CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Projeto atende de forma gratuita pacientes com dor lombar

Mais de 30 homens e mulheres com idades entre 45 e 60 anos realizam atividades físicas e fisioterapia semanalmente


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: Erika Foglia Projeto atende de forma gratuita pacientes com dor lombar
Natação é uma das modalidades oferecidas à comunidade através do projeto

“A dor lombar possui uma prevalência mundial de 80% e oito em cada dez pessoas terão ao menos um episódio ao longo da vida”, conta o professor Dr. Everton Alex Carvalho Zanuto, do curso de Educação Física da Unoeste, ao explicar como surgiu a ideia do projeto de extensão que desenvolve a prática de atividade física e fisioterapia convencional como opções de tratamento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com dor lombar crônica.
 
De acordo com o docente, o projeto, que teve início com os atendimentos no primeiro semestre deste ano, oferece atividade física como ferramenta não farmacológica, acessível e com bons resultados na literatura para o tratamento da dor lombar. “Prescrevemos musculação, natação e ballet como atividades inespecíficas e fisioterapia tradicional para esses pacientes”, fala.
 
A idealização do projeto, segundo o professor, começou no segundo semestre do ano passado através dos encontros do Grupo de Estudos de Fisiologia do Exercício (Gefe) com os alunos dos cursos de Educação Física e Fisioterapia. “Foi ali que apresentei a eles essa realidade e eles mesmos tornaram possível essa extensão de conhecimentos universitários para pacientes do SUS. Naquele momento fundamos também a Liga Acadêmica de Fisioterapia Desportiva (LAFD), que juntamente com os alunos do Gefe, tocam o projeto”, salienta.
 
Atualmente estão sendo atendidos 33 pacientes e cada modalidade acontece duas vezes por semana, com aulas de uma hora de duração. “São homens e mulheres com idade entre 45 e 60 anos que reportam dor lombar, que é um distúrbio osteomuscular incapacitante. Os tratamentos reduzem este quadro de dor, melhorando as atividades de vida diária dos pacientes, resultando assim em uma melhora na sua qualidade de vida”, explica o professor.
 
Maria do Carmo de Almeida Freguglia, de 53 anos, é dona de casa e participa das aulas de natação duas vezes por semana no Centro Esportivo, localizado no campus II da Unoeste. Para ela, que escolheu a modalidade por já praticar a cerca de seis anos, o interessante do projeto é que o professor e os alunos estão preocupados o tempo inteiro com a saúde dos atendidos. “Antes de começar as atividades, fizemos uma avaliação física para atestar nossa possibilidade de realizar o esporte. A natação me faz muito bem, já que tenho dor lombar, túnel do carpo e tendinite. A melhora na minha situação é impressionante. Os estudantes são ótimos, dedicados, pacientes e nos explicam detalhadamente todos os riscos que corremos se não fizer os exercícios corretamente. Recebemos uma verdadeira aula teórica antes de entrar na piscina”, revela.
 
Para a cabeleireira Doracy Gonçalves Marin Lopes, de 61 anos, que participa das aulas de ballet adaptado, a parte mais gostosa para ela é o alongamento, que segundo ela, em cerca de quatro semanas de atividade, já conseguiu desenvolver bastante. “Eu sou muito ativa, além do ballet na Unoeste, faço ginástica no meu bairro, no Jardim Vila Real, e levo o marido para caminhar comigo todos os dias. Depois que descobri como é maravilhoso se exercitar, não paro mais. O pessoal aqui da universidade tem grande parcela dessa mudança em minha vida, foi muito bom conhecer todos eles. Já viraram meus amigos”, conta.
 
De acordo com a bailarina profissional e estudante do 7º termo do curso de Educação Física, que faz parte do projeto de extensão oferecendo as aulas de ballet adaptado, Ana Helena Parizoto Fabrin, o mais interessante de participar como voluntária é perceber que além da melhora física, os alunos transparecem muita alegria, disposição e bem-estar com o passar das semanas. “No ballet utilizamos musculaturas específicas durante as aulas, então pensei que a modalidade pudesse ser eficiente para a dor lombar. Procurei adaptar as aulas para as alunas daqui por conta dos problemas e da idade delas. Mas tenho percebido que tem ajudado muito no tratamento, até mesmo no aspecto psicológico. Elas chegam todas muito felizes e animadas para as aulas, isso é muito perceptível e gratificante”, fala.
 
Conforme o professor Everton, este projeto, além de oferecer uma vivência importante para os acadêmicos participantes, resulta também em uma obra social ao atender pacientes do SUS. “A Unoeste é sustentada por um tripé de ensino, pesquisa e extensão e acredito que a minha função enquanto docente seja empregar esta ideologia para os alunos, oferecendo além de ensino de qualidade, pesquisas através do Gefe e extensão como este projeto da dor lombar. É uma oportunidade dos acadêmicos vivenciarem a prática profissional com todas as suas dificuldades, permitindo assim que eles tenham uma melhor formação acadêmica”, finaliza.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem