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Estudante de Medicina opta por pesquisa e liderança nos EUA

Preferências no intercâmbio fizeram parte de oito disciplinas e de atividades, especialmente as esportivas


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Foto: João Paulo Barbosa Estudante de Medicina opta por pesquisa e liderança nos EUA
Otávio Alves de Souza, de retorno à Unoeste
Foto: Cedida Estudante de Medicina opta por pesquisa e liderança nos EUA
Futuro médico no campus da Universidade de Wisconsin
Foto: Cedida Estudante de Medicina opta por pesquisa e liderança nos EUA
Souza (1º da esquerda) jogou futebol americano


Pelo programa federal Ciência sem Fronteiras, Otávio Alves de Souza fez intercâmbio de nove meses nos Estados Unidos, na Universidade de Wisconsin – Madison. O estudante da Faculdade de Medicina (Famepp) da Unoeste se envolveu em atividades e fez oito disciplinas, dando preferência à pesquisa e à liderança. Voltou entusiasmado com o aprendizado voltado à formação profissional e com o que pode extrair de lição para a vida. Agora, passa o restante do semestre e as férias de julho com a família em Iturama, no Triângulo Mineiro. Em agosto retomará os estudos na Unoeste, no 8º termo do curso.

Habituado a viver longe de casa, aos estudos, à prática esportiva e ao trabalho (quando está em sua cidade ajuda na lanchonete de seu pai em diferentes funções), Souza se acomodou bem em Madison, a capital do estado de Wisconsin. Com pouco mais de 200 mil habitantes, no que se equipara a Prudente, é uma das 20 melhores cidades norte-americanas para se viver, entre as habitadas por menos de 1 milhão de pessoas. Conta que nos primeiros dias viveu um choque de realidade, pela bela arquitetura das casas, igual às vistas em filmes: sem grade e nem muro na frente.

O jovem estudante se encantou com a educação das pessoas, que pedem licença para tudo e desculpas por qualquer coisa, abrem a porta para o outro, dão bom dia e querem saber se está tudo bem. A dificuldade inicial foi escrever em inglês, para quem confessa a limitação que tinha sobre a língua que praticava a audição assistindo filmes e seriados. Com as aulas, os trabalhos e, especialmente, a convivência com os colegas de estudos, incluindo os de outras nacionalidades, foi permitindo melhorar a fala e a escrita.

Em relação à pesquisa, Souza buscou aprimorar seus conhecimentos com a disciplina de bioestatística. Outra atenção especial dedicou à disciplina voltada para a liderança, algo que já tinha prática na Unoeste, na Atlética de Medicina. Esteve envolvido num projeto para conscientizar, por meio de simpósio, os demais alunos sobre problemas de depressão e bem-estar pessoal. Participou da arrecadação de fundos para o hospital da cidade, que atende pessoas com problemas de saúde mental. Ainda no primeiro de dois períodos de quatro meses na universidade, estudou anatomia cirúrgica e radiológica.

Conta que, em termos das disciplinas, a anatomia foi a mais importante daquele período. Pode dissecar cadáveres antes de serem cremados, trabalhando com a pele, camada de gordura, ossos, órgãos e tudo mais. Prática que considera significativa, por dar noção da anatomia topográfica, na relação de um órgão com outro. As aulas teóricas e de laboratório possibilitaram relacionar a parte cirúrgica da radiológica. Na parte de radiologia fez ainda minicurso sobre pressão jugular e carotídea, por ultrassom. No segundo período, teve microbiologia clínica, o que permitiu um olhar mais aprofundado sobre bactérias.

Estudou também a prática da medicina em ambientes inóspitos, praticada em locais de poucos recursos, como selva, montanha e fundo do mar (mergulho). Na fisiologia do exercício conseguiu utilizar conhecimentos prévios; tanto na parte cardiorrespiratória quanto muscular. Ambas aplicadas às diferentes condições de treinamentos que um atleta possa estar submetido, tais como: altitude, calor, resistência, força e velocidade. No laboratório pode participar de diversos tipos de experimentos, para analisar consumo de oxigênio e batimento cardíaco, entre outros.

Ainda que a bolsa do governo brasileiro fosse de 12 meses, havia a possibilidade de retorno sem o estágio de verão. Souza fez a opção de abrir mão do estágio, o que implicaria em mais quatro meses, para poder ficar quase dois meses com sua família e não retardar sua inserção nas aulas do 8º termo. Nos nove meses que ficou em Madison, teve 30 dias das férias de inverno. Conseguiu passagem a preço promocional e pode passar duas semanas na Califórnia. Também esteve em Chicago, a 300 km de Madison, o que é considerado perto e o preço da viagem é bem acessível: apenas 10 dólares.

A valorização ao esporte pelas universidades norte-americanas deixou Souza encantado, com organizações para muitas modalidades. São as ligas esportivas amadoras. Tem campeonato de tudo. Os grupos organizados não são exclusividade do esporte, pois também existem em outras áreas. Exemplos: teatro, cinema, música e filosofia. As aulas são de 12 horas ou no máximo 18 por semana. Aula no máximo com 50 minutos e 1h30 de intervalo. Todavia, o estudo individual consome de 12 a 20 horas. Cada aluno faz sua grade, escolhendo as disciplinas, dias e horários.

Aula com explicação na lousa, o aluno usa caderno. Se for em slide, usa o notebook. Celular não é proibido. Porém, a disciplina é tudo. Hora de aula é momento de estudo. Pegou no celular, perdeu o rumo. O aluno se veste como quer para ir à faculdade. “O povo norte-americano valoriza muito a individualidade. Não julga as pessoas pela aparência”, comenta Souza. Lá o curso de medicina é feito em oito anos, sendo os primeiros quatro com em ensino generalizado e os demais específico, focados na profissão.

Souza diz que são realidades diferentes, a de lá e a daqui. “Porém, posso afirmar que em estrutura, qualidade de laboratórios, a gente não fica atrás”, pontua o jovem, que gosta da Unoeste e revela um episódio que esse gostar é de sua família também. Antes que fosse para os Estados Unidos, sua avó teve conhecimento de uma notícia publicada no portal da universidade, falando sobre sua viagem. Ela leu e chorou ao saber do comportamento do neto e o quanto ele é acolhido pelo curso de Medicina e universidade como um todo.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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