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Grandes nomes do Direito debatem 2 anos do novo CPC

Congresso organizado pela OAB Prudente contou com o apoio da Unoeste; atividades ocorreram no Salão do Limoeiro


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Foto: Mariana Tavares Grandes nomes do Direito debatem 2 anos do novo CPC
Dr. José Miguel Garcia Medina, durante conferência de abertura

Um show de conhecimento, com protagonistas reconhecidos nacionalmente pelo amplo saber jurídico, e um espetáculo de solidariedade. Assim foi o Congresso Novo CPC, que trouxe grandes nomes para discutir os dois anos de vigência do Código de Processo Civil de 2015 e, ao mesmo tempo, contribuiu com o Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente (HRCPP) ao repassar toda a arrecadação de inscrições. Realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) 29ª Subseção, o evento começou na terça (13) e encerrou-se nessa quinta-feira (15), com o apoio do curso de Direito da Unoeste. Os três dias de atividades ocorreram no Salão do Limoeiro e contou com a participação de estudantes e profissionais da área.

Na cerimônia de abertura, a mesa principal foi composta pelo vice-presidente da OAB São Paulo, Fábio Romeu Canton Filho; presidente e vice da OAB Prudente, Rodrigo Arteiro e Wesley Cotini; coordenador do congresso e docente do curso de Direito da Unoeste, Marcelo Farina de Medeiros; Gilberto Notário Ligeiro, do HRCPP; o coordenador do curso de Direito da Unoeste, Sérgio Ricardo Ronchi; e o conferencista da noite, Dr. José Miguel Garcia Medina.

Durante a abertura, Medeiros agradeceu a parceria de todos os envolvidos, entre eles a universidade que disponibilizou o espaço para os três dias de evento, e destacou a importância da presença dos renomados profissionais da área para debater sobre os dois anos de vigência do novo CPC. Destacou também a relevância da finalidade social do congresso, que beneficiará o Hospital do Câncer com os subsídios arrecadados. “Ação social é um dos objetivos da OAB, por isso, mais uma vez, quero agradecer a todos que toparam contribuir nesse projeto”, disse o coordenador do evento.

Com o tema “Contraditório e Motivação das Decisões Judiciais”, Medina, que é jurista e autor de várias obras, deu início às atividades com um resgate dos motivos que levaram às mudanças do CPC, dentre eles, a própria sociedade, chamada de pós-modernidade ou modernidade-líquida. “É muito mais complexa. É uma sociedade que tem pressa e ansiedade. A antiga maneira de agir não funciona mais”. O jurista também falou sobre algumas dificuldades da decisão judicial e sobre a fundamentação do magistrado. Em seguida, a mesa com o tema “Tutela Provisória” foi presidida pelo Dr. Daniel Penteado de Castro, com os doutores Elie Pierre Eid e Tayon Soffener Belanga como debatedores.

Na quarta-feira (14), o debate teve início com o assunto “Fase Postulatória”, sendo a mesa presidida pelo professor doutor em Processo Civil, juiz Silas Silva Santos, e com os debatedores Dr. Nilton Carlos Coutinho e Thiago Moreira Sabião. Alguns pontos importantes no novo código foram discutidos pela banca, como a prioridade de mediação e conciliação. No entanto, o que era para ser uma forma de as partes solucionarem o próprio problema, com o auxílio de um juiz, acabou gerando reflexões, como a apresentada pelos debatedores: “A tentativa de conciliação antes de o réu apresentar nos autos a sua defesa, viola a sua isonomia?”. Conforme Santos, nestes casos, o juiz atua como mediador sem ao menos conhecer a versão do réu. “Essas reflexões mostram aos estudantes a importância do estudo contínuo, pois se queremos a cada dia mais otimizar os instrumentos que temos à disposição, precisamos entender o sistema”, reforçou o jurista.

Foto: Mariana Tavares Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Dr. João Batista Amorim de Vilhena Nunes
Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Dr. João Batista Amorim de Vilhena Nunes
Em seguida, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, João Batista Amorim de Vilhena Nunes, presidiu a mesa sobre “Recursos”, que contou com a participação dos advogados Thiago Caversan Antunes e Bruno Augusto Sampaio Fuga. “Houve algumas importantes mudanças, embora não tão significativas a ponto de nos deixar mais otimistas com a redução do número de recursos que são interpostos ou a dificuldade de lidar dar com estes. O que se procurou foi fazer otimização, mas para quem usa não são mais ágeis que antes, até porque os prazos, hoje, são em dias úteis e antes eram em dias corridos. Então acaba sendo contraditório falar de otimização”, pontua o desembargador.

Para ele, junto com o novo código, deveria ter ocorrido um investimento e capacitação no judiciário para que a massa de recursos pudesse ser com maior agilidade enfrentada. “Hoje, infelizmente, continua havendo desrespeito com os direitos consagrados na Constituição Federal e nas leis”. De forma geral, o desembargador, que atua no maior Tribunal da América Latina, afirma não ter visto se cumprir a promessa de celeridade com o novo código. “Para isso ocorrer, deve-se haver reformulação de estrutura para enfrentar os recursos e nada disso foi providenciado junto com a mudança da lei, ou seja, essa alteração do CPC, nos termos que foi feita, não é suficiente para garantir agilidade no processamento de recursos”.

Nessa quinta-feira (15), o congresso encerrou-se com dois temas: “Execução”, abordado pelo professor Paulo Eduardo D’Arce Pinheiro, e “Recursos Repetitivos e Precedentes”, palestra ministrada pelo coordenador do evento, professor Marcelo Farina de Medeiros. Os advogados Nayara Dallefi e Daniel Colnago participaram como debatedores.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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