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Muito mais que mel, abelhas são importantes para a vida!

Elas são os maiores polinizadores que existem no mundo, atividade essencial até para a qualidade e produção de muitos alimentos


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Foto: Mariana Tavares Muito mais que mel, abelhas são importantes para a vida!
As abelhas são foco do grupo de estudo Unobee, da Unoeste

É comum associar a abelha com a dolorosa ferroada, não é mesmo? Porém, existe uma infinidade desse inseto que não tem ferrão. Mas com ou sem ferrão, fato é que as abelhas são de extrema importância para a vida! Elas são os maiores polinizadores que existem no mundo, atividade essencial para 88% das plantas com flores, sendo que mais de 75% dessas espécies, que são utilizadas na produção de alimentos, dependem da polinização. As peculiaridades das abelhas fascinaram a professora doutora Ana Paula Nunes Zago Oliveira, da Unoeste, desde a graduação em Ciências Biológicas. Por isso, toda a sua vida acadêmica, inclusive mestrado e doutorado, a docente optou por pesquisar esses insetos. E essa paixão pelas abelhas foi disseminada e ganhou novos seguidores na Unoeste com o grupo de pesquisa Unobee, o qual é coordenado por ela e conta com apoio dos cursos de Zootecnia e Ciências Biológicas.

A docente conta que a ideia de criar o grupo surgiu porque na universidade existem muitos enxames espalhados de abelhas sem ferrão, além de ter uma excelente infraestrutura para criá-las. “Os alunos não tinham um contato com esses insetos, pois havia o estigma de que as abelhas ferroavam e, diante disso, sempre havia um grande pavor. Então comecei a mostrar que as abelhas são os maiores polinizadores que existem e em torno de 85% de toda nossa alimentação depende delas. Além de que são insetos que apresentam uma fascinante organização social e que estão sofrendo o desaparecimento por diversos motivos, dentre eles o excesso de agrotóxicos em lavouras. Portanto, o objetivo principal é fazer com que os alunos entendam que é preciso preservá-las”.

A paixão pelas abelhas começou ainda na graduação, aqui na Unoeste, com pesquisa relacionada à produção de rainhas. As abelhas também foram o foco de seus estudos no mestrado e doutorado, o qual realizou parte no Brasil e o restante na Universidade do Estado de Washington, em Pullman. As pesquisas na área continuam na Unoeste, agora também com o grupo Unobee, o qual possui, atualmente, 46 participantes, sendo alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Zootecnia, um de Psicologia, Medicina Veterinária e Agronegócios. “Qualquer aluno pode participar, pois podemos agregar projetos às diversas áreas de pesquisa”.

As atividades do grupo tiveram início no ano passado, quando os integrantes começaram espalhando iscas confeccionadas pelos alunos no campus da universidade, “com o intuito de capturar enxames de abelhas sem ferrão, para compor um futuro meliponário e alavancar as pesquisas na área. Atualmente possuímos 17 colmeias de abelhas sem ferrão, que foram adotadas pelos alunos do grupo. Diariamente são feitos monitoramentos das iscas para verificar a presença de abelhas sem ferrão e então podemos realizar a transferência para caixas. Temos também um mapa on-line desenvolvido por um aluno do grupo em que catalogamos nossas iscas”. 

Professora da disciplina de Apicultura na Zootecnia, Ana Paula também realiza o manejo das caixas de abelhas com ferrão juntamente com os alunos, e conta que pretende futuramente trabalhar com seleção de colmeias mais produtivas para geleia real, mel, pólen, própolis e demais produtos apícolas. A Ananda Silva Coimbra, 19 anos, do 3º termo de Zootecnia, conta que para ela foi uma novidade quando viu na grade do curso essa disciplina, e afirma que logo se identificou com o tema, por isso quis também integrar o grupo Unobee. “Algo que me marcou e me fez dar mais valor foi uma citação que a professora falou na aula sobre a teoria de Albert Einstein: ‘Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana’, então comecei a participar do projeto, que é uma oportunidade de melhorar, preservar e multiplicar essas criaturas incríveis que nos ensinam várias coisas como organização, honestidade, solidariedade... Se todos soubessem da importância das abelhas iriam cria-las em casa”.

A curiosidade fez com que o estudante do 6º termo de Ciências Biológicas, Leonardo de Oliveira Lopes, 21, também participasse do grupo. Ele afirma que a experiência é enriquecedora, “realizamos trabalhos científicos, aprendemos e dividimos conhecimentos por abordagens práticas, como constantes saídas a campo; e teóricas através de discussões e seminários. No grupo, minha função principal é gerenciar o mapeamento de iscas e colmeias localizadas no campus II da Unoeste através de dados obtidos pelos integrantes”.
 
Foto: Cedida Recentemente, integrantes do grupo visitaram a Cidade das Abelhas, em Embu das Artes (SP)
Recentemente, integrantes do grupo visitaram a Cidade das Abelhas, em Embu das Artes (SP)

Viagem Técnica
Recentemente, 28 integrantes do grupo visitaram a Cidade das Abelhas, localizada em Embu das Artes (SP), que possui diversos atrativos. “Participamos de uma palestra sobre a importância das abelhas e como é a organização estrutural e biológica de sua casta. Também observamos, por meio de um vidro, o funcionamento real de uma colmeia, o que facilitou muito a compreensão da organização desses insetos para os alunos. Fizemos uma trilha para conhecer a história das abelhas e tivemos contato com um meliponário que possuía espécies de abelhas diferentes das que capturamos aqui na Unoeste. Acredito que essa visita contribuiu muito para o aprendizado dos alunos do grupo, e principalmente, aumentou a ideia de que é preciso preservar esses insetos. Além do mais, eles viram que o ‘tema abelha’ hoje em dia está sendo bem divulgado, e que é possível realizar pesquisas e até mesmo obter uma fonte de renda por meio desses insetos”, afirma a professora.

A Ananda e o Leonardo também participaram da viagem e os dois voltaram com uma grande bagagem de conhecimento. “O ambiente é agradável, muito rico em plantas e possui grande hospitalidade. Aprendi coisas novas sobre as abelhas Apis mellifera [as amarelinhas que vemos por aí] e sua relação histórica com os seres humanos. Observei colmeias de abelhas sem ferrão que eu nunca tinha visto aqui em Prudente, como a mandurí e a abelha-mosquitinho, e senti a diferença térmica presente em colmeias de abelhas africanizadas. Considero a Cidade das Abelhas uma joia da biologia na região metropolitana de São Paulo!”

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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