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Uso diário de probiótico reduz impacto de substância tóxica

Desde que o nível de contaminação seja baixo, conforme experimento com a utilização de dicromato de potássio


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Foto: João Paulo Barbosa Uso diário de probiótico reduz impacto de substância tóxica
Garcia Parra ao fazer a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Uso diário de probiótico reduz impacto de substância tóxica
Banca: doutores Oliva Neto, Souza Reis e Bremer Neto
Foto: João Paulo Barbosa Uso diário de probiótico reduz impacto de substância tóxica
Parra com Souza Reis, Oliva Neto e Bremer Neto

 
Muito utilizado em processos industriais, como ocorrem em curtumes e fábricas de metais, o dicromato de potássio é um produto químico altamente tóxico para os seres humanos. Pesquisadores se empenham em soluções que possam evitar ou pelo menos amenizar problemas de saúde para trabalhadores do setor. O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Fisiopatologia e Saúde Animal da Unoeste tem dedicado especial atenção à questão e na tarde desta quarta-feira (11) torna público o resultado de estudo no qual avalia efeito do uso de probiótico, que são suplementos alimentares a base de micro-organismos vivos, para minimizar ou combater os efeitos de tal substância tóxica.

O fisioterapeuta Matheus Campos Garcia Parra, que trabalha com animais, desenvolveu pesquisa que resultou na dissertação “Efeito do Probiótico na Filtração Glomerular e nos Aspectos Histopalógicos de Rins de Ratos Wistar Intoxicados por Dicromato de Potássio”, levada à defesa pública com a orientação do Dr. Luís Souza Lima de Souza Reis e avaliação pelos doutores Hermann Bremer Neto e Pedro de Oliva Neto, na condição de convidado junto à Unesp de Assis. Na parte do experimento, a orientação foi do Dr. Paulo Eduardo Pardo. O estudo levou em consideração que o probiótico apresenta vários benefícios à saúde e buscou avaliar seu efeito na função renal de ratos de laboratório intoxicados.

Foram utilizados 80 ratos machados, com idades variáveis de 21 a 15 dias e divididos aleatoriamente em dois tratamentos, tratados durante 90 dias com dietas diferentes. Constatou-se que a suplementação com probiótico foi benéfica para a filtração glomerular nos ratos intoxicados com baixa dose de dicromato de potássio (12 mg por quilo de ração), em comparação ao dobro (24 mg) e ao triplo (36 mg).  Eutanasiados por exsanguinação, amostras de sangue foram colhidas para realização de dosagem sérica de creatina e ureia, culminando com análise histopatológica dos rins.

Como o modelo experimental utilizado é voltado para humanos, presume-se que trabalhadores podem beneficiar sua saúde com o uso diário de probiótico, desde que apresentem baixa contaminação. O que sugere uso permanente, em trabalho, de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e sejam tomadas todas as medidas possíveis para amenizar os impactos causados pelo produto.  É possível que estudos como o desenvolvido na Unoeste venham até interferir na legislação trabalhista, obrigando o empregador a fornecer probiótico aos trabalhadores, a exemplo da norma que determina a oferta de 1 litro de leite ao trabalhador que exerce atividade insalubre, como é o caso dos gráficos.

Conforme Souza Reis, o estudo realizado por Parra será inscritos no Enepe 2015 – Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão – e um artigo já foi enviado à revista científica Pesquisa Veterinária Brasileira, no aguardo de aparecer para possível publicação. Com seu trabalho aprovado pela banca examinadora, durante a defesa pública, Parra passa a ostentar o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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