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Exposição a herbicida pode causar problema de infertilidade

Utilização de agrotóxicos, de forma excessiva e inadequada, causa problemas ambientais e aos seres humanos


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Foto: João Paulo Barbosa Exposição a herbicida pode causar problema de infertilidade
Tamiris Garbiatti de Oliveira: autora do estudo científico
Foto: João Paulo Barbosa Exposição a herbicida pode causar problema de infertilidade
Banca examinadora: doutores Rebeca, Patrícia e Casé
Foto: João Paulo Barbosa Exposição a herbicida pode causar problema de infertilidade
Tamires com os doutores Patrícia, Ana Paula, Casé e Rebeca


O aumento da população mundial gera consequências. Maior consumo alimentar é uma delas. Isso exige maior produção agroindustrial. A geração de alimentos acarreta em uso de agrotóxico, cada vez mais, sendo o Brasil grande consumidor de herbicidas. São Paulo está inserido nessa questão, sendo que no oeste paulista – região de Presidente Prudente – a cultura da cana-de-açúcar é bastante significante. Entre os herbicidas mais utilizados estão o Atrazina e 2,4-D, inseridos em produtos nocivos ao meio ambiente e à saúde animal e humana. Um dos problemas é a infertilidade.

Graduada em química, Tamiris Garbiatti de Oliveira desenvolveu estudo científico para analisar os efeitos que os dois herbicidas podem causar aos homens, em relação à quantidade e qualidade espermática. “A utilização desenfreada de herbicidas, além de contribuir com o agravamento da poluição ambiental, está influenciando, de forma negativa, na saúde dos seres vivos. Vários estudos mostram a interferência desses produtos químicos no sistema reprodutor de animais e até mesmo do homem, podendo acarretar em problema de infertilidade”, disse.

A pesquisa avaliou parâmetros de qualidade espermática humana. A avaliação química do núcleo do espermatozoide, por meio de Espectroscopia de Espalhamento Raman, ocorreu com a exposição in vitro a diferentes concentrações de ácido 2,4-diclorefenoacético e atrazina. Foram selecionadas amostras de espermatozoides de acordo com os parâmetros convencionais de testes, exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para avaliar a qualidade espermática: liquefação, viscosidade, aparência, volume, potencial hidrogeniônico, concentração de espermatozoides, vitalidade, morfologia e motilidade.
 
As amostras de sêmen foram coletadas de dez doadores saudáveis, com idades variáveis de 18 a 45. Elas foram expostas aos herbicidas, variando o tempo e a concentração. Após o que, motilidade e vitalidade foram novamente avaliadas. Os experimentos ocorrem em laboratórios da Unoeste e do campus da Unesp em Presidente Prudente. Houve diminuição da vitalidade e da motilidade progressiva e total, mostrando que há uma tendência de alteração funcional do espermatozoide humano após expostos aos herbicidas. Alteração que é intensificada pelos fatores tempo de exposição e concentração.

Realizado junto ao mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, ofertado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, o estudo recebeu a orientação das doutoras Patrícia Alexandra Antunes e Ana Paula Alves Favareto (co-orientadora). A dissertação “Estudo In Vitro da Interação entre Herbicidas e Espermatozoide Humano Utilizando a Espectroscopia de Espalhamento de Ram” foi levada à defesa pública na manhã desta segunda-feira (23), com avaliação pelos examinadores doutores Rebeca Delatore Simões e Carlos José Leopoldo Constantino ‘Casé’, convidado junto à Unesp. Tamiris foi aprovada para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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