Unoeste atinge 100% de oferta de biblioteca com livre acesso

A adoção do conceito de Biblioteca de Livre Acesso atinge 100% da Rede de Bibliotecas Unoeste “Cecília Guarnieri Denari”. Desde a manhã desta quinta-feira (19) a unidade 3, localizada no campus II, está aberta para interação da comunidade acadêmica.  Estudantes e professores, a exemplo do que vinha acontecendo nas outras cinco unidades, passam a ter acesso livre aos livros e periódicos físicos. Podem fazer consultas e empréstimos sem necessariamente ter a ajuda do bibliotecário ou auxiliar.

O novo modelo de serviço, implantado em área superior a 2 mil metros quadrados, oferece a opção de autoatendimento. A tecnologia faz o controle do empréstimo, que precisa ser formalizado automaticamente ou junto ao auxiliar de biblioteca. Caso contrário, o sistema acusa na saída. O sensor identifica o livro pelo cadastro, inclusive pelo título e nome do autor. Imediatamente soa o alarme para lembrar a necessidade de formalizar o empréstimo.

Na área tecnológica há ainda as plataformas digitais que podem ser acessadas de qualquer lugar pelo registro acadêmico (RA) ou matrícula de funcionário, seja professor ou que atue em outros setores. Reformada e ampliada, a biblioteca do campus II segue o padrão de acessibilidade mantido pela universidade, em ambiente com espaçamento e mobiliários adequados, bem iluminado e agradável.  A implantação da Biblioteca de Livre Acesso nessa unidade ocorre com o término das obras de melhorias.

As unidades da rede são as seguintes: campus I, campus II, Hospital Regional “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”, Ambulatório “Professora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima”, campus de Jaú e campus do Guarujá. O acervo total aproxima de 260 mil documentos, sendo mais de 166 mil exemplares de livros e mais de 93 mil fascículos e periódicos, dos quais, respectivamente, mais de 100 mil e de 47 mil estão na unidade do campus II, local de maior concentração de cursos e alunos.

Além do acervo de produtos impressos, a instituição disponibiliza as plataformas virtuais Pearson e Minha Biblioteca, com mais de 17 mil documentos. A unidade do campus II também possui duas salas de estudos em grupo e sala de estudo individual. São dados que mostram o comprometimento da Unoeste em oferecer conteúdo de qualidade e também em quantidade, de acordo com a coordenadora da Rede de Bibliotecas, Regina Liberati Silingovschi.

No campus II atuam as bibliotecárias Jakeline Ortega e Renata de Sá, juntamente com 13 auxiliares; no campus I, Regina e Michele Mologni. Trabalha em Jaú a bibliotecária Ive Fini e no Guarujá, Karla Barbosa. São profissionais envolvidas na proposta da biblioteca livre, apontada por Regina Liberati como local de descobertas, de encontrar respostas para dúvidas, de estudar, de pesquisas para produzir trabalhos ou simplesmente passar o tempo livre em ambientes que são acolhedores.

Regina diz ainda que o conceito de liberdade está associado à mudança de paradigma no tratamento da comunidade acadêmica como interagentes e não mais usuários, por essa última condição, tem conotação passiva, o que se refere ao uso da biblioteca. “Interagentes são cidadãos contemporâneos que aprendem a buscar a informação de forma autônoma, inclusive fora do espaço físico da biblioteca”, pontua.

Ao dizer que a biblioteca universitária tem o papel de oferecer facilidade para o estudo e para a pesquisa, Regina comenta ser um espaço que não se restringe às suas paredes, pela importância dos serviços oferecidos. “Hoje, trabalhamos de forma integrada com os cursos de graduação e pós-graduação, com o objetivo de atender as necessidades informacionais”, conta.

Nas unidades da rede são ofertadas as seguintes capacitações para os estudantes: acesso às bases de dados do portal de periódicos da Capes e outros, Currículo Lattes e Orcid (identificador digital aberto de pesquisador e contribuidor), gerenciadores de referência e normatização bibliográfica. São informações que constaram do pronunciamento feito por Regina ao anunciar oficialmente a Biblioteca de Livre Acesso no campus II nas presenças de coordenadores de cursos da graduação e pós-graduação, entre outros convidados.

Para o coordenador do curso de Direito, Sérgio Ricardo Ronchi, o novo conceito representa a possibilidade de ampliar os conhecimentos para além da bibliografia indicada pelos professores. “Alias, o estudante vai buscar pela indicação bibliográfica e vê outras possibilidades, podendo então escolher o que achar melhor. A possiblidade de opção, de ir ao acervo e poder escolher, deixa o estudante mais independente, mais crítico”, comenta.

O estudante do curso de Educação Física Marcos de Brito concorda com o coordenador do Direito e aponta ainda o seguinte benefício: a agilidade. Seu colega, Lucas Felix de Oliveira entende que a facilidade é maior e possibilita um conhecimento mais amplo do acervo da biblioteca. Ambos foram buscar livros para trabalho sobre basquete. Pedro Lucas Rezende Santos, outro estudante de Educação Física, foi contemplado com uma “cesta cultural” por chegar na hora de abertura da biblioteca livre.