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Caps Álcool e Drogas propõe acompanhamento humanizado

Centro de Atenção Psicossocial (ad) quer evitar a discriminação do paciente em sua família, na sociedade e em outros equipamentos de saúde; abordagem ocorreu na 32ª Jornada de Psicologia da Unoeste


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Foto: Gabriela Oliveira Caps Álcool e Drogas propõe acompanhamento humanizado
Camila é gestora do Caps ad III de Campinas (SP) e apresentou palestra no encerramento do evento

“O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps ad) propõe uma alternativa de tratamento com o paciente inserido na comunidade, ofertando um acompanhamento que seja mais humanizado e que possa de alguma forma dar um suporte para a família do usuário. Esse equipamento de saúde também busca evitar a descriminação e a marginalização da população atendida”. Esta afirmação é da psicóloga Camila Cristina de Oliveira Rodrigues, gestora do Caps ad III da cidade de Campinas (SP).
 
Com experiência na rede mental de saúde há 13 anos, a profissional fez mestrado na área da saúde coletiva e atualmente cursa doutorado em psicologia e sociedade. Nessa quarta-feira (17) ministrou palestra sobre “A prática da redução de danos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps ad)”. Realizada no salão do Limoeiro, a atividade marcou o encerramento da 32ª Jornada de Psicologia da Unoeste.
 
Para ela, o Caps ad vai além de propor um cuidado, pois tenta mudar a visão da sociedade sobre essas pessoas. Pontua que, ainda hoje, o uso de álcool e drogas é uma questão vista de forma muito preconceituosa, pois a maioria da população não visualiza o vício como doença. “Precisamos desenvolver um trabalho não só com o usuário que possui um sofrimento, mas devemos conscientizar a família que, muitas vezes, o abandona. Temos que levar essa reflexão também para a sociedade e para outros equipamentos de saúde”.
 
Camila lembra que, desde o processo de implementação de alguns serviços até a regulamentação do Caps passaram-se quase 30 anos. “Até então o que se tinha eram os hospitais psiquiátricos, onde as pessoas ficavam internadas por um tempo indeterminado e nunca mais saiam do processo de hospitalização. Essas unidades geralmente eram fora das cidades e havia todo um estigma em torno dos pacientes”, comenta.
 
De acordo com a psicóloga, hoje é possível visualizar um projeto de cuidado desse público, seja por meio dos serviços idealizados, ou por conta dos projetos de novas unidades. “Avançamos muito nesse sentido, mas o que eu percebo é que para nós, enquanto psicólogos, ainda precisamos amadurecer na elaboração de uma clínica para a condução desses casos. Isso ainda é muito incipiente do ponto de vista psicanalítico e da psicologia social. Temos pouco material escrito”, argumenta.
 
Sobre a estadia na Unoeste, Camila diz estar muito contente de compartilhar um pouco da sua experiência e também de aprender por meio do contato com os alunos. “Espero contagiá-los para que trabalhem nesses equipamentos, muita gente acaba nem tentando investir nessa área, tem tanto estigma em torno disso. É muito legal ter oportunidade de fazer o que alguém já fez por mim e que fez toda a diferença na minha vida profissional”, conclui.
 
Foto: Gabriela Oliveira Palestras foram realizadas no salão do Limoeiro, campus II da universidade
Palestras foram realizadas no salão do Limoeiro, campus II da universidade

32ª Jornada de Psicologia
De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia da Unoeste, Dra. Regina Gioconda de Andrade, o evento contou com três dias muito intensos e produtivos. “Foram três palestras e oito minicursos que contribuíram bastante com a formação dos acadêmicos, pois trouxeram temas complementares do que é visto em sala”, diz.
 
Ela expõe que as atividades foram conduzidas por alunos, egressos, ex-professores e até profissionais que participaram pela primeira vez. “Essa mescla foi muito positiva e, ao mesmo tempo, a participação dos acadêmicos foi brilhante”. Regina acrescenta que outro aspecto bacana foi a apresentação de 23 trabalhos de conclusão dos estágios de promoção de saúde, trabalho e educação, além de duas monografias da pós em Psicanálise da universidade.
 
Para Ana Beatriz Manganaro do 9º termo da graduação, a jornada foi bem produtiva. “O que mais me chamou a atenção foi a palestra do segundo dia que falou sobre carreira. Para nós, que estamos prestes a nos formar, é muito bom visualizar os caminhos que podemos seguir. Participei também de dois minicursos sobre psicologia escolar, que é área em que faço estágio e me agregou muito conhecimento”.
 
Jean Souza Rodrigues é colega de turma da universitária e também aproveitou para participar da sua última jornada como acadêmico. “Foram dias bem intensos e que nos deram a oportunidade de ver coisas que vão além das matérias”. Integrante da Liga Acadêmica de Psicologia da Saúde, ele descreve que teve a oportunidade de conduzir o minicurso que trouxe uma discussão do filme Wall-E. “Essa atividade foi em parceria com a Liga Acadêmica de Psicologia, Empreendedorismo e Liderança. Fiquei bastante ansioso, pois foi a primeira vez que estive a frente de uma atividade desse tipo, mas no fim deu tudo certo”.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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