CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Adubo verde é opção no cultivo de milho em pequenas áreas

Experimento com leguminosas alcança 80 sacas por hectare numa produção econômica e ambientalmente correta


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Adubo verde é opção no cultivo de milho em pequenas áreas
Gisele Dória, durante a fase de arguição pela banca
Foto: João Paulo Barbosa Adubo verde é opção no cultivo de milho em pequenas áreas
Banca examinadora: doutores Santos, Tiritan e Moro
Foto: João Paulo Barbosa Adubo verde é opção no cultivo de milho em pequenas áreas
Gisele com os doutores Tiritan, Santos e Moro

Pensando na agricultura em pequenas propriedades e no emprego de tecnologia simples e sustentável, a engenheira agrônoma Gisele Rabelo Salomão Dória desenvolveu pesquisa científica com o emprego de cinco leguminosas como adubação verde. Uma delas apresentou problema de germinação e as outras quatro mostraram bons resultados, sendo o melhor com a Crotalária juncea que, em sistema de sucessão, na produção de milho (Zea mays) alcançou 80 sacas por hectare. O adubo verde permite a captação de nitrogênio, nutriente responsável pelo crescimento das plantas, que fixado no solo beneficia a lavoura. No experimento em questão, a crotalária possibilitou a fixação de 140 quilos de nitrogênio por hectare.
 
Desenvolvido junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, mantido pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, o objetivo do estudo foi avaliar a produção de milho safra após o cultivo das leguminosas, sendo as demais a Lab-lab (Dolichos lablab), estilosantes Campo Grande (mistura física das espécies Stylosantes capitata e Stylosantes macrocephala), Java (Macrotyloma axillare) e Mucuna-preta (Styzolobium aterrimum). O experimento ocorreu de setembro de 2013 a março de 2014 no campo experimental da universidade. Os resultados se tornaram público na manhã desta quinta-feira (1º), quando da defesa da dissertação produzida pela autora da pesquisa.
 
O estudo se justificou em fatores de viabilidade econômica, social e ambiental; pela relevância do milho no contexto mundial, no qual o Brasil é o terceiro maior produtor do ranking liderado pelos Estados Unidos e que tem a China na segunda posição. Por aumentar a capacidade produtiva do solo, a adubação verde reduz os custos com fertilizantes nitrogenados. Também apresenta o benefício da inibição do desenvolvimento de ervas daninhas, diminuindo custos com pesticidas. Custos menores são essenciais em pequenas propriedades, na medida em que possibilitam culturas rentáveis. No aspecto ambiental, além de evitar produtos químicos, serve como proteção contra a degradação do solo.
 
Entre os materiais e métodos, o plantio do milho foi feito no começo de dezembro de 2013, com espaçamento de 90 centímetros entre linhas e adubação com NPK. As análises foram da altura das plantas, número de plantas por metro linear, altura de inserção da espiga, diâmetro do colmo e da espiga, pelo da espiga e de 100 sementes. O melhor resultado foi verificado com a crotalária, leguminosa com expressiva quantidade de biomassa, responsável pela maior fixação de nitrogênio no solo (104 k/ha) e maior produção (80 sacas/ha).
 
Gisele foi orientada pelo Dr. Carlos Sérgio Tiritan que recebeu na banca examinadora seus colegas Edemar Moro e Diego Henrique dos Santos, da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), em Presidente Prudente. Aprovada para receber o título de mestre em Agronomia, Gisele recebeu recomendações de adequação em alguns apontamentos teóricos e metodológicos da dissertação. Orientador e avaliadores elogiaram a pesquisa, pelo esforço empreendido e os resultados alcançados, dentro do objetivo de mostrar a viabilidade da adubação verde em pequenas propriedades, considerando que no âmbito regional elas são muitas, sendo que somente pela reforma agrária existem mais de 100 assentamentos que abrigam 5,8 mil famílias.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem