Projeto Farmacêutico na Praça faz cerca de 500 atendimentos

Voltado para promover a valorização profissional, o Projeto Farmacêutico na Praça foi realizado novamente em 31 cidades paulistas nas quais existem diretorias do Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP), durante a manhã de sábado (20). Choveu em Presidente Prudente e, mesmo assim, houve a mobilização de pessoas, como ocorreu nos últimos seis anos, na busca de serviços preventivos na área de saúde.

O modelo adotado no Estado nasceu em Presidente Prudente, no qual as parcerias são com instituições de ensino superior. A seccional local do CRF-SP foi a primeira a buscar os serviços do curso de Farmácia, junto a Unoeste e com o projeto cadastrado na Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext). Estudantes e professores fazem os atendimentos. Há também o envolvimento da Secretaria Municipal de Saúde.

A edição de sábado foi na praça 9 de Julho, no centro da cidade. Duas tendas foram instaladas, próximas ao calçadão da rua Tenente Nicolau Maffei, para facilitar o acesso dos transeuntes. As pessoas puderam fazer teste de glicemia (diabetes) e aferição de pressão arterial, além de receberam orientação sobre o uso racional de medicamentos, numa parceria com a indústria farmacêutica Dorein.

Cada participante recebeu uma caixinha, como se fosse de remédio. Ao abrir, numa cartela de papel podia ler a seguinte mensagem: “Medicamento é coisa séria. Automedicamento é um risco. Antes de usar qualquer medicamento, consulte sempre um farmacêutico. Campanha dos conselhos federal e regionais de farmácia”. A distribuição ocorreu em todas as secionais, por iniciativa do presidente do CRF-SP, Pedro Eduardo Menegasso.

Os serviços em Prudente, prestados das 9h às 12, contaram com as participações dos universitários e seus professores Adriano Falvo e Rosilene Viel Martins, ambos da seccional da qual ela é diretora, sendo que ainda responde pela coordenadoria de ações extensivas de saúde da Proext. Também esteve presente a coordenadora da assistência farmacêutica municipal, Kátia Sobires.

Até quem não tem o hábito da busca de serviços de saúde se valeu do projeto. Foi o caso do fotógrafo aposentado Miguel Alves Siqueira, de 76 anos e que nos últimos 48 anda de bicicleta todos os dias, fazendo longo percurso. Com a saúde em dia, não toma remédios. Passou pelos serviços e estava tudo ok, em relação a pressão arterial e a glicemia. Morador do bairro rural Montalvão, o septuagenário roda diariamente mais de 30 quilômetros (ida e volta) para ir ao Parque de Uso Múltiplo jogar bocha e para outras atividades na cidade.

“Não gasto um real com remédio. Vou pouco ao médico. Há pouco tempo operei das duas vistas e numa a cirurgia não foi bem sucedida. Então, deve ser feita de novo. Tenho preocupação com a saúde, embora fazia tempo que sequer media a pressão. Estava passando, vi o pessoal da Unoeste e resolvi ser atendido. Está tudo bem”, disse Alves e elogiou o projeto Farmacêutico na Praça que está inserido no Mês da Responsabilidade Social, promovido pela Proext em atenção à iniciativa da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).