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Em 65 anos parque ecológico perde mais de 9% do território

Dano ambiental mais devastador ao “Morro do Diabo” foi causado pela construção de usina hidrelétrica


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Foto: João Paulo Barbosa Em 65 anos parque ecológico perde mais de 9% do território
Marta Moura obtém o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional

Desde que ganhou o status legal de reserva florestal em 1941, o Parque Estadual do Morro do Diabo perdeu 9,31% de seu território. O equivalente a 3,3 mil hectares. Fato ocorrido, gradativamente, no período de 65 anos. Portanto, até 2006. Situação causada por questões como as das construções de rodovia, aeroporto e hidrelétrica. O mais impactante dos danos ambientais foi provocado pela construção da usina de Rosana, no rio Paranapanema, que dizimou 1,9 mil hectares da reserva, o equivalente a 5,3% da área total que foi perdida.
 
São dados que foram apurados por Marta Aparecida de Moura que é formada em história e desenvolveu a pesquisa junto ao mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, vinculado à Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (PRPPG) da Unoeste. O estudo se sustentou bibliograficamente em análises comparativas da ação humana e suas consequências configuradas em interferências, impactos e danos ambientais, demonstrados em gráficos, tabelas e dados estatísticos das perdas territoriais.
 
Estudo recebido como mais uma importante contribuição ao levantamento de problemas ambientais na região de Presidente Prudente, através de pesquisa no mestrado em questão. O estudo contemplou o período de 1941 a 2006, por conta do plano de manejo do parque ser feito pela Fundação Florestal a cada dez anos, mas que não foi realizado no ano passado. A dissertação produzida pela autora do estudo foi levada à defesa pública na manhã de segunda-feira (27).
Foto: João Paulo Barbosa Marta e as doutoras Alba, Rosângela e Edilene
Marta e as doutoras Alba, Rosângela e Edilene

Compuseram a banca examinadora as doutoras Alba Regina Azevedo Arana (orientadora), Edilene Mayumi Murashita Takenaka e Rosângela Aparecida de Medeiros Hespanhol, na condição de membro externo e convidada junto ao campus da Unesp em Presidente Prudente. Marta, que lecionada em Teodoro Sampaio – município onde fica o parque. Marta foi aprovada para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.
 
Agroquímicos – Na tarde do mesmo dia, a fonoaudióloga Jamile Silveira Tomiazzi fez a defesa pública da dissertação sobre avaliação auditiva e citogenética de trabalhadores rurais, da região do Pontal do Paranapanema, expostos a produtos agroquímicos e ao vício do tabagismo, isolados ou não. Foram avaliados 127 trabalhadores de ambos os sexos, com faixa etária compreendida entre 18 e 39 anos, divididos em quatro grupos: controle, exposto ao tabagismo, exposto a agroquímicos e exposto à associação tabagismo e agroquímico.
 
Os trabalhadores responderam ao questionário aplicado pela autora do estudo, para obtenção de informações sobre exposições aos dois produtos e à saúde geral e auditiva. Depois, passaram por exames auditivos – meatoscopia, audiometria convencional e de alta frequência, logoaudiometria e imitânciometria; e avaliação citogenética, a partir de células da mucosa bucal, coradas pelo método Giemsa. Avaliados os dados, na audição foram constatados rebaixamento de limiares auditivos em alta frequência, maior incidência de curva do tipo descendente, timpanometria tipo A e ausência de reflexo do músculo estapédico nos três grupos expostos a agroquímicos.
 
“Além disso, foi observado nos três grupos o aumento dos números total de alterações nucleares e de micronúcleos, células binucleadas, cariólise, cariorréxis, células picnóticas e broto nuclear”, pontuou. A conclusão foi de que a exposição a agroquímicos e cigarro, de maneira isolada ou em combinação, é potencialmente ototóxica e genenotóxica, causadores de danos à saúde auditiva e à saúde em geral.  Jamile foi aprovada para obtenção do título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, avaliada pela banca composta pelas doutoras Ana Paula Alves Favareto (orientadora), Renata Calciolari e Maria Cristina Alves Corazza.
 
Produção familiar – A dissertação com o título “A logística como instrumento de apoio à produção familiar e ao desenvolvimento regional: o caso do Assentamento São Bento III em Mirante do Paranapanema (SP)” também foi levada à defesa pública na tarde de segunda-feira (17) pelo especialista em gestão da produção e logística Carlos Lourenço Atanázio Trombini. No assentamento, localizado no município de Mirante do Paranapanema, foi constatada necessidade de um plano logístico que contemple a realidade dos assentados e a de que se organizem em associação de produtores familiares, como condições determinantes para o desenvolvimento sustentável.
 
O estudo contemplou os seguintes aspectos: a questão do desenvolvimento regional sustentável e como a logística pode corroborar com o mesmo; os aspectos históricos que culminaram com a formação dos assentamentos da reforma agrária no Estado de São Paulo; o assentamento São Bento III; a avaliação das potencialidades, fraquezas, oportunidades e problemas que tangenciam a realidade dos assentados; e a apresentação de planos de ação que pode ser implementado na busca do desenvolvimento do assentamento objeto central da pesquisa. Na busca de dados, a amostra envolveu 45% dos assentados que atuam em regime de agricultura familiar.
 
Conforme o autor do estudo, a cadeia logística, se adequadamente estruturada, influencia de forma positiva no desenvolvimento regional. Para ele, a ausência do Estado, no cumprimento do seu papel, inviabiliza a evolução socioeconômica dos produtores.  Trombini foi aprovado para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, sendo que seu estudo foi orientado pela doutora Edilene Mayumi Murashita Takenaka e avaliado pelos doutores Alba Regina Azevedo Arana e Eduardo Teraoka Tófoli, do Centro Universitário Salesiano de Lins (UniSalesiano).

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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