se mostrar a realidade do mundo profissional, e a Unoeste tem essa visão!”.
 
O relacionamento da Faculdade de Farmácia da universidade com o Conselho é estreita e “extremamente saudável”, como descreve Menegasso ao tecer elogios para o ensino de qualidade da universidade, algo que atesta que proporciona, aos formados, vantagem na vida profissional. “A instituição tem um quadro muito bom de professores e consegue formar melhor seus alunos, eles saem daqui preparados para o mercado e para realidade lá de fora. A Farmácia da Unoeste é um curso que está sempre à frente das discussões e ‘incorpora’ muito mais justamente por se preocupar em caminhar ao lado do órgão de fiscalização do exercício profissional”.

Muito alinhado ao tema central do Farmoeste, o discurso do farmacêutico Leonardo Vinícius Monteiro de Assis abriu os trabalhos do congresso. Ele é doutorando na Universidade de São Paulo (USP) e fez a graduação na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com parte dos estudos feita na Universidade de Montana (EUA). “O mercado está muito competitivo e exige cada vez mais conhecimento. E esse currículo amplo dificulta o aluno a ter um conhecimento mais especializado”, em referência às Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, em vigor desde 2002 e passíveis de mudanças no próximo ano.
 
Assis continua a crítica às diretrizes nacionais ao pronunciar que “o próprio mercado de trabalho percebe que o profissional tem grande conhecimento em várias áreas, mas em uma área determinada acaba não o possuindo, como era antigamente”. No entanto, cita que é possível reverter essa forma generalista de construir uma carreira se o universitário criar forte rede de contatos, capacitar-se e, ainda na graduação, focar em áreas de interesse. Hoje à noite, o doutorando volta ao César Cava, às 19h, para abrir uma discussão, em parceria com Marcelo Cunha, do CRF-SP, sobre os principais desafios encontrados pelos recém-formados.
 
A abertura do Farmoeste teve a apresentação do coral do curso de Música da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação (Faclepp) da Unoeste. A composição da mesa diretiva do evento teve Ortega, Menegasso e Rosângela Cristóvão Ferreira, responsável pelas atividades de extensão da Farmácia e coordenadora de Ações Extensivas da Saúde da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext). Em quatro dias, de quarta-feira (3) a sábado (6), a programação do Farmoeste é formada por palestrantes de fora e farmacêuticos formados pela universidade, que se apresentarão em palestras, mesa-redonda, cursos e minicursos. O Diretório Acadêmico de Farmácia faz parte da comissão organizadora.