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Estudo analisa manejo de solo em pastagem e cultivo de soja

Benefícios da escarificação não são duradouros, mas o químico indica resultados a médio e longo prazo


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo analisa manejo de solo em pastagem e cultivo de soja
Priscila Zanfolin: aprovada mestre em Agronomia
Foto: João Paulo Barbosa Estudo analisa manejo de solo em pastagem e cultivo de soja
Banca avaliadora: doutores Moro, Calonego e Borges
Foto: João Paulo Barbosa Estudo analisa manejo de solo em pastagem e cultivo de soja
Priscila com os doutores Calonego, Moro e Borges

Num estudo científico comprometido com a necessidade de aumento da produção de alimentos no Brasil e no mundo, em decorrência da expansão populacional, a engenheira agrônoma Priscila Roberta Leme Zanfolin desenvolveu experimento de manejo químico e físico do solo em área de pastagem para o cultivo de soja em diferentes sistemas de produção. A pesquisa considerou produtividade e baixo impacto ambiental, ao analisar o efeito do preparo mínimo do solo, utilizando escarificador, e o uso de adubos e corretivos, em solo de baixa fertilidade e com estrutura degradada, na cultura da braquiária antecedendo o cultivo de soja.

A finalidade é melhorar o ambiente de produção de soja e de forragem, utilizando os sistemas de semeadura direta e de integração lavoura-pecuária. O experimento foi conduzido em área de pastagem extensiva na Fazenda Experimental da Unoeste, localizada no município de Presidente Bernardes, em área de argissolo vermelho distroférrico. Os tratamentos experimentais foram constituídos por talhões submetidos ou não ao manejo mecânico com escarificador tipo matabroto, sendo que cada talhão recebeu aplicações químicas.

Os cinco tratamentos foram: 1- sem adubação e sem calagem (testemunha), 2- com aplicação de calcário, 3- com aplicação de calcário+gesso, 4- com aplicação de calcário+gesso+NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), 5- com aplicação de calcário+gesso+NPK+nutrientes. Tanto o manejo com escarificador quanto os tratamentos químicos foram realizados 30 dias antes da dessecação da pastagem (45 dias antes da semeadura da soja) em 2013, repetidos em 2014. O delineamento experimental ocorreu em faixas, com esquema fatorial 2x5 e quatro repetições.

Conforme a autora do estudo, para avaliação do efeito dos tratamentos houve a determinação do aporte de palha pela braquiária e foram coletadas amostras de solo nas seguintes camadas em centímetros: 0-10, 10-20, 20-40 e 40-60; analisadas fisicamente quanto à densidade, porosidade, curva de retenção de água e estabilidade de agregados. Amostras de raízes de solo foram coletadas nas camadas 0-10 e 10-20, com a produtividade determinada nas safras 2013/14 e 2014/15, sendo que nesta última ocorreu a avaliação da umidade do solo no perfil.

“A escarificação com equipamento tipo ‘matabroto’ reduz a compactação do solo, com efeitos positivos em profundidade entre 20 a 40 cm no perfil. Porém, os efeitos desse manejo são pouco duradouros, promovem a desestruturação do solo e a redução dos teores de carbono e nitrogênio protegidos em microagregados. Além disso, a escarificação não promove alterações na produtividade de soja”, pontuou a engenheira agrônoma ao apresentar as conclusões de sua dissertação levada à defesa pública na tarde desta quarta-feira (16).

“O uso de fertilizantes e corretivos na forrageira, antes da dessecação para o cultivo de soja, tem potencial para melhorar as condições físicas do solo por meio da redução da resistência à penetração e aumento do grau de floculação da argila. Além disso, possibilita o aumento dos teores de calcário em macroagregados e mesoagregados e a produtividade de grãos e forragem”, disse ainda a autora do estudo orientado pelo Dr. Juliano Carlos Calonego e avaliada pelos doutores Edemar Moro e Wander Luís Barbosa Borges.

Na condição de membro externo, Borges foi convidado junto ao Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais de Votuporanga, vinculado ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e instalado na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). Ao concluir seu estudo no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, Priscila foi aprovada para receber o título de mestre em Agronomia, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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