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Vivência no Japão reafirma qualidade do curso de Enfermagem

Recursos humanos, conteúdo e estrutura são avançados e garantem integralidade no atendimento ao paciente


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Foto: Cedida Vivência no Japão reafirma qualidade do curso de Enfermagem
Entrega de placa da Unoeste aos diretores da Jica Okinawa
Foto: Cedida Vivência no Japão reafirma qualidade do curso de Enfermagem
Atividade na escola municipal primária Tonoshiro Ishigaki
Foto: Cedida Vivência no Japão reafirma qualidade do curso de Enfermagem
Diane com os colegas de treinamento no Shurijo Castle Park Okinawa

Ao retornar de treinamento no Japão, a especialista em enfermagem pediátrica Diane Vasconcelos Barrionuevo conta que a vivência internacional possibilitou reafirmar a qualidade do curso de Enfermagem da Unoeste. “A formação aqui é excelente. Estamos muito avançados”, afirma ao fazer comparação com o que viveu na capacitação em saúde materno-infantil, no segmento da saúde pública. Foram mais de 50 dias de estudos proporcionados pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), com as atividades de campo e em salas de aula, sendo possível constatar que – em razão dos recursos humanos, do conteúdo ofertado e da estrutura – o ensino da universidade de Presidente Prudente possibilita a formação de um profissional apto a promover a integralidade no atendimento ao paciente.

Como princípio doutrinário das políticas públicas de saúde em vários países, a integralidade está inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) como conjunto de ações direcionadas à materialização nos âmbitos do direito e do serviço. O atendimento integral vai além de tratar da doença. Trata do cidadão. O profissional da saúde, através de conversa e até mesmo de observação, busca informações para orientar sobre práticas de saúde, sendo possível com instruções das técnicas de prevenção. “O nosso aluno já faz isso muito naturalmente, enquanto que em outras partes do mundo ainda ocorre certo distanciamento entre o profissional e o paciente. Eles são mais voltados ao problema físico. Estão começando a trabalhar esta questão da afetividade. Ainda entendem o trabalho integral como aquele que é feito por equipe multifuncional”, comenta Diane.

O treinamento ocorreu de 1º de julho a 22 de agosto. Para a enfermeira e professora na Unoeste, o que a agência de cooperação internacional proporcionou foi além do esperado. “As pessoas da Jica são excelentes; muito organizadas. Fomos bem atendidos em todos os momentos, dede a recepção na chegada ao aeroporto de Okinawa. Um grupo de 12 pessoas: sendo dez enfermeiros, médico e psicólogo. Além de três brasileiras, incluindo duas colegas de Belo Horizonte, fizeram o treinamento profissionais da República Dominicana, El Salvador, México e Panamá. O conteúdo foi muito abrangente, ministrado por professores japoneses, a maioria enfermeiros da saúde pública, com o inglês traduzido para o espanhol. Aulas e atividades o dia todo, com parte da noite ocupada com as produções de trabalhos”, conta.

Terminado o curso, os participantes têm o compromisso de desenvolver ações locais e produzir dois relatórios: um após três meses, a contar do retorno; outro com o prazo de 12 meses. As informações serão sobre o compartilhamento das vivências, junto a professores e alunos do curso de origem, e das ações práticas, para as quais Diane escolheu trabalhar com jovens escolares, que serão preparados à atuação como multiplicadores na prevenção à saúde nos bairros onde moram. Com o envolvimento de estudantes de Enfermagem e professores, o trabalho será feito em escolas nas imediações da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Parque Primavera, na zona norte de Presidente Prudente. “Será uma oportunidade de pesquisa para os alunos produzirem Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)”, comenta.

Lição para a vida – Ao classificar o intercâmbio internacional como sendo de grande valor pessoal e institucional, Diane afirma que algumas vivências no Japão mudaram sua vida. Uma delas foi conhecer uma área litorânea devastada pelo tsunami de 2011. Com os integrantes conduzidos num micro-ônibus, passaram por locais como o que restou de escola na qual estavam quase 300 crianças e nenhuma delas sobreviveu diante das ondas gigantes provocadas por terremoto. “É impressionante como os japoneses se unem para encarar a dor e se reestruturar. Eles construíram abrigos a dez metros de altura, abastecidos para abrigar pessoas por pelo menos uma semana, que serão ocupados mediante sinal de alerta. Estão preparados para não sofrerem tantas perdas, se acontecer de novo. Mesmo desabitados, nos abrigos não há vandalismo”, relata.

A visita ao que restou do tsunami foi acompanhada por duas estudantes de enfermagem, que na ocasião escaparam com vida numa escola em local um pouco mais alto, quando tinham 15 anos de idade. Passaram dias isoladas e não sabiam se os familiares tinham sobrevivido. Esse sofrimento fez com que decidissem ser enfermeiras, para cuidar de outras pessoas. Para elas, foi muito importante a ajuda que veio de toda parte do mundo, com o envio de donativos e com mensagens postadas na internet. “Ver na TV é uma coisa. Outra coisa é estar presente num local em que quase 16 mil pessoas perderam a vida, onde a escola não será reconstruída por não ter criança para estudar”, explica e manifesta sua admiração pelo comportamento solidário do povo japonês.

Para Diane, seria interessante que outros professores e também alunos – não só da Enfermagem – passassem pela rica vivência de treinamento no Japão. Com este pensamento, revelou sua intenção de propor à Unoeste, por intermédio do assessor de relações interinstitucionais, Dr. Antônio Fluminhan Júnior, que estreite relações com a Jica para estabelecer parcerias. “Seria interessante. Além da Enfermagem, eles oferecem outros treinamentos, como os de tecnologia da informação que seria muito interessante ao nosso pessoal da Fipp [Faculdade de Informática de Presidente Prudente], com a oferta de cursos”, exemplificou. Em nome da Unoeste, Diane levou uma placa de agradecimento à Jica, aos diretores de divisão de programação de curso Satoshi Wakasugi e geral Makoto Kashiwaya.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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