Prebióticos podem ser utilizados em benefício da saúde óssea

Atualizada em 13/04/2015

Como parte do grupo de alimentos funcionais, os prebióticos resultam em vários benefícios à saúde humana. Um deles é o fortalecimento da estrutura óssea, o que pode prevenir doenças como a osteoporose. Junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Fisiopatologia e Saúde Animal, no curso de mestrado, o médico e professor da Unoeste Leandro Kefalás Barbosa desenvolveu estudos, utilizando ratos wistar como modelo experimental, cujos resultados sugerem prebióticos para humanos como componente alimentar intensificador da saúde óssea, por aumentar a absorção de cálcio.  Fato considerado como de grande importância diante do aumento de expectativa de vida, uma vez que idosos estão mais susceptíveis aos problemas de enfermidades nos ossos.

Em decorrência da pesquisa e da exigência do mestrado, Barbosa produziu dissertação relacionada ao efeito de mananoligossacarídeos sobre parâmetros densiométricos e biomecânicos de ratos em crescimento. Foram utilizados 144 animais com 23 dias de idade, todos machos pesando cerca de 37 gramas. Dividido em quatro grupos de 36, um serviu como controle e os outros receberam três diferentes prebióticos. O período experimental foi de 56 dias. A análise densiométrica e o ensaio biomecânico do conteúdo mineral ósseo foram realizados em quatro momentos, a cada 14 dias após o início do experimento, cada vez com nove animais.

Após cada momento do experimento, no Biotério Central da Unoeste – respectivamente de 14, 28, 42 e 56 dias – os nove animais selecionados de cada grupo foram anestesiados e eutanasiados, com as retiradas dos fêmures direitos para análise em laboratório da Unesp em Araçatuba, utilizando densitômetro de dupla emissão de raios X com software para pequenos animais. Em cada momento da coleta, foram ajustadas regressões lineares simples, em situação de pares de dados, para obter resultados dos parâmetros do Conteúdo Mineral Ósseo (CMO) e Densidade Mineral Óssea (DMO), área, energia, força e máxima rigidez.

Conforme o autor da pesquisa, as regressões ajustadas dos tratamentos foram comparadas duas a duas pelos interceptos e inclinação das retas, revelando diferenças significativas entre os tratamentos nos parâmetros área e energia absorvida até a força máxima. Houve maior inclinação das retas nos grupos suplementados com o conteúdo mineral ósseo em relação ao grupo controle, alimentado apenas com ração e água. A ingestão do alimento funcional resultou em maior mineralização óssea, aumentando a resistência à fratura do fêmur em todas as propriedades biomecânicas e densiométricas estudadas.

Os resultados encontrados, com o estudo que utilizou ratos (cuja estrutura óssea é semelhante a de humanos) como modelo experimental, sugerem que prebióticos podem ser utilizados como componente alimentar intensificador da saúde óssea das pessoas, especialmente neste tempos de aumento da expectativa de vida. Orientado pelo Dr. Hermann Bremer Neto, na banca examinadora instalada nesta quinta-feira (9), Barbosa teve sua dissertação avaliada pelos doutores Rogério Giuffrida e Mário Jefferson Quirino Louzada, convidado junto à Unesp em Araçatuba (SP), com a aprovação para que receba da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste o título de mestre em Fisiopatologia e Saúde Animal.