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Tonômetro é validado para aferir pressão intraocular em gato

Constatação feita com aparelho de fabricação japonesa pode popularizar a medição por conta de custo mais baixo


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Foto: João Paulo Barbosa Tonômetro é validado para aferir pressão intraocular em gato
Cláudia Lizandra Ricci: graduada e pós-graduada pela Unoeste
Foto: João Paulo Barbosa Tonômetro é validado para aferir pressão intraocular em gato
Banca avaliadora: doutores Cecília, Silvia e Andrade
Foto: João Paulo Barbosa Tonômetro é validado para aferir pressão intraocular em gato
Cláudia com os doutores Silvia, Andrade e Cecília


Estudo científico valida uso de tonômetro de fabricação japonesa na aferição de pressão intraocular em gato. Foram analisadas calibração, acurácia (diagnóstico) e validação do uso clínico ambulatorial. A constatação pode popularizar a medição, por conta do preço de aquisição três vezes mais baixo que o aparelho comumente utilizado, produzido nos Estados Unidos. O equipamento americano custa cerca de R$ 20 mil e o japonês R$ 5 mil, conforme a Dra. Silvia Maria Caldeira Franco Andrade, orientadora da autora da pesquisa Cláudia Lizandra Ricci.

Para calibração, que estabelece a relação entre valores indicados pelo aparelho de medição e os valores correspondentes aos padrões utilizados, foi realizado estudo post-mortem em dez olhos sadios de cinco gatos, comparando a manometria ocular com os valores de pressão intraocular aferida com o uso do tonômetro. Para avaliação de acurácia foi realizado estudo in vivo em 20 olhos sadios de dez gatos anestesiados, comparando-se a manometria ocular com a pressão intraocular obtida com o tonômetro.

Para avaliação do uso clínico ambulatorial foi realizado estudo de mensuração da pressão intraocular em 78 olhos sadios de 39 gatos, em sete olhos com sinais clínicos de glaucoma e 20 olhos com sinais clínicos de uveíte. “Houve satisfatória correlação e acurácia entre os valores de pressão intraocular com a manometria e o tonômetro. No estudo ambulatorial, os valores de pressão arterial obtidos com o tonômetro foram compatíveis para animais com olhos sadios e com sinais clínicos de glaucoma e uveíte”, afirma Cláudia.

“Desta maneira, podemos concluir que o tonômetro Kowa HÁ-2 é acurado e prático para a aferição de pressão intraocular em gatos”, diz a médica veterinária que utilizou os dados da pesquisa na produção da dissertação “Uso do Tonômetro de Aplanação Portátil Kowa HÁ-2 na Mensuração da Pressão Intraocular em Gatos”.  Foi o primeiro experimento feito para gato, de acordo com a orientadora que há quatro anos obteve a validação para cães, em seu pós-doutorado na Escola Paulista de Medicina, em São Paulo.

A Dra. Silvia é quem faz atendimentos oftalmológicos de cães e gatos no Hospital Veterinário da Unoeste, na segunda e na quinta-feira à tarde. São recebidos entre 15 e 20 animais por período, oriundos de municípios do Oeste Paulista, noroeste paranaense e sul do Mato Grosso do Sul. A especialista conta que tem diagnosticado mais glaucoma, catarata e olhos secos, doenças cujos sintomas são bem parecidos aos dos humanos para os quais o tonômetro é muito utilizado. Porém, a validação para uso em gato ocorreu agora com a pesquisa desenvolvida na Unoeste.

A dissertação de Cláudia foi levada à defesa pública nesta terça-feira (17) em sessão instalada pelo mestrado em Ciência Animal, mantido pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. A avaliação pelos doutores Cecília Braga Laposy e Alexandre Lima de Andrade, na condição de convidado junto à Unesp em Araçatuba, resultou na aprovação. Graduada e pós-graduada na Unoeste, a médica veterinária Cláudia Lizandra Ricci está apta para receber o título de mestre em Ciência Animal.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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