CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Exposição Grito da Abolição retrata arte e cultura africanas

Primeira associação afro-brasileira de Prudente apresenta seu trabalho e sua proposta para universitários


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Exposição Grito da Abolição retrata arte e cultura africanas
Taís Teles (à esquerda) elogia a exposição no ambiente universitário
Foto: João Paulo Barbosa Exposição Grito da Abolição retrata arte e cultura africanas
Exposição Grito da Abolição, no saguão do bloco B-3, no campus II
Foto: João Paulo Barbosa Exposição Grito da Abolição retrata arte e cultura africanas
Ivonete, Graziella, crianças e adolescentes do Mocambo


Em comemoração aos 127 anos da lei de abolição da escravidão no Brasil, a primeira associação afro-brasileira de Presidente Prudente realiza a Exposição Grito da Abolição. A ONG Mocambo APNs Nzinga Afrobrasil – Arte, Educação e Cultura apresenta o seu trabalho artístico e cultural, através do acervo de máscaras e bonecas étnicas inspiradas em originais africanas. Também faz uma retrospectiva de seus seis anos de existência, por meio de fotos das várias atividades desenvolvidas.
 
A exposição foi instalada no dia 13 (quarta-feira), data de assinatura da Lei Áurea em 1888, e permanecerá até o dia 22 deste mês no saguão do bloco B3 do campus II da Unoeste, no piso 1. A proposta é proporcionar à comunidade acadêmica, formada por estudantes e professores, condições de pensar a construção positiva da identidade afro; contribuindo na formação de um profissional consciente dessas questões. A mostra decorre de parceria com a Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext).
 
O mocambo, nome de um tipo de habitação miserável, trabalha com crianças e adolescentes na confecção de peças afro-brasileiras utilizando papel machê (cuja base é papel picado) e aplicando diferentes técnicas de pintura. A produção artística está inserida no pensar a cultura afro-brasileira num contexto de escravização continuada que reflete nas relações sociais, conforme a idealizadora da organização não-governamental, a professora coordenadora Ivonete Aparecida Alves.
 
“Isso dificulta a sobrevivência de negros, impedindo que exista de fato democracia no mercado de trabalho, na escola e nas oportunidades de renda”, afirma Ivonete, que trabalha com educação popular e cultura afro-brasileira. Sediado em Presidente Prudente, na região do Jardim Cambuci, na zona leste da cidade, o Mocambo está inserido no Território da Cidadania Pontal do Paranapanema. Sua aproximação com a Unoeste não se restringe às atividades de extensão.
 
A coordenadora de ações extensivas culturais, esportivas e sociais da Proext, Graziella Plaça Orosco de Souza, conta que as questões afro-brasileiras são estudadas por pesquisadores que passam a acompanhar o Mocambo, por intermédio da pós-graduação stricto sensu, com o envolvimento da coordenadora Dra. Camélia Santina Murgo Mansão e da professora doutora Érika Porceli Alaniz, do Programa de Mestrado em Educação, mantido junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.
 
A geógrafa Taís Evandra de Carvalho Teles dos Santos, que compõe o Coletivo Mãos Negras, criado na Unesp em Prudente para levantar assuntos sobre a valorização do negro e sua cultura, prestigiou a abertura da Exposição Grito da Abolição. Ela disse ser importante expor a arte e cultura afro-brasileira no ambiente universitário, para negar a falsa abolição das questões políticas, sociais, econômicas e culturais. “Ter esse visual é uma forma de dizer que estamos presentes”, comentou.
 
As irmãs Ellen Thatiana Monteiro Campos, de 14 anos, e Thainara Monteiro Campos, 13, estão no Mocambo desde o início, a exemplo de Amanda Dayanne dos Santos Pereira, de 15. Maria Eduarda Renan Jorge e Davi Meira França Laurenti, ambos de 11, ingressaram depois. Eles disseram que participar das atividades contribui para estudos no ensino básico, fundamental e médio. Também contaram ser muito importante a participação de algumas mães, que ajudam nas atividades.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem