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2ª Jornada Acadêmica discute o impacto da telemedicina

Evento, promovido por alunos da Unoeste, discutiu a relação entre médicos e pacientes em meio à pandemia da Covid-19


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Foto: Reprodução 2ª Jornada Acadêmica discute o impacto da telemedicina
Alguns dos participantes do evento, que aconteceu de maneira totalmente remota por conta da pandemia

A segunda edição da Jornada Acadêmica do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP) da Unoeste Guarujá aconteceu na última quinta-feira (19) de forma remota por conta da pandemia da Covid-19. Neste ano, o tema central do evento foi “Telemedicina e a relação médico paciente”, um dos assuntos mais discutidos por especialistas nos últimos tempos.

A jornada foi promovida pelo Diretório Acadêmico Agripino de Oliveira Lima Filho, formado por estudantes do curso de Medicina, com a colaboração dos docentes da graduação. Os cursos e workshops apresentados foram essenciais para a fase de construção profissional, pois eles promoveram uma maior integração entre os membros da sociedade acadêmica e expandiram o olhar crítico dos envolvidos na prática médica.

Everton Lopes Rodrigues, professor de Saúde Coletiva da Unoeste em Guarujá e coordenador do PAPP, começou o evento abordando sobre a importância de novas tecnologias para a prática médica preservando o humanismo e aperfeiçoando o cuidado médico. “A boa conduta em uma relação com o paciente deve ser sempre a mesma, com flexibilidade para se adaptar às peculiaridades de cada situação. Obviamente a telemedicina jamais poderá substituir a consulta tradicional, mas acredito que esse debate é necessário ao redor do mundo”, comenta.

Fellipe Miranda Leal, também docente da Unoeste e coordenador do PAPP, falou sobre a importância do PAPP Day na formação dos alunos. “De maneira cuidadosa, estamos trazendo temas que estão extremamente em pauta atualmente, com elevada importância e que vão aparecendo ao longo da formação médica, mas que a gente não tem tempo disponível para discutir durante o curso”, aponta.

A primeira apresentação sobre telemedicina aplicada à prática clínica foi feita pelo Dr. Marcos Vinícius Ambrosini Mendonça, médico de família e comunidade e teleconsultor no projeto TelessaúdeRS, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mendonça abordou como as novas tecnologias acabam se tornando aliadas da medicina no dia a dia. “Existe uma preocupação das tecnologias disruptivas na medicina, que mudam o mercado de trabalho e a cultura da população ao alterar o status quo. Mas, assim como temos uma disciplina para aprender a utilizar um estetoscópio, vamos precisar ensinar sobre o uso de smartphones. O telefone celular é o novo estetoscópio e temos que utilizar essas tecnologias para o melhor benefício das pessoas”, relata.

Em seguida, o Dr. Marcelo Marcos Morales, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e secretário de pesquisa e formação científica do Ministério de Ciência, palestrou sobre a relação entre a telemedicina, a ciência e a tecnologia. “A missão do Ministério tem que ser a produção de conhecimento. Mas, esse conhecimento não pode ficar nas prateleiras e nas publicações. A gente precisa transformar esse conhecimento em contribuição na vida dos brasileiros. O nosso país precisa estar preparado com ciência e tecnologia para enfrentar esse tipo de situação que a pandemia nos colocou”, afirma.

Após a pausa para o almoço, o Dr. Ricardo Beneti, docente da Universidade do Oeste Paulista, fez um relato sobre sua experiência na implantação do Telessaúde no campus de Presidente Prudente da Unoeste. “Contamos com uma grande equipe de acadêmicos voluntários e o projeto teve uma implantação muito rápida. O objetivo era apoiar a população em decisões como ficar em casa e dar suporte a pessoas de grupos de risco, fazendo parte de uma rede de atenção à Covid em nossa cidade. Isso foi para nós uma experiência muito positiva no suporte à população”, conta.

A acadêmica Paola Rodrigues Figueiredo Anastácio, presidente do Diretório Acadêmico, falou sobre a importância de promover uma atividade com pessoas comprometidas com o conhecimento e a formação médica. “Além da experiência de organizar um evento que cada vez mais atinge um número significativo de alunos, é a oportunidade de nos aproximar, fazer networking e aprender com profissionais altamente gabaritados sobre fazer a diferença na atenção básica. O evento possibilita sair do ambiente acadêmico e desenvolver outras habilidades como comunicação, gestão e planejamento, que são competências imprescindíveis em um ambiente corporativo”, afirma.

Workshops eletivos

Ao final da Jornada Acadêmica, os estudantes puderam escolher entre seis workshops com olhares diferentes ao tema central do evento: A relação entre médicos e pacientes no cenário atual.

O workshop “Telemedicina como instrumento de suporte na atenção primária à saúde” ensinou modelos de atendimento para a prática digital de forma rápida, fácil e dinâmica. O curso foi ministrado pelo Dr. Rodrigo Pedroso Tolio, médico residente em Medicina de Família e Comunidade, e pelo Dr. Renato Walch Stephan Sperling, especialista em Medicina de Família e Comunidade pela Faculdade de Medicina da USP, médico emergencista do Hospital Sírio-Libanês e autor do livro “Medicina de Família e Comunidade: Fundamentos e Práticas” do Hospital Sírio-Libanês.

O Dr. Luiz Fernando Chazan, médico, professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e presidente da Sociedade de Balint, ministrou o curso “Contribuição dos grupos balint na relação médico-paciente”, no qual foram abordados temas como dificuldade de relacionamento e a intolerância aplicadas à relação médico-paciente, visando a construção de um currículo mais humanizado.

No workshop “Cuidados ao paciente com dor – Abordagem do paciente com dor aguda e crônica”, o Dr. Eduardo de Melo Carvalho Rocha, médico fisiatra, mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, trabalhou com os participantes a avaliação correta, entendendo as diferenças que separam a dor aguda e a dor crônica e a importância em personalizar o tratamento de cada paciente, levando em consideração as peculiaridades psicossociais e emocionais do indivíduo e sua família.

A Dra. Maria Clara Gianna, médica e vice coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids de SP, palestrou no workshop “Os desafios e demandas do atendimento médico ao público LGBTQIA+. Como construímos vínculos?”, onde foi discutido o desenvolvimento de competências e habilidades técnicas médicas e de comunicação para lidar com este segmento da sociedade.

Já no curso “Coleta, análise e interpretação de dados de entrevista clínica baseada em evidências para construção efetiva do vínculo com o paciente”, o Dr. Aleff Mascarenhas Silva, médico do Programa Médico pelo Brasil em Guarujá e preceptor médico do PAPP, trabalhou a capacitação de profissionais de saúde para o desenvolvimento do raciocínio clínico com base em sinais e sintomas referidos por pacientes ou familiares para contribuir com uma tomada de decisões ajustadas às necessidades específicas de cada paciente.

Por fim, o Dr. Alcides Ricardo de Castro, advogado e coordenador da Comissão de Direito na OAB de Guarujá, fez sua apresentação no workshop “Direito e medicina na era das mídias sociais e aplicativos”. Ele trouxe uma discussão jurídica sobre a perspectiva na ética médica, sobre como médicos e acadêmicos de medicina devem utilizar suas redes sociais.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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