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Estudo indica valores nutricionais para cultura do amendoim

Resultado da pesquisa tem relevância nacional e internacional, pelo produto em si e na reforma de canaviais


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo indica valores nutricionais para cultura do amendoim
Matheus Santiago da Silva: utilizou o sistema Dris e definiu tabela de valores nutricionais para a cultura do amendoim

Uma novidade aos produtores de amendoim em nível mundial está na elaboração de parâmetros para controle de nutrientes dessa cultura, a partir de tabela produzida mediante a análise química foliar de nitrogênio, fósforo, enxofre, boro, cobre, ferro, manganês e zinco. A tabela de valores nutricionais, que poderá ser disponibilizada em software, foi desenvolvida em estudo científico.

Junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, mantido pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) em Presidente Prudente e que oferece mestrado e doutorado, a produção científica desenvolveu o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (Dris) para a cultura do amendoim, utilizando um método matemático.

Ferramenta de relevante importância, pois ao definir faixas críticas e expressar valores nutricionais recomendados à cultura, contribui para minimizar a perda e maximizar a produtividade. Esta é uma das formas de encontrar condições eficientes de controle do cultivo.  Produzir mais em uma mesma área e com qualidade que aumenta a lucratividade; o que interessa para o produtor em qualquer parte do mundo.

O estudo foi desenvolvido pelo profissional em biotecnologia Matheus Santiago Silva, com a orientação do doutor em agronomia José Eduardo Creste: uma autoridade quando o assunto é Dris, pela especialidade e propriedade de seu conhecimento. Para quem o estudo representa um método novo à cultura do amendoim, com viabilidade de repercutir na esfera global.

Dentre a variada gama de cultivares pelo mundo afora e no Brasil, foi utilizado o cultivar Runner IAC 886, desenvolvido pelo Instituto Agronômico de Campinas. Uma variedade com ciclo de 125 a 130 dias, com produtividade média de 4 mil e potencial de 6 kg/ha (quilos por hectare), com grãos em padrão de mercado internacional.

Foto: João Paulo Barbosa Silva com seu orientador Dr. Creste e com os avaliadores Dra. Andréia e Dr. Tiritan
Silva com seu orientador Dr. Creste e com os avaliadores Dra. Andréia e Dr. Tiritan
Cultivado em mais de 80 países, o amendoim é utilizado na produção de óleo, fármacos e alimentos. Em tempo ainda recente entrou no cenário do biodiesel. Além de tudo, exerce grande apelo para a rotação de culturas por ser um excelente fixador de nitrogênio no solo. No Brasil e, notadamente, no estado de São Paulo (o maior produtor de amendoim do país) tem sido utilizado na reformas de canaviais.

Tanto que os dados para o estudo feito por Silva foram coletados junto a Usina Unialcol, de Guararapes, no interior paulista, na região de Araçatuba. Tradicional indústria sucroalcooleira, instalada há 38 anos e que no ano passado teve seu controle acionário assumido pela Glencore, multinacional Suíça, para qual Silva deverá apresentar o resultado do estudo, por sugestão do orientador.

Resultado que se tornou público na defesa de dissertação produzida por Silva e que culminou na obtenção do título de Mestre em Agronomia. A temática e o conteúdo motivaram ampla discussão, com destaque para a importância da pesquisa aplicada, ou seja: aquela cujo resultado oferece soluções ou alternativas práticas, como é o caso de utilizar o amendoim para deixar o solo forte para o próximo ciclo da cana.

Atuaram como avaliadores o coordenador do referido programa de pós-graduação e do curso de graduação em Agronomia, Dr. Carlos Sérgio Tiritam; e a Dra. Andréia Cristina Silva Hirata, pesquisadora vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), atuando no Polo Regional da Alta Sorocabana, em Prudente. Ambos destacaram e importância da aplicação do resultado da pesquisa.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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