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Educação sustentável e Agenda 2030 são assuntos de jornada

Evento, que está em sua 20ª edição, teve início na última segunda (13) e segue até sábado (18); palestrantes de renome nacional da área da educação estiveram na Unoeste


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Foto: Erika Foglia Educação sustentável e Agenda 2030 são assuntos de jornada
Ricardo Fragelli apresentou o “Método 300” aos presentes; obra com o rosto do palestrante foi pintada pelo professor Josué Pantaleão

“A agenda 2030 e os desafios de uma educação sustentável e inovativa”. É com esta temática que a 20ª Jornada de Educação e o 20º Simpósio de Iniciação Científica da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp) da Unoeste tem ofertado aos acadêmicos discussões através de palestras, mesas-redondas, minicursos e oficinas. O evento, que teve início na última segunda-feira (13) e segue até este sábado (18), já recebeu profissionais de renome no país como a especialista em educação, que trabalhou por 21 anos como gerente executiva do Instituto Ayrton Senna, Simone André, e o professor da Universidade de Brasília (UnB) e criador do “Método 300”, Ricardo Fragelli.
 
De acordo com a diretora da Faclepp, Dra. Maria Helena Pereira Mirante, a ideia desta temática tão atual para uma semana acadêmica foi decorrente do programa Unoeste Sustentável, além das inovações que todos os profissionais precisam trazer para a educação brasileira. “O saldo tem sido positivo quanto à presença e participação dos alunos. Este ano tivemos quase mil inscritos e não somente de acadêmicos da Faclepp, muitos outros cursos e profissionais de fora se interessaram pela nossa temática. Tem sido muito gratificante este retorno”, diz.

Foto: Erika Foglia Docentes da Faclepp com o palestrante da noite dessa quarta-feira, Ricardo Fragelli, e com a coordenadora pedagógica da Unoeste, professora Darcy
Docentes da Faclepp com o palestrante da noite dessa quarta-feira, Ricardo Fragelli, e com a coordenadora pedagógica da Unoeste, professora Darcy
 
Desenvolvido há cerca de seis anos pelo professor Ricardo Fragelli, inicialmente para estudantes dos cursos de Engenharia da UnB, através da disciplina de Cálculo, o Método 300 tem como objetivo utilizar a aprendizagem ativa e colaborativa na educação. Com índices que comprovaram melhora na aprovação de 50% para 95% já em sua primeira experiência, atualmente o método já é utilizado por mais de mil professores de vários níveis de educação em todo o país.
 
“Tudo surgiu quando eu descobri que estava me preocupando percentualmente com os meus estudantes e não com cada um deles como seres humanos. O índice de reprovação na disciplina de Cálculo é em média no nosso país de 50% e nós, professores, passamos a acreditar que em algum momento isso era normal. Eu nunca acreditei que isso seria normal. Percebi que estávamos desperdiçando uma forma muito grande chamada colaboração. O 300 funciona exatamente dessa forma, através do ensino entre alunos. Então, os que foram muito mal em determinada avaliação são ajudados pelos que tiraram as maiores notas. No final, os estudantes que eram bons se tornam excelentes porque eles aprendem ensinando. E os que tinham baixo rendimento, se tornam excepcionais, já que eles aprendem a superar obstáculos com ajuda de alguém que até então era um desconhecido na sala de aula”, explica o criador do método, que ministrou palestra na Jornada de Educação nessa quarta-feira (15), no Salão do Limoeiro, no campus II.
 
Fragelli salienta ainda que um dos fatores mais importantes deste método, além da grande aprovação, é o não isolamento de alunos. “Os estudantes isolados perdem todo o prazer de estar em sala de aula, perdem a autoestima, o prazer da própria aprendizagem, e isso não é interessante para nós, educadores. A metodologia colaborativa pode ajudar pessoas, muito além do conteúdo didático. Essa é a ideia principal”, fala.
 
Para a acadêmica do 8º termo do curso de Pedagogia, Mariana Sampaio, que estava toda ansiosa esperando a palestra do professor Ricardo, temas tão atuais como os abordados durante a jornada serão essenciais para sua atuação no mercado de trabalho. “Estou quase me formando, então, daqui a pouco estarei dando aula. Os conhecimentos que obtive até agora, durante as atividades da Jornada de Educação, já me trouxeram boas reflexões. Porém, o método 300 realmente me despertou curiosidade e levarei a metodologia não somente para o meu trabalho, mas para a minha vida toda”, afirma.
 
Agenda 2030 – Na abertura das atividades, realizada na última segunda, a especialista em educação Simone André abordou em sua palestra a Agenda 2030 e os desafios dessa educação do futuro. De acordo com ela, há ainda muitos desafios que o país precisa enfrentar para conquistar uma educação sustentável para os próximos anos e um deles diz respeito às questões do século passado. “Nós temos grandes desafios na educação atualmente e a falha na aprendizagem é um dos maiores, herança do século 20. De cada dez estudantes que entram na educação básica, somente três concluem o ensino médio, e concluem com um nível de educação muito baixo. Muitos desistem de estudar no meio do caminho, porque não estão vendo sentido na escola. O Brasil precisa urgentemente olhar para o futuro e encarar esses desafios de frente. É preciso olhar para as novas gerações no ponto de vista da cidadania, do trabalho, dos desafios pessoais de cada um, de seus projetos de vida, do pensamento crítico, da colaboração, da criatividade, ou seja, um conjunto de competências que realmente equipem esses alunos para que eles possam enfrentar sua caminhada. É isso que a agenda do futuro pede, mas a escola não tem respondido ainda”, salienta.
 
Para ela, que acredita muito nessa dimensão socioemocional que vem sendo amplamente discutida na educação, a concretização de um projeto de vida depende muito mais do quanto alguém consegue acionar essas competências do que o aprendizado em matemática, história e geografia. “Não que não sejam assuntos importantes, claro que são! Porém, esse é só o ponto de largada do nosso aprendizado, não é mais o ponto de chegada. O que faz com as pessoas concluam os estudos, deem continuidade a eles, consigam trabalhos com maior estabilidade, relacionamentos afetivos mais saudáveis, autocuidado, são evidenciados, inclusive através de pesquisas, muito mais em cima de competências socioemocionais trabalhadas durante todo o processo de educação desse indivíduo”, explica.
 
Como especialista em educação, Simone revela que se vê muito otimista em relação ao país. “O Brasil tem muitos pontos que nos levam a acreditar que a educação vai avançar, como já vem avançando nos últimos anos. Mas, ainda, não é o suficiente. Já temos muitos caminhos definidos, agora é botar a mão na massa e fazer essa educação acontecer. Temos que trabalhar questões bastante inovadoras e isso é um desafio muito bom para o país. É um momento em que temos muitas condições e muitas ferramentas para fazer uma educação de qualidade acontecer. Mas, ao mesmo tempo, como tudo no contemporâneo, temos também muitas condições desfavoráveis. Todo brasileiro terá que desenvolver muita resiliência e ter a capacidade de olhar para os desafios de frente para resolver os problemas com competências que talvez não estejam tão bem desenvolvidas ainda. Eu sou radicalmente otimista em relação à educação no nosso país”.
 
Manifestação artística – Durante a palestra do Ricardo Fragelli, na noite de ontem, o professor do curso de Artes Visuais da Unoeste Josué Pantaleão da Silva ofereceu aos presentes uma demonstração ao vivo de sua arte. O docente pintou o rosto do palestrante em uma tela e ao final o presenteou com a obra.  

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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