Pesquisador lamenta falta de política ambiental consistente
Paulo Saldiva defende a ideia da criação da sociedade protetora do ser humano para cuidar de qualidade de vida e saúde
Atuando numa linha de investigação científica que contempla estudos de algumas doenças humanas, notadamente as respiratórias e cardiovasculares, o médico patologista, professor vinculado à USP em São Paulo e pesquisador brasileiro Paulo Saldiva, ao proferir a conferência de abertura do 3º Simpósio de Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Unoeste, lamentou a falta de política ambiental consistente no país, que vise a preservação da qualidade de vida e a saúde das pessoas. Em sua fala inicial propôs a criação da sociedade protetora do ser humano, numa referência à enorme dimensão dos problemas de saúde causados por questões ambientais.
Numa construção retórica marcada pela lógica de causas e efeitos, o conferencista mostrou como o meio ambiente interfere na qualidade de vida, num país em que 86% da população vive em centros urbanos. O professor da Faculdade de Medicina da USP falou de desafios e oportunidades, estimulando pesquisadores da área ambiental e de saúde a se aprofundarem nos estudos em busca de soluções para problemas como os causados por poluição atmosférica e afins. A abertura do simpósio ocorreu na noite desta quarta-feira (22), no auditório Cerejeiras, no bloco 1 do campus II, onde está instalado o Núcleo de Educação a Distância (Nead) da Unoeste.
Na mesa do cerimonial de abertura estiveram: o conferencista Dr. Paulo Saldiva; o promotor público estadual e membro da comissão de organização do Fórum Nacional do Meio Ambiente, Dr. Marcos Akira; o coordenador do Programa de Mestrado e Meio Ambiente, na condição de representante da comissão organizadora do simpósio, Dr. Gustavo Maia Souza; e a coordenadora de ações extensivas gerais da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), Cidinha Martines, representando a pró-reitora Angelita Ibanhes de Oliveira Lima. O cerimonial foi conduzido pelo assessor de relações interinstitucionais da Unoeste, Dr. Antonio Fluminhan Júnior.
Akira aproveitou sua fala no simpósio para divulgar o 2º Fórum Nacional do Meio Ambiente, que abriga o 8º Fórum de Direito Ambiental do Pontal do Paranapanema, que serão realizados dias 28 e 29 de agosto deste ano em Presidente Prudente, no Centro Cultural Matarazzo. Na condição de ter exercido a função de promotor público do meio ambiente por cinco anos, Akira enalteceu a Unoeste pela criação do mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional e disse que o pesquisador formado por esse programa poderá contribuir enormemente com o “calcanhar de Aquiles” das questões regionais que são as perícias.
Para esta quinta-feira (23) estão programadas duas mesas redondas no auditório Cerejeiras. Durante a manhã o debate sobre serviços ambientais e recursos hídricos envolve Vera Maria Costa Nascimento, da Agência Nacional das Águas (Ana); e o pesquisador sobre o lixo urbano Maurício Waldman, com a mediação da Dra. Alba Regina Azevedo Arana. Na mesa da tarde, instalada às 14h, foram convidados para o debate o prefeito de Narandiba, Enio Magro e o pesquisador da Unesp em Rio Claro, Thiago Salomão Azevedo, com a mediação da Dra. Edilene Takenaka.
Para a sexta-feira (24), de manhã e à tarde, com atividades no mesmo auditório, estão programadas apresentações orais dos projetos desenvolvidos por alunos do mestrado. A exposição de painéis ocorre na Torre de Cristal, ao lado do bloco B1, quinta e sexta-feira em dois eixos: 1- avaliação e análise de impacto ambiental; e 2- planejamento ambiental e desenvolvimento regional. O simpósio é organizado pelo programa de mestrado, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, com a realização do Núcleo de Estudos Ambientais e Geoprocessamento (Neageo) da Unoeste e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) – regional de Presidente Prudente, coordenado por Maria Aparecida Rodrigues.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste