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Vitamina B12 contribui com a produção de espermatozoide

Experimento em ratos encontra resultados que sugerem pesquisas em outras espécies e futuramente com humanos


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Foto: João Paulo Barbosa Vitamina B12 contribui com a produção de espermatozoide
Luci em atividade no Biotério Experimental

Utilizando ratos Wistar como modelo biológico indicado para estudos da função reprodutiva, um experimento científico foi desenvolvido com a utilização de ômega 3 e vitamina B12 como suplemento para testar a hipótese de contribuir na melhora da fertilidade em machos. Enquanto os efeitos do ômega foram pouco significativos, a vitamina apresentou benefícios de melhora do metabolismo espermático. Este e outros resultados encontrados sugerem pesquisas em outras espécies de animais e futuramente em humanos.
 
“Ficamos satisfeitos com os resultados apresentados, importantes para serem averiguados em outras pesquisas que a gente venha a fazer ou que outros pesquisadores façam em qualquer parte do mundo”, disse o médico veterinário especialista em reprodução animal Dr. Marcelo George Mungai Chacur na condição de orientador da nutricionista Luci Mara Miura Yamada.  O estudo foi realizado junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, na Unoeste.
 
Um dos fatores relevantes do experimento, seguindo a tendência mundial de estudo multiprofissional, foi juntar profissionais com formações diferentes e utilizar a expertise de cada um para trabalhar um assunto de interesse global. O trabalho levou em consideração a grande demanda por suplementos nutricionais, empregados na busca de melhorar alguma função orgânica. Dentre a infinidade de suplementos, foram escolhidos o ômega 3 e a vitamina B12.
 
O ômega foi adotado por ser um tipo de ácido graxo essencial para o organismo, encontrado em peixes e sementes. Presente, especialmente, em produtos de origem animal, a vitamina participa de um grande número de funções de todo o corpo. Outro motivo da escolha recaiu sobre a revisão literária de estudos realizados no mundo, dando sustentação ao objetivo de verificar se os dois suplementos teriam efeito benéfico no aparelho reprodutor de ratos machos.
 
No experimento foram utilizados 16 ratos, divididos em quatro grupos de quatro: o controle e os outros três suplementados em condições diferentes, com ômega 3, com a vitamina B12 e com os dois suplementos. Foram aplicadas doses diárias a cada 24 horas, durante 30 dias. O ômega na dose de 1 grama por Kg de peso vivo e vitamina na dose de 3 microgramas por rato. Ao final do período os animais foram sacrificados e os órgãos coletados para análises laboratoriais.
Foto: João Paulo Barbosa Luci com os doutores Chacur, Camila e Castilho
Luci com os doutores Chacur, Camila e Castilho

 
Ocorreu análise histológica dos testículos, dos epidídimos e das vesículas seminais. Foi aplicada termografia infravermelha com os ratos vivos, por ser uma técnica não invasiva, para auferir a temperatura do saco escrotal. Também foi feito espermograma, com a análise do sêmen em microscópio. Houve cruzamento dos resultados dos três exames. A termografia digital foi utilizada como método alternativo para capturar a temperatura corporal e do escroto, pois ela interfere na produção de espermatozoides.
 
“O saco escrotal precisa de temperatura mais baixa que o próprio corpo para produzir espermatozoides viáveis; é por isso que fica fora do corpo”, explicou Chacur. A temperatura do escroto foi relacionada com os tecidos dos órgãos examinados e a qualidade dos espermatozoides. Daí, os resultados encontrados, com as referidas doses, sendo o principal deles o de que “a vitamina B12 se mostrou de grande importância na produção de espermatozoides em ratos”, pontuou.
 
Chacur chamou a atenção para dois fatores sobre a utilização de suplementos pelo ser humano. Um deles, o de ter cuidado e não usar por escolha própria, motivado pela propagação comercial apontando benefícios. Outro: os casos de subfertilidade e infertilidade, geralmente, são associados a várias causas que podem ou não ser revertidas por diferentes tratamentos, para os quais um ou mais suplemento serve tão somente como suporte.
 
Os resultados da pesquisa tornaram-se público na tarde desta quinta-feira (22), quando Luci fez a defesa da sua dissertação perante a banca examinadora formada pelo doutor em ciências biológicas Anthony Cesar de Souza Castilho e a Dra. Camila Pires Cremasco Gabriel, convidada junto à Unesp – campus de Tupã.  Ocorreu a aprovação que culmina com a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG).
 
Para Luci, que é especialista em nutrição clínica, o experimento foi um tanto desafiador. Do ponto de vista pessoal, por ter fobia de rato. Pelo ângulo científico, por desconhecer a reprodução animal. Conforme ela, por outro lado, foi estimulante trabalhar a reprodução com relação à nutrição. Durante a sessão de defesa publica, disse que seu experimento esteve associado a um trabalho em equipe, incluindo outros experimentos realizados no Biotério Experimental, localizado no campus II da Unoeste. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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