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Egresso da Faclepp conclui doutorado na Inglaterra

Logo após a graduação em biologia, ocorreu o ingresso na pós-graduação stricto sensu da Cranfield University


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Foto: Cedida Egresso da Faclepp conclui doutorado na Inglaterra
Demetryus Ferreira junto a um banner que produziu durante o doutorado

Da graduação em biologia para o doutorado na Inglaterra! Foi ousado o salto que Demetryus Kauê Silva Ferreira deu em agosto de 2013. Três anos e oito meses depois, o jovem biólogo obtém o título de doutor em Genética Molecular. No começo daquele ano concluiu a licenciatura em Ciências Biológicas, mas os entendimentos para estudar no exterior começaram no ano anterior, na Semana de Biologia de 2012 quando assistiu ao pesquisador inglês Andrew Thompson. Agora, doutor, agradece aos estudos na Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp), e elogia o curso de Ciências Biológicas que proporciona muitas aplicações e oferece uma visão ampla do “todo”.
 
Ferreira é o primeiro egresso da Unoeste a obter aprovação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para fazer doutorado fora do país com bolsa do Programa Ciência sem Fronteiras (CSF). Na Cranfield, o biólogo trabalhou com mutações genéticas que afetam a arquitetura do tomate. A escolha sobre o fruto ocorreu por ser uma planta modelo. “Alguns autores afirmam que o que aprendemos com o tomate pode ser utilizado em outras 2 mil espécies; algumas com grande valor agronômico, como é o caso do morango”, afirma dizendo que o tomate é um dos vegetais de expressiva produção e produto de exportação para consumo imediato ou para industrialização de molhos.
 
Sobre o sistema de ensino e avaliação na pós-graduação stricto sensu da Inglaterra, conta que não existem aulas, somente pesquisa. O pesquisador é avaliado o tempo todo por um comitê formado por dois examinadores; incluindo ainda a figura do independent chairman, que é algo exclusivo da Cranfield, alguém da própria universidade com a missão de garantir que todos estejam fazendo o seu papel de acordo. Outro diferencial da universidade inglesa fica por conta das reuniões de acompanhamento que ocorrem em cinco ocasiões, após o 3º, 9º, 12º, 21º e 30º mês; nelas são entregues relatórios dos resultados atingidos e o plano para os próximos experimentos, salvo na última reunião quando ocorre a pré-submissão. Ao final, não há banca de defesa pública, apenas discussão entre o autor do estudo e os avaliadores.
 
Surpreso com a ausência de aulas, Ferreira ficou temeroso com relação às dificuldades que poderia encontrar. “Porém, como você está totalmente imerso na pesquisa, esse conhecimento vem de forma quase que passiva.

É muito comum termos discussões e mesas abertas aqui na Inglaterra”, explica contando sobre seu aproveitamento por conta de reuniões bem proveitosas. “Como o examinador e chairman são de outros grupos de pesquisa, as discussões fazem pensar tudo por outros ângulos. Na minha opinião, a reunião do 9º mês foi a mais difícil e que há alguns anos era usada como uma forma de exame. Se você não conseguisse defender o seu trabalho, você era reprovado e saia com o título de mestrado. Hoje em dia, é como uma prova de fogo, se você passa por essa, nada mais te faz desistir”, explica.
 
Foto: Cedida Estudos aliados às vivências em lugares como o Parque Nacional da Inglaterra
Estudos aliados às vivências em lugares como o Parque Nacional da Inglaterra
O egresso da Faclepp conta que a adaptação na Inglaterra foi bem difícil, não somente pela comida ou clima, mas pelas pessoas que são diferentes. “Com o tempo, fiz muitos amigos aqui na Inglaterra/Europa. Esse preconceito que nós temos achando que eles são frios é apenas isso: preconceito.

Eles não vão te convidar pra almoçar na casa deles no domingo, na primeira semana. Ou compartilhar momentos íntimos no elevador. Acho que somos [os brasileiros] muito mais abertos sobre a nossa vida, em geral”, pontua afirmando que outro problema foi com o fuso horário. Empecilho que está com os dias contados, já que seu retorno ao Brasil está previsto para o dia 9 deste mês.
 
Durante os estudos na Inglaterra, Ferreira esteve duas vezes no Brasil e também teve a oportunidade de fazer outras viagens: Conheci Portugal (Lisboa), Espanha (Madrid), França (Paris/Bordeaux), Itália (Roma), Bélgica (Bruxelas e Ghent), Dinamarca (Copenhagen), Suécia (Estocolmo), República Checa (Praga), e o Reino Unido (Londres, Manchester, Chester, Liverpool, Cambridge, Oxford, Brighton, Sheffield, Nottingham, Leicester, Norwich, Reading e Bedford), além do país de Gales (Cardiff). Com o título de doutor e de volta ao Brasil, pretende ingressar na área acadêmica e lecionar até se aposentar.
 
Os experimentos desenvolvidos em Cranfield resultaram em dois artigos científicos, sendo um em parceria com um grupo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa – Hortaliças, em Brasília; e outra com pesquisadores da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, a Esalq/USP, em Piracicaba. O contato com Thompson foi proporcionado pela Assessoria de Relações Interinstitucionais da Unoeste, com o assessor Dr. Antonio Fluminhan Júnior que o convidou para conhecer a instituição de Prudente e estabelecer parcerias: enviar e receber estudantes de pós-graduação e da graduação, especialmente no campo da pesquisa. Proposta institucional inserida no processo de internacionalização da Unoeste.
 
Para o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação e de extensão e ação comunitária Dr. Adilson Eduardo Guelfi, o feito de Ferreira pode ser analisado de diferentes formas, sempre positivamente. Primeiro, o mérito de alguém que se destacou e orgulha sua universidade, enquanto aluno e ex-aluno. Também, o papel da Unoeste em proporcionar ao aluno a exploração de suas diversas competências dando apoio para ele buscar os melhores resultados em sua carreira.
 
 “O histórico do Demetryus mostra o que a gente tem pregado: a educação superior proporcionando ensino, pesquisa e extensão de qualidade, e com isso alimentando sonhos como esse do doutorado no exterior, num país de primeiro mundo. Através do processo de internacionalização, a Unoeste proporcionou a vinda do Dr. Thompson. O Demetryus aproveitou a oportunidade e construiu uma história muito bonita”, comenta o pró-reitor acadêmico Dr. José Eduardo Creste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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