Plasma rico em plaquetas acelera o processo de cicatrização
Comparação feita com feridas induzidas experimentalmente em coelhos, tratadas com diferentes fontes de plasma
Conforme estudos científicos desenvolvidos pela enfermeira Diane de Vasconcelos Barrenuevo, ao longo dos anos o Plasma Rico em Plaquetas (PRP) autólogo tem sido utilizado, com grandes vantagens, na cicatrização de feridas agudas e crônicas. “No entanto, algumas situações inviabilizam o uso dessa fonte, devendo ser consideradas outras alternativas de PRP como homóloga [substância orgânica que realiza a mesma função] ou heteróloga [elementos diferentes ou elementos iguais em proporções diferentes]”, pontuou a autora da pesquisa que resultou na dissertação “Comparação de feridas induzidas experimentalmente em coelhos tratadas com diferentes fontes de plasma rico em plaquetas”.
Os estudos tiveram o objetivo de avaliar o efeito do Plasma Rico em Plaquetas na forma gel autólogo, heterólogo e homólogo sobre a cicatrização de feridas cutâneas in vivo. Foram utilizados 24 coelhos, sendo nove machados e nove fêmeas, divididos em três grupos para o experimento, e três machados e três fêmeas doadores do PRP. Em relação ao grupo heterólogo foi utilizado um cão adulto, sem raça definida, para a obtenção do PRP. As lesões foram feitas com auxílio de um punch de 8 milímetros, sendo que o lado direito foi tratado com NaCi 0,9% e no lado esquerdado aplicado gel e PRP. As lesões foram avaliadas durante 17 dias.
Em seis dias alternados, os animais foram avaliados clinicamente por meio de peso e dor, sendo que no último dia foi feita a biópsia para avaliação histopatológica das feridas. “O percentual de contração foi evidente no lado esquerdo (tratado), o que também foi comprovado nas análises microscópicas dos cortes histológicos. Com isso, concluiu-se que o PRP, independentemente da fonte, melhora e acelera o processo de cicatrização, comprovando seu potencial terapêutico sobre as lesões cutâneas, podendo ser utilizado em pacientes com dificuldades de cicatrização”, diz a enfermeira.
O desenvolvimento da pesquisa recebeu a orientação da Dra. Cecília Braga Laposy e a banca examinadora, na tarde de terça-feira (23), contou com os doutores Rosa Maria Barilli Nogueira e José Carlos Silva Camargo Filho, convidado junto à Faculdade de Ciência e Tecnologia – campus da Unesp em Presidente Prudente (FCT/Unesp). Diane foi aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste